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integralismo: o fascismo verde e amarelo.

Deus, pátria e família são as principais evocações do integralismo, o apelido da Ação Integralista do Brasil (AIB), um movimento político surgido no Brasil na década de 1930, inspirado em ideais fascistas.

O movimento de extrema direita fundado por Plínio Salgado tem em seu lema Deus, pátria e família, ponto de partida para as suas propostas de ideais conservadores.

Deus acima de tudo

A palavra “Deus” é o ápice de todo o ideário integralista, com forte influência religiosa cristã, o grande diretor do destino dos povos.

Pátria

Definida pelos integralistas como “nosso lar”, tem a pretensão de apresentar uma unidade de população brasileira dentro do território, principalmente como uma contraposição à divisão da sociedade em classes.

Os integralistas têm por objetivo alcançar essa unidade através da constituição de um Estado integral, que harmonizaria os diferentes interesses existentes no seio da sociedade.

Família

A menor unidade de organização social dentro da proposta integralista. A família seria o “início e fim de tudo”, a garantia da manutenção da tradição, veiculada através dessa forma de organização social.

Assim, é possível caracterizar o integralismo como um movimento nacionalista, autoritário, tradicionalista e fundado em preceitos religiosos, cabendo ao Estado manter a unificação integral da sociedade através da coerção.

Os riscos do integralismo à democracia

O movimento integralista é por natureza conservador e autoritário, ancorado em princípios religiosos cristãos, onde se evoca sobretudo o Deus católico, muitas vezes associado à figura de jesus Cristo.

Como todo o movimento de natureza autoritária e conservadora ele possui barreiras naturais contrárias à liberdade, embora, a utilizem em seu discurso, tal como se vê em relação à democracia.

Os movimentos extremistas como um todo representam grande risco à prática democrática e seus seguidores estão sempre preparados para o conflito, sobretudo o conflito armado.

Movimentos dessa natureza devem ser vistos com precaução e cuidado, sob pena de abalar a ordem e a paz entre as pessoas.

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Glutões, distopia em um conto de terror.

Distopia é uma palavra do âmbito da Medicina que caracteriza a localização anormal de um órgão. O termo é de origem grega, formado por “dys” que significa “mau, ruim” e pelo radical “topos” que significa “lugar”.

O termo aplica-se a um tipo de anomalia dos órgãos pélvicos designada por “Distopia Genital” ou “Prolapso dos Órgãos Pélvicos“, que surge normalmente em consequência do enfraquecimento dos aparelhos anatômicos de suspensão e sustentação, provocando a deformidade. Nas mulheres, as distopias mais frequentes acontecem no útero ou na vagina. As distopias podem apresentar causas congênitas ou adquiridas.

Distopia e Utopia

Em Filosofia, através da mesma raiz etimológica surge o termo distopia (ou antiutopia) como o oposto de utopia. A distopia é um pensamento filosófico que caracteriza uma sociedade imaginária controlada pelo Estado ou por outros meios extremos de opressão, criando condições de vida insuportáveis aos indivíduos. Normalmente tem como base a realidade da sociedade atual idealizada em condições extremas no futuro.

Alguns traços característicos da sociedade distópica são: poder político totalitário, mantido por uma minoria; privação extrema e desespero de um povo que tende a se tornar corruptível.

O conto Glutões, de Orlando Rodrigues, narra uma história atemporal que se passa em um grande templo religioso e místico que reúne seus principais líderes para uma grande celebração.

Entre liturgias e orgias, conspiração e crimes acontecem tão logo se inicia o ritual das celebrações, motivado pela expectativa de uma sucessão que poderia afetar todos os membros daquela comunidade.

O conto é parte da série de terror histórias de terror e mistério, cujos capítulos estão disponíveis através do kindle unlimited da Amazon.

Leia aqui um pequeno trecho do conto:

“…Enfim, todo o templo parecia respirar um ar de possível sucessão, uma vez que tal evento poderia trazer uma nova movimentação a toda aquela gigantesca estrutura e repercutir.

Ninguém revelava ou deixava transparecer isso, mas, a atmosfera do ambiente, naquela noite estava diferente. Era outro o brilho nos olhos de todos os sacerdotes, do mais humilde ao mais graduado. Seus rostos pálidos de luminosa brancura e suas bochechas gordas e rosadas, comuns aos do alto escalão, pareciam dizer o que não poderia ser falado. Estava na mente e no coração de cada um, o desejo de mudança. As gordices de cada um pareciam querer ocupar anda mais espaço naquela hierarquia sacerdotal. Há muitas formas da fé se expressar, independentemente do credo que se professe. Em muitas religiões e seitas, vários rituais são precedidos de verdadeira orgia alimentar…’

Saiba mais sobre distopia em: Significado de Distopia (O que é, Conceito e Definição) – Significados

Idolatria e fanatismo: uma doença sem “sintoma aparente”.

