O ano de 2024 foi marcado por grandes acontecimentos culturais no Brasil, consolidando o país como um polo de produção artística e de políticas públicas voltadas à cultura. Aqui estão cinco destaques:
Aprovação do Marco Regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC)
Após quase duas décadas de debates, o Senado aprovou em março o marco regulatório que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura. Essa conquista fortalece o acesso democrático à cultura e garante maior organização das políticas culturais, sendo um passo histórico para o setor. O marco foi celebrado durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizada após um hiato de dez anos.
Edição histórica do Lollapalooza e Rock in Rio
O Lollapalooza e o Rock in Rio consolidaram-se como ícones da música no Brasil, com line-ups de peso. Nomes como Paramore, Gilberto Gil e Imagine Dragons atraíram multidões em eventos marcados pela diversidade cultural e pela projeção internacional de artistas brasileiros e estrangeiros.
Reestruturação de políticas de fomento cultural
A Política Nacional Aldir Blanc e o Programa Cultura Viva receberam reforços significativos, com um enfoque especial em expressões culturais locais e comunitárias. Esses programas incentivaram iniciativas como o hip-hop e projetos de inclusão social, promovendo a democratização da cultura em várias regiões do país.
Mostras e festivais de cinema
O cinema brasileiro brilhou em eventos como o Festival de Gramado e Mostras Internacionais de Cinema, destacando produções nacionais que abordam diversidade e inovação. Além disso, novos curtas e longas-metragens foram aprovados por editais e leis de incentivo, ampliando o acesso à produção audiovisual no Brasil.
O fortalecimento da literatura e publicações nacionais
A Bienal de São Paulo superou todas as expectativas com público recorde. Iniciativas de incentivo à leitura consolidaram o papel da literatura brasileira. A revista literária da ANEE e o canal da ANEE na rede UTV, surgem no cenário cultural dando espaço a novos autores e eventos literários em todo o país ganharam destaque, promovendo novos autores e resgatando obras importantes.
Esses eventos demonstram o vigor da cultura brasileira em 2024, promovendo inclusão, inovação e acesso ao público em todo o país.
A técnica milenar japonesa do kokedama, que envolve o cultivo de plantas sem vaso, sustentadas por uma bola de musgo, é um exemplo simbólico da relação entre arte, cultura e natureza. No Japão, a arte do kokedama está profundamente enraizada em conceitos estéticos como o wabi-sabi, que valoriza a beleza na imperfeição e na transitoriedade. Esse princípio se reflete na simplicidade e harmonia das plantas suspensas, que, mesmo sem um recipiente tradicional, encontram equilíbrio e beleza na sua forma orgânica.
Assim como outras expressões artísticas, o kokedama vai além de uma técnica de jardinagem, sendo um reflexo da cultura japonesa, que valoriza a conexão espiritual com a natureza e o respeito pelos ciclos naturais. A arte, nesse sentido, é vista não apenas como uma criação estética, mas como uma extensão dos valores e tradições culturais que moldam a sociedade.
O ato de criar um kokedama também carrega um processo meditativo, no qual o cultivador reflete sobre o tempo, o crescimento e a vida, tornando-se um exemplo claro de como arte e cultura se entrelaçam, unindo o antigo e o moderno, o natural e o estético, em uma única prática.
A técnica do kokedama pode ser relacionada à literatura de várias maneiras, especialmente no que diz respeito à criação, ao simbolismo e ao ato de contemplação. Assim como na arte de cultivar uma planta sem vaso, na literatura, o escritor trabalha com elementos essenciais — palavras, personagens, tramas — para dar vida a uma obra que não precisa de adornos excessivos para transmitir profundidade e significado. Ambos envolvem paciência, cuidado e dedicação ao processo criativo.
Tanto a literatura, como o kokedama são formas de capturar a essência da natureza e da experiência humana em sua forma mais pura. Na poesia, por exemplo, o minimalismo e o valor da simplicidade refletem o espírito do kokedama, onde a beleza está nas pequenas coisas, na delicadeza e no equilíbrio entre o que é dito e o que fica subentendido.
