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Parceria público privada na educação

Parceria público privada, conceitualmente, pela própria denominação denota o envolvimento e entrelaçamento de ideias ou ideais comuns entre agentes públicos e privados.

Sem adentrar em fundamentos teóricos ou academicistas, porém, com alguma pitada filosófica ou sociológica, a ideia é promover, por meio de iniciativas privadas, ações de certa forma inerentes à iniciativa pública. A isso dá-se o nome de terceiro setor ou terceira via.

Nesse sentido, presume-se que aja fundamento legal para que tais ações inerentes a uma Parceria Público Privada (PPP), garantam às partes envolvidas direitos, obrigações e responsabilidades mútuas.

Este texto, na verdade, busca responder uma indagação ou meramente um pedido feito a mim, para que eu comentasse a respeito das PPPs na educação.

Em que pese meus longos anos dedicados à educação, sobretudo, à docência, bem como o conhecimento obtido por meio de meu mestrado na área da educação, admito não ser bem essa a minha praia, ou seja, comentar sobre sucesso ou insucesso da iniciativa.

Contudo, exercitar minha visão crítica sobre as coisas é sempre um divertimento que me proporciona aprendizado. Dessa forma, não me declinei de ler a respeito, com o objetivo de poder contextualizar meu comentário.

Além das minhas décadas dedicadas à educação, tenho minha formação em administração de empresas e décadas também, dedicadas ao exercício da profissão de bancário de empresa pública. Assim, desse modo, pelo menos o conceito de parceria é algo familiar ao meu arcabouço de conhecimentos e informação.

Sobre parcerias, seja no meio acadêmico, político, relações humanas ou negócios, o contexto é o mesmo e envolve a soma de esforços em torno de um objetivo comum, tendo como um dos princípios a participação efetiva dos pares, nas diversas fases do objeto.

Sobre participação efetiva considera-se todos os atores envolvidos, sendo no caso da parceria público privada na educação, inclusive a comunidade.

Ou seja, espera-se também da comunidade, voz ativa em praticamente todas as fases, podendo opinar, acatar e tomar decisões, obviamente em conjunto com os demais participantes.

Contudo, há de se levar em conta que nesse tipo de parceria há sempre a figura do fomentador dos recursos para a realização do projeto em si. O dinheiro precisa sair de algum lugar e, certamente, não sai da esfera pública ou da comunidade. Os recursos financeiros, evidentemente, saem do parceiro privado que investe dinheiro no projeto. Não somente os recursos financeiros, mas, também, os meios para gerir esses recursos em termos de planejamento, diretrizes, metas e avaliação de resultados que são cobrados dos demais parceiros.

Desse modo, não carece muito esforço de pensamento para chegar a conclusão de que em termos de parceria público privada na educação, muito da autonomia educacional inerente ao agente público responsável por operacionalizar as diretrizes educacionais, fica prejudicada.

Isso fica claro, por exemplo, em uma conclusão de uma dissertação de mestrado a respeito do tema, tendo como parceiros o Instituto Airton Sena e um rede municipal de ensino cujo link de acesso à publicação está aqui.

Neste contexto, a gestão democrática da educação sob o crivo da PPP fica bastante prejudicada, não conferindo à proposta de ação conjunta o respectivo equilíbrio, no que tange aos benefícios pretendidos.

Enfim, este texto é meramente um comentário com base em conclusões preliminares, contudo, reforça a necessidade de mais investigações a respeito do tema.

Por Orlando Rodrigues

Administrador e mestre em educação.

Leituras recomendadas

A Relação Público-privada na Educação: um Estudo da sua Construção

As modificações estruturais no modo de produção capitalista têm provocado mudanças na área social, em especial no campo da educação. Novas formas de construir políticas educacionais valorizam a relação público-privada como pressuposto da materialização da ação estatal. O livro A relação público-privada na educação: um estudo da sua construção analisa os elementos que sustentam a construção das parcerias entre a administração pública e o setor privado no campo da educação em municípios catarinenses. As conclusões apontam que a construção das parcerias ocorre a partir da inter-relação de três aspectos – políticos, pedagógicos e legais -, resultado do nexo do projeto formativo do setor privado com a materialização de políticas educacionais advindas dos parceiros em direção à educação pública. A partir desta obra, nossa contribuição para a educação está na defesa da educação pública alinhada, antes de tudo, às necessidades dos indivíduos que têm apenas na escola pública e gratuita a possibilidade de acesso à educação de qualidade. Não aquela qualidade cujo conceito é construído sobre as bases do pensamento neoliberal, mas na concepção educativa que encontra na filosofia da práxis uma visão criadora, crítica e assentada na formação humana. O desafio maior é a construção de outro projeto educacional que não o que se consolida por meio do avanço dos interesses privados, mas que é capaz de problematizar a naturalização do mundo marcado pelas imensas desigualdades econômicas e sociais.

