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Idolatria e fanatismo: uma doença sem “sintoma aparente”.

Idolatria e fanatismo bem que poderiam ser considerados pecados capitais, se fossem feitas analogias a dogmas e preceitos religiosos. Estranhamente não o é, mas, faz sentido que não seja.

O termo idolatria tem como significado a ação de cultuar ídolos; o culto que se faz aos ídolos. Excesso de amor; admiração demonstrada de maneira exagerada. Na religião observa-se, por exemplo, o culto das imagens e/ou das esculturas de santos; a adoração e submissão a livros considerados sagrados e a um Deus, tido como onisciente e onipresente, mesmo que não tenha sido visto ou seja conhecido por alguém, como um ser de carne e osso. Na verdade é uma divindade, a qual não se consegue materializar a não ser na imaginação de seus fiéis.

Já o termo fanatismo, tem o significado mais comum atribuído a  respeito; a um excesso de admiração ou zelo cego e veemente, em relação a alguma coisa; é um sentimento de cuidado excessivo que não raramente produz desprezo e intolerância para com qualquer elemento diferente em qualquer campo ou domínio a que esteja associado. A forma de fanatismo que mais frequentemente vem à mente de quem ouve esta expressão é o fanatismo religioso, que pode ser verificado tanto na história do cristianismo no ocidente quanto nas guerras provocadas por diversos grupos radicais muçulmanos no Oriente Médio durante os séculos XX e XXI, por exemplo.

Nesse sentido, pelos significados acima, parece clara a razão de não ser considerado um pecado capital. Contudo, não sendo pecado, o uso exagerado dessas características podem ser diagnosticadas como algum distúrbio de natureza mental ou comportamental.

Um mal inconsciente

“Do fanatismo à barbárie, não há mais do que um passo”, já dizia o filósofo francês, Diderot.

Seja na religião, na política, em um sistema, nas artes, ou a devoção a um tipo de figura pública… Aquele que se mostra impossibilitado de ouvir argumentos diferentes do seu, em discordância com seu objeto de idolatria, pode ser considerado, hipoteticamente, fanático.

Segundo a teoria psicanalista de Freud, o inconsciente do ser humano é divido em três partes: id, superego e ego; onde id é o aspecto instintivo e representa o desejo de necessidades primárias e a satisfação de tê-las. O superego é o aspecto moral da personalidade. Já o ego – o “eu” – caracteriza a real personalidade de cada indivíduo. O ego mantém a harmonia entre o id e o superego, impedindo o indivíduo de agir baseado apenas em seus impulsos primitivos, traçando um equilíbrio com os padrões morais e idealistas, criados pelo superego. Na perspectiva Freudiana, um sujeito fanático é aquele que entrega o seu superego, abandona seus princípios morais, à benesse de uma outra pessoa, objeto ou causa idealizada.

O fanatismo é – geralmente – impulsionado por influência de um grupo – uma “multidão” – que atenda aos instintos básicos do indivíduo. De acordo ao psicólogo social e criminologista austríaco, Hans Toch,“em uma multidão, o senso de universalidade de comportamento e o enfraquecimento de responsabilidade individual influenciam fortemente o comportamento coletivo emergente à medida que o número de pessoas no grupo cresce”.

Lorelei Kelly, cientista política, especialista em democracia inclusiva, da Universidade de Georgetown (EUA), sugere que as mídias sociais são uma ameaça para a democracia, a personalidade ou moral individual, pois, por meio de mecanismos automatizados de difusão de desinformação, facilita a manipulação de indivíduos vulneráveis. Nas redes sociais, ideias manipulativas, criteriosamente formuladas, acabam encontrando “eco” entre outros usuário e se retroalimentando, movidas por uma obsessão descontrolada.

Descaminhos incertos da idolatria e fanatismo

Seja por meio da idolatria ou do fanatismo, os comportamentos excessivos de indivíduos com essas características podem culminar em uma série de perturbações de caráter político, econômico e social. São, na verdade, transtornos mentais e de comportamentos, caracterizados por um certo tipo de cegueira, às vezes momentânea (melhor que seja), porém, pode evoluir de modo a causar danos irreversíveis.

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Leia também: IDOLATRIA E FANATISMO A INCONSCIENTE DERROCADA DO INDIVÍDUO – Jornal Folha do Sudoeste

Assina este post Orlando Barbosa Rodrigues, administrador de empresas, especialista em Recursos Humanos, mestre em educação, Personal /self Coaching e proprietário da OR Soluções – Assessoria educacional e empresarial EIRELI – ME.

A difícil arte de ser um “original”.

Ser ou não ser original? Eis a questão. “Originais: como os inconformistas mudam o mundo” é o título em português do livro de Adam Grant.

O livro “Originals” é um best seller bastante elogiado por autores, críticos, editores, empresários e uma série de pessoas mundo afora.  Porém, cabe a indagação: o que desperta tanto interesse nesse livro?

A resposta, obviamente, está no título da obra e é a partir daí que se busca na leitura dos capítulos a compreensão do que realmente significa ser um “original”.