Além disso, o kokedama, com seu ciclo de vida e transformação, pode ser visto como uma metáfora para a própria narrativa literária, que passa por diferentes fases: o nascimento da ideia, o crescimento das personagens e o desfecho, que, assim como a planta, continua a se transformar na mente do leitor.
Ambos compartilham um respeito profundo pelo tempo e pela evolução natural das histórias, sejam elas contadas pelas palavras ou pela vida das plantas.
Abaixo trecho de uma entrevista concedida por Cristiane Marry da Kokedama-gyn arte viva ao quadro projetos culturais no canal da ANEE, Associação Nacional de Escritores e Editoras.
A íntegra da entrevista você vê abaixo:
Orlando. Como você descobriu a técnica do kokedama e o que te inspirou a trabalhar com essa forma de arte viva? Cristiane Marry: Quem me apresentou as Kokedamas foi o avô da minha filha. Ela tinha 2 anos, hoje ela tá com 18. Quando ele me apresentou as kokedamas, me falou sobre aquele processo, porque eu tenho muita planta em casa, sempre tive. E aí com essa questão eu nunca dei importância. Passado algum tempo, há 3, quase 4 anos atrás, eu me vi na oportunidade de empreender e por incentivo de uma amiga e comecei a fazer as kokedamas.
Orlando: Quais são os principais desafios na criação e manutenção de um kokedama, e como você lida com eles no dia a dia? Cristiane Marry: Em primeiro lugar, não é só aprender a fazer a kokedama. Você precisa estudar sobre cada planta, cada planta que você vier desenvolver. Você precisa saber dela o que que ela
gosta, o substrato que ela gosta, o solo que ela gosta, se é de sol, é de sombra. E então assim, você tem que estar atento a essas questões, porque você pode fazer uma kokedama hoje e ela morrer daqui 3,4,5 dias. Então você precisa de adaptar ao habitat dela natural, para que ela desenvolva bem. Orlando: Você enxerga uma conexão espiritual ou filosófica na prática do kokedama? Como a cultura japonesa influencia sua abordagem? Cristiane Marry: Olha, é, eu acho assim, totalmente espiritual, porque a produção de uma kokedama envolve uma conexão. É espiritual mesmo. É uma conexão de mente e natureza. E se torna assim, prazeroso e extremamente
terapêutico lidar com as kokedamas e assim uma tem que conhecer da outra para que aconteça uma koquedama legal e se tornar terapêutico. Orlando: De que maneira o kokedama pode trazer benefícios para quem vive em ambientes urbanos e deseja reconectar-se com a natureza? Cristiane Marry: é super fácil. As kokedamas você pode trazê-la num pratinho para decorar a sua casa. De forma bem legal, você pode usar ela pendurada. Não precisa de vaso, ela alegra o ambiente, aquela bolinha de planta ali decorando o seu ambiente. É uma forma bem prazerosa de trazer a natureza para perto de você. você pode cultivar em
banheiros, em quarto, sala, em todo o ambiente da sua casa e do escritório também. Orlando: Em sua experiência, quais aspectos dessa técnica você considera mais artísticos, e como você personaliza suas criações para que elas reflitam sua visão? Cristiane Marry: eu penso o seguinte, uma kokedama para cultivar uma planta ali dentro daquela bolinha onde você envolve com musgo, vem com linha para segurar, precisa você usar o melhor substrato possível. Eu faço isso. Então assim eu vejo isso, o meu diferencial.
O dilema entre produção cultural, liberdade de expressão e censura é uma questão complexa e vital no cenário contemporâneo.
A produção cultural, por natureza, reflete a diversidade de pensamentos, valores e experiências humanas, sendo um reflexo da liberdade de expressão, um direito fundamental.
Entretanto, essa liberdade enfrenta desafios significativos, especialmente no contexto das redes sociais e plataformas digitais, como o X (antigo Twitter).
Essas plataformas se tornaram arenas centrais para a disseminação de ideias, notícias e manifestações culturais, mas também se tornaram alvos de regulamentações e políticas de moderação de conteúdo que alguns enxergam como censura.
