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Quando a decisão é sua, a culpa não é do outro.

O trecho abaixo refere-se a um artigo, com o título acima, escrito por mim, Orlando Rodrigues, há mais de 3 anos e publicado no portal administradores.com. Apesar do tempo, parece bem atual, sobretudo, se considerarmos fatos políticos da atualidade. Poder de decisão exige responsabilidade. Segue o texto.

Não tem como evitar. Em algum momento da vida, ou em vários, temos de tomar decisões. Até para se levantar da cama e ir trabalhar, ir para a escola, igreja, academia, ao algo assim, tomamos decisão.

Certamente que existe decisões que tomamos amparados, ou até mesmo, literalmente empurrados, como por exemplo, levantar-se numa manhã fria e chuvosa, em pleno horário de verão, para ir trabalhar, ou estudar.

Mas há momentos em que algumas decisões precisamos tomar sozinhos, sem apoio ou empurrão. São decisões que impactam em nossa vida e que poderão, em algum momento, refletir na vida de outras pessoas, também.

Não há decisão sem consequência. Não há decisão sem vênia, caso seja bem-sucedida e não há decisão sem culpa, caso algo ou tudo dê errado. Decidir é algo extremamente complexo e nem sempre temos tempo adequado para isso.

Muitas decisões são tomadas em fração de segundos, por instinto, por impulso, grande parte, na emoção e algumas, vezes, na razão. Em todas há sofrimento. Em todas há dispêndio de energia. Em todas há vênia ou culpa.

Há decisões que demoram tanto para ser tomadas, que quando acontecem o impacto negativo pode ser até maior que se fosse tomada de modo mais rápido e tempestivo. Algo como decidir ir a Disney quando não se é mais criança. Não que ir a Disney depois dos 50 seja muito pior que ir aos 5. É que as referências mudam. O encantamento também. Não fui a Disney aos 5, não fui aos 50. Não irei a Disney.

Me parece bastante claro, que uma decisão, tomada sozinho, sem apoio, no tempo certo ou fora dele, causa mais impacto quando as consequências são ruins. Digo isto porque geralmente temos medo de decidir sozinhos. Melhor dizendo temos medo de decidir.

A impressão que dá é que a culpa já vem fazendo parte do pacote. E ela vai perdurar. Você se cobrará. Outros lhe cobrarão. Todos vão te cobrar pelas consequências de sua decisão. Seja ela toda sua, ou sendo sua culpa, em cota.

Toda decisão, monocrática ou compartilhada envolve responsabilidade, total ou solidária, que, no caso da culpa, a dor e o dano são relativizados. Relativizados em função da forma como cada pessoa lida com a própria culpa. Em geral é danosa. Machuca. Traz consigo um sentimento de auto depreciação, pois mexe com valores e crenças de cada pessoa.

No seriado norte americano Os Simpsons, o personagem Homer  Simpson é ligado à frase “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”. O que pode parecer uma ótima piada de um programa divertido de humor na TV, traz uma grande e aliviante verdade para muitas pessoas que sofre com culpas próprias que carregam indefinidamente em suas vidas, tentando a todo custo transferi-las para outros, porém, sabendo, internamente, em seu íntimo, que a culpa é totalmente sua.

            A melhor maneira de se livrar da culpa é assumir a reponsabilidade pelas decisões que toma ao longo da vida, em todos os seus aspectos. Seja em relação ao trabalho, ao casamento, à vida social, enfim, à todas as escolhas que se faz. Beber e dirigir ou dirigir e não beber?

            Entramos em ano de eleição e teremos pela frente a árdua missão de decidir sobre quem desejamos ver nos representando na gestão de nosso país. Não tem jeito. Será uma decisão monocrática. De cada pessoa, naquele momento solitário em frente a urna eletrônica.

            Já existem campanhas pedindo a cada cidadão para gravar um vídeo sobre como deseja ver o país no futuro. Qualquer coisa que se pretenda dizer em um vídeo desse tipo, em tese, estará ligado a própria decisão sobre o que se espera do país e de que maneira a pessoa dará a sua contribuição.  Ou seja, não faz sentido gravar um vídeo dizendo que quer um pais mais honesto e justo se na hora de eleger os representantes colocamos lá pessoas já consagradas como fichas sujas.

            É importante que se tome uma decisão baseada naquilo que realmente deseja para si e para o próximo. Se está em dúvida, priorize três coisas que gostaria muito de fazer e que estão, de fato, a seu alcance e sobre as quais se tenha total controle. Analise, pondere, decida. Execute, avalie, assuma as responsabilidades e corrija eventuais erros. Refaça. Recomece. Não saia por aí se culpando à toa, mas também não culpe os outros. A decisão é toda sua!  

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