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Semana da independência: empreender é para empoderados(as).

Semana da independência

Hoje encerram as comemorações da independência do Brasil, sendo assim, que tal pensar em tornar-se independente também?

As recentes mudanças na forma de governo nos levam a um movimento para a retomada do sendo de patriotismo.

O país tão devastado por maracutaias e corrupção, preso às amarras das propinas e à impunidade, perece viver um novo momento.

A independência no sentido político se refere a nossa autonomia e soberania, enquanto nação. Todavia, enquanto cidadãos devemos buscar também a nossa independência.

É independente o cidadão que exerce o seu poder de escolha e assume as responsabilidades por suas decisões.

No mundo do trabalho isso não é diferente.

Independência no mundo do trabalho.

A simples escolha de uma profissão, de um emprego e de um local para poder trabalhar já caracteriza a capacidade do indivíduo em tomar decisão e fazer escolhas. Isso o torna independente. Isso o torna empreendedor.

Um ponto importante para reflexão é que ninguém é absolutamente independente em todas as tarefas que realiza, porém, qualquer pessoa pode ser completamente autônoma em tudo o que faz. 

No mercado, por exemplo, as empresas possuem autonomia para executar atividades, produzir e comercializar produtos. Entretanto, suas operações, muitas vezes, não são completamente independentes porque dependem do cumprimento de alguma norma ou algum tipo de legislação pertinente ao seu ramo de atuação para funcionarem.

Empreender é empoderar-se

Dessa forma, um determinado indivíduo que exerce de maneira autônoma a sua capacidade de escolha quanto a um tipo de atividade que deseja desenvolver é considerado um empreendedor.

Torna-se empreendedor em razão de seu empoderamento, de sua capacidade de escolha e decisão.

Isso, entretanto, não significa, necessariamente, abrir um próprio negócio. É o caso dos empreendedores internos. Os intrapreneuer.

O intraempreendedorismo ou empreendedorismo interno é o conjunto de ações que estimula seu colaborador a agir e pensar como se fosse dono do próprio negócio.

Tem por objetivo gerar maior produtividade, rentabilidade e melhoria nos relacionamentos. Uma diferença entre o intraempreendedorismo e o empreendedorismo nato é a tomada de decisão, enquanto no primeiro tipo o colaborador precisa de autorizações para implementar, no segundo tipo a decisão de agir é pura e simplesmente do dono do negócio.  

Nesse sentido, sendo o empreendedor interno, ou, simplesmente, aquele dono do negócio, convém sempre buscar apoio e assessoramento.

A importância de um coach ou consultor

Melhor do que fazer as coisas apenas a partir de tentativas e erros é poder contar com a orientação e o apoio de um especialista.

Assim, o empreendedor mantêm o foco, na razão de ser de se seu negócio. Coaches e consultores cuidarão do empreendedor.

Muitos empreendedores se enganam achando que sabem tudo e não precisam de ajuda. Ninguém bate escanteio e corre pra cabecear. Há especialistas para cada atividade.

Confie no coach. Confie no consultor. Contrate o seu especialista de confiança.

Estratégias competitivas: as cinco forças de Porter.

Estratégias competitivas aplicadas ao trabalho

Estratégias competitivas são coisas muito comuns no pensamento dos dirigentes das empresas, entretanto, muitas vezes esse modo de pensar a empresa não percorre todos os pontos da organização.

Ainda mais quando se depara pela frente com posições políticas e econômicas sinalizando para ações envolvendo privatizações, liberalização do mercado e restrição do controle do estado na economia.

Ações do mundo externo à organização impactam de modo bastante importante no desempenho de seus membros.

Nesse aspecto convém refletir sobre as cinco forças de Porter e refletir sobre forças propulsoras e restritivas no ambiente organizacional.

O que são as cinco forças de Porter:

Michael Porter estabelece um  modelo baseado em cinco forças estratégicas para a atratividade de um produto, serviço, ou determinada empresa, sobretudo, indústrias, em um determinado setor da economia.

Quais são as cinco forças:

As cinco forças compreendem a rivalidade entre os concorrentes; as barreiras à entrada de novos concorrentes; o poder de barganha dos compradores; o poder de barganha dos fornecedores e, por fim, a ameaça de produtos ou bens substitutos.