A censura, historicamente, sempre foi uma ferramenta usada por governos e instituições para controlar a narrativa e suprimir vozes dissidentes.
No entanto, no ambiente digital, a linha entre moderação de conteúdo, para evitar a disseminação de desinformação ou discursos de ódio, e censura, que restringe a liberdade de expressão, se torna tênue e nebulosa.
A remoção de postagens, a suspensão de contas e a limitação de alcance de certos conteúdos levantam questões sobre quem detém o poder de definir o que pode ou não ser dito.
Este controle, muitas vezes centralizado nas mãos de poucas corporações, levanta preocupações sobre a concentração de poder e a possível manipulação de discursos públicos.
Por outro lado, a ausência total de moderação pode levar a um ambiente caótico e perigoso, onde desinformação, teorias da conspiração e discursos de ódio prosperam.
Isso pode minar a própria base da produção cultural e da liberdade de expressão, já que o discurso civilizado e construtivo pode ser abafado pelo barulho da polarização extrema e da violência verbal.
O desafio, portanto, reside em encontrar um equilíbrio entre garantir a liberdade de expressão e proteger a sociedade de conteúdos prejudiciais, sem que isso resulte em censura.
Esse equilíbrio é fundamental para assegurar a democratização do acesso à cultura e à informação, permitindo que diferentes vozes sejam ouvidas e respeitadas, sem que sejam silenciadas por interesses corporativos ou ideológicos.
É uma questão que exige diálogo constante entre sociedade civil, governos e as próprias plataformas digitais para assegurar que a liberdade de expressão continue a ser um pilar da nossa sociedade, ao mesmo tempo em que se promove um ambiente online seguro e inclusivo.
Por outro lado, poderes instituídos de uma nação devem se valer da constituição para salvaguardar direitos e exigir o cumprimento de obrigações e jamais fazer uso dela para interpretações de cunho político, ideológico e partidário.
O Brasil já sofreu consequências graves de períodos onde a censura teve viés ideológico e os danos à formação cultural de nosso povo foram imensos, cujas sequelas vivemos até hoje.
Censura, nunca mais!
Orlando Barbosa Rodrigues
Escritor e produtor cultural.
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A Cultura organizacional é um dos temas mais admirados na gestão das empresas. Todavia, infelizmente, não é tão bem compreendido quanto se deveria.
O que você entende por cultura organizacional? Essa é, talvez, uma das perguntas mais frequentes quando se conversa sobre o assunto. E o objetivo da pergunta se justifica. Afinal, cada indivíduo tem seu próprio entendimento a respeito.
Entretanto, analisar a origem do termo é fundamental para uma boa compreensão de sua importância.
Compreendendo o conceito de cultura organizacional
Conceitualmente, trata-se de um conjunto de crenças, valores e ações de uma organização, em relação aos objetivos pretendidos e a sua razão de existir. É a forma como a empresa conduz o seu negócio.
Nesse sentido, compreende-se que a cultura é moldada e construída dentro da organização, a partir do compartilhamento de ideais aceitos pelos membros que a compõem.
Contudo, deve sempre ser considerado como parte integrante dessa cultura, o cliente, assim como as estratégias definidas para atrair, conquistar e reter cada um desses membros.
O cliente como parte da cultura organizacional
O cliente, assim como, fornecedores, colaboradores e demais stakeholders, devem estar alinhados ao que se pretende em termos de objetivos organizacionais.
Todavia, o cliente é, efetivamente, o foco, em termos de estratégia competitiva e parte integrante da cultura da empresa.
A cultura como parte da estratégia
Desse modo, não se pode jamais desprezar a cultura organizacional, quando da elaboração da estratégia. Assim, nesse aspecto, o conjunto de crenças, valores e ações voltadas para o negócio devem considerar, sobretudo, o cliente, como parte essencial da cultura organizacional.
Sem a cultura não há missão e nem valores
A missão, a visão e os valores das empresas estão diretamente ligados a sua cultura organizacional, e muitas vezes podem determinar o sucesso ou o fracasso da organização.