Parcerias Público-Privadas – Experiências, Desafios e Propostas

O Brasil vive um momento de frustração e dúvida quanto a sua capacidade de crescer de forma sustentada. O modelo alicerçado predominantemente no crescimento do crédito e do consumo teve seu momento, mas se esgotou. Já há alguns anos é consensual que o investimento precisa aumentar de cerca de 18% do PIB para pelo menos 25%, mas tem sido difícil. A infraestrutura em particular representa hoje uma gritante barreira ao crescimento, mas poderia se transformar em uma fantástica oportunidade para o país. O governo sozinho não tem recursos e capacidade de execução para atingir este objetivo. Faz-se necessário engajar o setor privado em projetos de interesse público, o que requer mecanismos de incentivo e controle bem desenhados. Uma solução viável para muitos casos são as PPPs, objeto deste excelente livro que vem em boa hora. Nele o leitor encontrará textos que abordam o tema em todas as suas dimensões, da teoria à prática. Recomento fortemente. (Arminio Fraga Neto – Gávea Investimentos; ex-presidente do Banco Central)

Parcerias Público – Privadas

Esta obra destina-se a orientar os profissionais do Direito em relação a um tema que se tornado comum nas grandes empreitadas do Estado e desencadeado inúmeras preocupações: as Parcerias Público – Privadas, conhecidas com PPPs.

10 dicas para começar bem 2021.

2021 chegou. Ano novo, vida nova, certo? Nem sempre. Depende do que foi feito no ano anterior em relação às metas estabelecidas. Sempre há dicas de especialistas, astrólogos, videntes, gurus, coaches quando um novo ano se aproxima. A questão é, seguir ou não seguir as recomendações ou sugestões.

Um dos grandes problemas para não conseguirmos cumprir algumas de nossas metas está no fato de sempre deixarmos alguma por fazer referente ao ano interior. A nossa vida é feita de ciclos, que uma vez aberto, seguem determinado percurso até que haja o seu fechamento.

No entanto, quando procrastinamos em alguma tomada de decisão, o ciclo não se fecha e temos que conviver com ele durante um novo período e gastar bastante energia com o que ficou para trás.

Nesse sentido, é sempre bom refletir sobre o que fazer para encerrar ciclos. Seguem algumas dicas:

  1. Estabeleça prazo para as metas: sendo a vida formada por ciclos, o simples fato de estabelecer metas não resolve. Dê nome “aos bois” e estabeleça um prazo final, dentro do ano corrente.
  2. Não se apegue a metas não alcançadas: Caso não consiga obter o resultado desejado, pense na hipótese de abandoná-la por algum tempo ou descartar de vez. Afinal, você teve um ano inteiro para atingir e não teve êxito. Isso vale inclusive para relacionamentos.
  3. Não confunda metas com desejos ou sonhos: Metas podem e devem ser quantificáveis. Desejos ou sonhos são sensações abstratas e, portanto, variam de intensidade, dia após dia.
  4. Mantenha o foco: Foco está relacionado a precisão, disciplina, equilíbrio e concentração. Qualquer vacilo, pode atrapalhar.
  5. Celebre as conquistas: Cada meta alcançada deve ser comemorada, seja de modo intenso, ou meramente moderada, mas procure sempre valorizar cada etapa conquistada.
  6. Peça ajuda: Mesmo numa prova de concurso, uma pequena dúvida sobre regras ou enunciados, pode atrapalhar a resolução de uma questão. Em questões da vida também é assim. Peça ajuda, caso tenha alguma dificuldade para prosseguir.
  7. Não dê ouvido a críticas: Sempre aprendemos com os erros. Pode ser que você esteja fazendo algo errado. Porém, parar e tentar assimilar as críticas pode desviar o seu foco e a sua atenção.
  8. Saiba tolerar erros: Só não erra quem não faz. Avalie se há tempo hábil para corrigir a falha. Dependendo da gravidade do erro, talvez seja melhor não prosseguir.
  9. Não lamente por aquilo que não fez: Não adianta chorar o leite derramado. Bola pra frente. Recomece!
  10. Seja o seu melhor juiz: Não espere que alguém venha julgar suas atitudes ou comportamentos. Faça isso você mesmo. Quando eles vierem para te julgar, nada será novidade.

Se conselho fosse bom, a gente venderia. Dicas não são conselhos. São caminhos, orientações ou perspectivas a serem avaliadas e adaptadas à realidade de cada um. Afinal, se 2020 foi um ano difícil para todos nós, 2021 precisa ser diferente.

Enfim, o propósito aqui não foi lançar nenhuma receita de bolo, mas, sim, ampliar as perspectivas de cada pessoa para as ações do ano que chegou. feliz 2021!

Avaliação de desempenho: o que é, para que serve e como aplicar?

O que é uma avaliação de desempenho?

A avaliação de desempenho consiste em um mecanismo de mensuração do desempenho de colaboradores, por meio de indicadores e métricas de performance.

O processo de avaliação de desempenho ocorre de acordo com a necessidade da organização e pode ser trimestral, semestral ou anual.