Idolatria e fanatismo bem que poderiam ser considerados pecados capitais, se fossem feitas analogias a dogmas e preceitos religiosos. Estranhamente não o é, mas, faz sentido que não seja.

O termo idolatria tem como significado a ação de cultuar ídolos; o culto que se faz aos ídolos. Excesso de amor; admiração demonstrada de maneira exagerada. Na religião observa-se, por exemplo, o culto das imagens e/ou das esculturas de santos; a adoração e submissão a livros considerados sagrados e a um Deus, tido como onisciente e onipresente, mesmo que não tenha sido visto ou seja conhecido por alguém, como um ser de carne e osso. Na verdade é uma divindade, a qual não se consegue materializar a não ser na imaginação de seus fiéis.

Já o termo fanatismo, tem o significado mais comum atribuído a  respeito; a um excesso de admiração ou zelo cego e veemente, em relação a alguma coisa; é um sentimento de cuidado excessivo que não raramente produz desprezo e intolerância para com qualquer elemento diferente em qualquer campo ou domínio a que esteja associado. A forma de fanatismo que mais frequentemente vem à mente de quem ouve esta expressão é o fanatismo religioso, que pode ser verificado tanto na história do cristianismo no ocidente quanto nas guerras provocadas por diversos grupos radicais muçulmanos no Oriente Médio durante os séculos XX e XXI, por exemplo.

Nesse sentido, pelos significados acima, parece clara a razão de não ser considerado um pecado capital. Contudo, não sendo pecado, o uso exagerado dessas características podem ser diagnosticadas como algum distúrbio de natureza mental ou comportamental.

Um mal inconsciente

“Do fanatismo à barbárie, não há mais do que um passo”, já dizia o filósofo francês, Diderot.

Seja na religião, na política, em um sistema, nas artes, ou a devoção a um tipo de figura pública… Aquele que se mostra impossibilitado de ouvir argumentos diferentes do seu, em discordância com seu objeto de idolatria, pode ser considerado, hipoteticamente, fanático.

Segundo a teoria psicanalista de Freud, o inconsciente do ser humano é divido em três partes: id, superego e ego; onde id é o aspecto instintivo e representa o desejo de necessidades primárias e a satisfação de tê-las. O superego é o aspecto moral da personalidade. Já o ego – o “eu” – caracteriza a real personalidade de cada indivíduo. O ego mantém a harmonia entre o id e o superego, impedindo o indivíduo de agir baseado apenas em seus impulsos primitivos, traçando um equilíbrio com os padrões morais e idealistas, criados pelo superego. Na perspectiva Freudiana, um sujeito fanático é aquele que entrega o seu superego, abandona seus princípios morais, à benesse de uma outra pessoa, objeto ou causa idealizada.

O fanatismo é – geralmente – impulsionado por influência de um grupo – uma “multidão” – que atenda aos instintos básicos do indivíduo. De acordo ao psicólogo social e criminologista austríaco, Hans Toch,“em uma multidão, o senso de universalidade de comportamento e o enfraquecimento de responsabilidade individual influenciam fortemente o comportamento coletivo emergente à medida que o número de pessoas no grupo cresce”.

Lorelei Kelly, cientista política, especialista em democracia inclusiva, da Universidade de Georgetown (EUA), sugere que as mídias sociais são uma ameaça para a democracia, a personalidade ou moral individual, pois, por meio de mecanismos automatizados de difusão de desinformação, facilita a manipulação de indivíduos vulneráveis. Nas redes sociais, ideias manipulativas, criteriosamente formuladas, acabam encontrando “eco” entre outros usuário e se retroalimentando, movidas por uma obsessão descontrolada.

Descaminhos incertos da idolatria e fanatismo

Seja por meio da idolatria ou do fanatismo, os comportamentos excessivos de indivíduos com essas características podem culminar em uma série de perturbações de caráter político, econômico e social. São, na verdade, transtornos mentais e de comportamentos, caracterizados por um certo tipo de cegueira, às vezes momentânea (melhor que seja), porém, pode evoluir de modo a causar danos irreversíveis.

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Leia também: IDOLATRIA E FANATISMO A INCONSCIENTE DERROCADA DO INDIVÍDUO – Jornal Folha do Sudoeste

Assina este post Orlando Barbosa Rodrigues, administrador de empresas, especialista em Recursos Humanos, mestre em educação, Personal /self Coaching e proprietário da OR Soluções – Assessoria educacional e empresarial EIRELI – ME.