Enfim, ao distingui-la, considere o que o seu cliente espera de seu produto ou de seu serviço. Avalie se há uma sintonia em termos de crenças e valores.
Sabe-se que muitas empresas perdem clientes por razões que nem sempre estão atreladas a preço ou qualidade do produto e sim a um conjunto de crenças e valores incompatíveis.
Portanto, se a cultura organizacional da empresa não representa as crenças ou valores de seus clientes, por certo os perderá. Não há missão que resista a essa incompatibilidade.
Que comecem os jogos! Isso é o que se pode desejar ao projeto dedicado ao público adolescente e apresentado por uma empreendedora mirim, já famosa, aos 12 anos de idade.
Quem é ela? Trata-se da empreendedora artística Thuany Simões. Sua carreira profissional se iniciou aos 3 anos de idade como modelo. Entretanto, não demorou muito para a mocinha prodígio tornar-se apresentadora e jornalista mirim. Aos 12 anos iniciou como radialista por uma emissora de São Carlos, no estado de São Paulo.
Dessa maneira, apesar da pouca idade, Thuany Simões traz muitas novidades para o seu público, com os projetos “Mundo Teen” e “Miss Beleza Brasil”. Os programas tem produção de Katagiri, de responsabilidade das produtoras artísticas Érika Simões e Yara Katagiri.
Os projetos já contam com aprovação da Lei Rouanet, para captação de patrocínio por meio de incentivo fiscal e já se iniciou o processo de captação de recursos.
Patrocinadores e apoiadores initeressados em terem sua marca vinculada a esse projeto já tem a sua disposição flyer com todos os detalhes dos programas, das cotas de patrocínio e sua contrapartidas.
Os programas irão ao ar pela Rede TV, em rede nacional, e já tem data de estréia confirmada para 24 de 0utubro. Assim, passará a ocupar a grade de programação da emissora todos os sábados de 13 as 14:30 horas.
Trata-se também de uma ação empreendedora que vai propiciar visibilidade nacional aos seus apoiadores e patrocinadores, em razão das propostas de premiações aos participantes dos respectivos programas.
A OR Soluções compreende e apóia essa produção artística como uma atividade empreendedora, sobretudo nesse momento de crise que estamos vivendo em razão da pandemia.
Saiba mais sobre o projeto pelo email contato@katagiriproduções.com ou pelo whatsapp +55 16 99462 – 5113 (Erika Simões).
Educação, cultura, esporte e lazer são alguns dos principais direitos dos indivíduos. Assim, pela sua própria característica, eles se completam de modo a tornar a vida das pessoas mais saudável, produtiva e prazerosa.
Nesse sentido, busca-se caracterizar nações evoluídas, civilizadas e com qualidade de vida para os seus cidadãos, dentro de um modelo social justo, a partir desses fatores.
Não é a toa que em eventos esportivos e culturais, prevalecem com superioridade aquelas com alto nível de excelência nessas áreas.
Entretanto, temos observado, no período de pandemia, total travamento de todas as ações que remetem à prática da educação, cultura, esporte e lazer. Sobretudo, isso é ainda mais forte nos países emergentes, dadas as suas carências estruturais.
Quantos sonhos estão sendo adiados, interrompidos e inviabilizados com as proibições dessas atividades? Qual o tamanho do prejuízo para as sociedades futuras? Alguém já pensou nisso?
Na educação, escolas fechadas e aulas presenciais interrompidas. Com isso se interrompe, também, o processo de socialização, capaz de difundir ações culturais, esportivas e de lazer.
Desse modo, o inverso também acontece. Se não há lazer, não há acesso a cultura, não se desenvolve atividades esportivas e o processo educacional não se completa.
Infelizmente as autoridades governamentais ainda não se mostraram sensíveis o suficiente a essa questões e, quando muito, tratam apenas dos danos econômicos.
Mas, como diria certa música dos Titãs, a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte. Na verdade, a gente quer a vida como a vida quer.
Educação, esporte, cultura e lazer são instrumentos essenciais para o desenvolvimento de competências individuais e de grupo. Nao se pode esperar progresso no mundo se não for assim.