Este processo de avaliação de desempenho visa compreender até que ponto os colaboradores estão desempenhando seu papel de maneira adequada para que a organização possa atingir seus objetivos.

Para que serve uma avaliação de desempenho?

Avaliação de desempenho, quando entendida como  uma estratégia organizacional é utilizada para acompanhar o trabalho dos profissionais de uma empresa e fornecer a eles o feedback sobre o desempenho.

Através da avaliação de desempenho a empresa pode estabelecer parâmetros de melhoria contínua, valorização e retenção dos talentos existentes.

Por meio da avaliação de desempenho e rotinas de feedbacks  é possível gerar um clima organizacional positivo, voltado para a adaptabilidade aos processo de mudança.

Como aplicar um processo de avaliação de desempenho?

Existem vários sistemas, ou métodos, de avaliação de desempenho. Os métodos mais tradicionais de avaliação de desempenho são:

Escalas gráficas de classificação

É o método mais utilizado nas empresas. Avalia o desempenho por meio de indicadores antecipadamente definidos, graduados através da descrição de desempenho numa variação de ruim a excepcional.

Escolha e distribuição forçada

Consiste na avaliação dos indivíduos através de frases descritivas de determinado tipo de desempenho em relação às tarefas que lhe foram atribuídas.

Pesquisa de campo

Baseado na realização de reuniões entre um especialista em avaliação de desempenho da área de Gestão de pessoas com cada líder, para avaliação do desempenho de cada um dos subordinados.

Incidentes críticos

Enfoca as atitudes que representam desempenhos altamente positivos (sucesso), que devem ser realçados e estimulados, ou altamente negativos (fracassos), que devem ser corrigidos através de orientação constante.

Comparação de pares

Também conhecida como comparação binária, faz uma comparação entre o desempenho de dois colaboradores ou entre o desempenho de um colaborador e sua equipe, podendo fazer o uso de fatores para isso.

Autoavaliação

É a avaliação feita pelo próprio avaliado com relação a sua performance.

Relatório de performance

Também chamada de avaliação por escrito ou avaliação da experiência. Trata-se de uma descrição mais livre acerca das características do avaliado, seus pontos fortes, fracos, entre outros aspectos.

Avaliação por resultados

É um método de avaliação baseado na comparação entre os resultados previstos e realizados.

Avaliação por objetivos

Baseia-se numa avaliação do alcance de objetivos específicos, mensuráveis, alinhados aos objetivos organizacionais e negociados previamente entre cada colaborador e seu superior.

Padrões de desempenho

Pode ser chamado também de padrões de trabalho e há estabelecimento de metas somente por parte da organização, mas que devem ser comunicadas às pessoas que serão avaliadas.

Frases descritivas

Trata-se de uma avaliação através de comportamentos descritos como ideais ou negativos. Assim, assinala-se “sim” quando o comportamento do colaborador corresponde ao comportamento descrito como ideal, e “não” quando não corresponde.

Métodos recentes

Uma mudança marcante nos métodos de avaliação é a passagem do avaliado como ser passivo para ser agente. Além disso, a introdução do conceito de competência, compreendido como “o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes do indivíduo” levou à criação de novas formas de avaliar as pessoas em uma organização:

A. Avaliação 360 graus
Tendo em conta que neste método a avaliação é feita de forma circular o avaliado recebe retornos de todas as pessoas com quem ele tem relação, também chamados de . Assim, participam na avaliação os seus pares, superior imediato, subordinados, clientes, fornecedores, ou seja, a maioria das pessoas que interagem com o avaliado, numa abrangência de 360°;
B. Avaliação de competências
Trata-se da identificação de competências conceituais conhecimento teórico, técnicas habilidades e interpessoais atitudes necessárias para que determinado desempenho seja obtido.
C. Avaliação de competências e resultados
É a conjugação das avaliações de competências e resultados, ou seja, é a verificação da existência ou não das competências necessárias de acordo com o desempenho apresentado.
D. Avaliação de potencial
Com ênfase no desempenho futuro, identifica as potencialidades do avaliado que facilitarão o desenvolvimento de tarefas e atividades que lhe serão atribuídas. Possibilita a identificação de talentos que estejam trabalhando aquém de suas capacidades, fornecendo base para a recolocação dessas pessoas.

Retroação e Feedback

Retroação é o retorno que se dá sobre o desempenho para cada pessoa ou grupo. Deve ser vista como uma troca de informações para avaliar os resultados e dificuldades em conjunto, mantendo sempre as pessoas informadas a respeito de seu trabalho. O feedback pode ser positivo ou negativo, dirigidos a pessoas ou grupos, fornecendo a possibilidade de uma auto-avaliação.

A OR Soluções atua com avaliação de desempenho por competências e resultados cuja metodologia envolve também a avaliação de 360 graus, desde que seja em comum acordo com o cliente.

Desenvolvemos a atividade por meio da utilização de softwares específicos para esse fim. Deseja saber mais? Visite nosso site e conheça nosso portfóflio ou solicite uma proposta sem compromisso.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_de_desempenho