Nesse sentido, o livro do Professor e pesquisador Adam Grant investiga e apresenta relatos de pessoas “originais” e como elas se comportam em relação a certas imposições do mundo e da sociedade.

Criatividade e inovação para os “originais”

Assim, o livro traz uma rica investigação sobre a criatividade e inovação. Nesse contexto, o autor discorre sobre o que torna possível a originalidade e em quais contextos ela floresce. Do mesmo modo, busca apresentar de que modo o comportamento está por trás da criatividade, da subversão, da inconformidade. Por fim, quais tendências culminam em originalidade.

O ponto mais determinante do livro está na inconformidade. Desse modo,  trata da chave da originalidade. Ou seja, justamente a subversão e a desobediência.

Segundo o que se depreende do livro, Originais são indivíduos que não se adaptaram as regras do jogo e com isso mudaram a forma de jogar e influenciar o mundo.

A dificuldade de ser um “original”.

A maior dificuldade, em princípio, está na decisão de nadar contra a corrente. Em uma sociedade cada vez mais apta a aceitar modelos prontos e fazer deles referência de vida, a originalidade passa longe.

Dessa maneira, o ímpeto por mudar o mundo tem uma oposição clara: a conformidade e inércia. Sentimentos opostos que vivem em um único indivíduo. Ou seja, estar entre um desejo do novo, e uma tendência por conservar a vida como ela é.

Contudo, assumir-se enquanto um “original” exige maturidade e auto conhecimento. Sobretudo, perseverança. Assim, é preciso saber o momento de se calar ou de intervir.

Enfim, ler o livro de Adam Grant é um exercício de auto conhecimento. Mesmo que não queira, o leitor se identifica como sendo ou não um original. O resultado é surpreendente.

Saiba mais: https://nutriciencia.com.br/originais/

Essencialismo: essencial é não ser banal. Dê mais qualidade às suas escolhas!

Por quê essencialismo?

Fui presenteado no último dia dos pais com o livro de Greg McKeown que trata deste termo e iniciei  leitura com uma certa curiosidade a respeito da busca disciplinada por menos.

Já nas primeiras páginas, algumas citações remetem a uma reflexão em torno de escolhas que fazemos em nossa vida pessoal, familiar, profissional, ente outras escolhas diárias de nossa rotina, repleta de afazeres.

O livro começa com uma pequena história envolvendo um executivo do Vale do Silício que, na ânsia de agradar a todos e fazer tudo para agradar, acabava não agradando e suas realizações deixavam a desejar.

O fato de dizer SIM a tudo, por muitas vezes, lhe gerou estresse e os resultados de seu esforço não eram compensados.

A proposta de valor do essencialismo está relacionada à nossa capacidade de decisão em relação a dizer SIM ou NÃO a pessoas e atividades e, a partir daí, colher os melhores resultados advindos dessa escolhas.

Estabelecer prioridades em torno do que é realmente essencial para nós pode ser a chave do sucesso em muitos de nossos empreendimentos. Se não fazemos isso, alguém o fará por nós. Essa é uma lição.

Essencialismo na vida pessoal

As pressões sociais, a necessidade, muitas vezes de viver uma vida de aparências, de ter de se apresentar, sendo aquilo que muitas vezes não é, nos levam a frustrações desnecessárias que podem ser combatidas, a partir de algumas ideias difundidas pelo essencialismo: escolher, discernir, perder para ganhar.

Essencialismo no trabalho e nos negócios

Sendo essencial, realize. Faça o melhor que puder. Foque nos propósitos e nos objetivos a serem alcançados. Explore, elimine, ouse, previna, avance.

Começamos nosso dia planejando as ações que devemos realizar para atender a todos os compromissos que temos e é muito comum, estabelecermos uma série de prioridades para tal, sem, todavia, atentarmos para o fato de que priorizar, nada mais é que tornar algo essencial, e não, um monte de coisas, sobre as quais não teremos condições de fazer o máximo que podemos.

Nesse sentido é importante explorar todas as nossas possibilidades, eliminar tudo aquilo que seja acessório e não essencial, para que nosso dia seja produtivo. Ouse dizer NÃO a muitas possibilidades, inúmeras alternativas e um infinidade de escolhas. Previna-se para que os erros das escolhas mal feitas, não sirvam de pretexto pra não priorizar o essencial. Avance, vire a página.

Não seja banal

“Se todo mundo é especial, então ninguém é especial.” Faz sentido, não? Se tudo é igual, nada é diferente. E ser especial é ser diferente, ser melhor ou destacado de alguma forma.

Hoje até a tatuagem deixou de ser algo diferente, deixou de ser algo feito para dar alguma identidade a alguém. Banalizou-se tanto, que já não é mais “vantagem” usar uma tatuagem para ser percebido por aí.

Pode ser percebido, sim, o exagero. É quando seu corpo se transforma num livro de ilustrações.

Muitos são outros comportamentos e atitudes que, indiretamente, nos remetem a banalização, sejam em ações diárias de nossas vidas, em escolhas profissionais ou em posicionamentos ideológicos.

Evite ser mais um entre tantos, pois jamais será percebido como sendo unicamente você. Seja essência!

Por Orlando Rodrigues

 

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