O que dizem as cinco forças:

Rivalidade entre os concorrentes

Saiba quem são os seus concorrentes diretos no momento em que for realizar a análise. Porém, tenha em mente que não é sempre que uma empresa que vende o mesmo produto que você é uma concorrente: pode ser que os públicos de interesse sejam diferentes.

Para entender melhor a questão da rivalidade, faça-se algumas perguntas:

  • Como se destacar de seus concorrentes diretos?
  • Como os concorrentes estão agrupados (se houver grandes grupos, haverá mais força de negociação com fornecedores)?
  • As marcas concorrentes já se consolidaram? São admiradas?
  • Quais as vantagens competitivas dos concorrentes? Custos menores? Margens maiores? Localização?

Um mercado sem concorrentes é desprovido dessa possibilidade de interação e, portanto, carece de informações e meios para seguir na linha da melhoria contínua de processos e aumento da eficiência.

Barreiras à entrada de concorrentes

Além de ser necessário observar as atividades das empresas concorrentes, a ameaça da entrada de novos participantes depende das barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já constituídas.

O protecionismo da economia e as restrições de mercado, principalmente, aquelas decorrentes de interferências do estado formam barreiras bastante negativas, o que impede a consecução da primeira força apresentada acima.

Poder de barganha dos compradores

Pode ser traduzido como a capacidade de barganha dos clientes para com as empresas do setor.

Esta força competitiva tem a ver com o poder de decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente, quanto a preço e qualidade.

Assim, os compradores têm poderes quando: As compras do setor são de grande volume; Os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande diferenciação; As margens de lucro do setor são estreitas; A opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável.

Estas são apenas algumas características a serem observadas quando se analisa esta força.

Numa economia livre de interferências mercadológicas, principalmente, as promovidas pelo estado, há uma tendência do  mercado se auto regular em razão da Lei de oferta e procura. Daí, a capacidade dos concorrentes em se posicionarem no mercado por meio da diferenciação; na redução de custos ou mesmo foco em determinado nicho de mercado ou cliente específico.

Poder de barganha dos fornecedores

Para entender melhor o segmento em que se está inserido e a viabilidade do mesmo, é necessário entender qual a intensidade do poder de barganha dos fornecedores. Importa, também, entender o quanto eles podem influenciar na sua organização ou no mercado como um todo.

Quer aprender sobre administração estratégica? clique aqui.

Assim, as situações onde os fornecedores têm grande influencia no negócio são aquelas onde há muitos compradores e poucos fornecedores.

Ameaça de Produtos ou bens substitutos

Geralmente não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem à mesma necessidade. Torna-se importante avaliar este tipo de produto.

Muitas vezes surgem em mercados situados nos extremos e após certo tempo este se estabiliza em toda a região.

Saiba mais: As cinco forças de Porter

E o que o trabalhador tem com isso?

Muitos irão torcer o nariz para essa indagação e até levantarem uma bandeira contrária à vinculação do trabalhador a essa questão estratégica comum às empresas.

Entretanto, pense que você, trabalhador, é o dono de seu trabalho, seu trabalho é um produto ou um serviço e você é uma empresa produtiva. A lógica é a mesma.

Sendo a lógica igual é preciso que o trabalhador repense sua estratégia, enquanto agente de mercado e com grande poder de influência.

Cada vez mais espera-se dos trabalhadores maior competitividade, maior aprimoramento contínuo e desenvolvimento de competências diversas.

Quanto maior a capacitação do indivíduo, maior será sua capacidade de penetração no mercado. Obviamente, desde que esse mercado de trabalho não sofra com forças restritivas.

Forças restritivas, por exemplo, impostas por leis protecionistas e regulatórias que inibem a geração de novos postos de trabalho.

 

 

Especialização: aumente suas possibilidades no mercado de trabalho.

Na vida estudantil há sempre desafios e batalhas, num “quase eterno” romper de barreiras. Cursar uma especialização, muitas das vezes, se torna um grande dilema para quem necessita se destacar no mercado de trabalho. trata-se da missão contínua de desenvolver e aprimorar competências.

O que o mercado espera de você ?

Nos próximos meses centenas de novos profissionais estarão se formando em seus cursos de graduação para engrossarem a lista dos novos profissionais recém colocados no mercado. E você? Está preparado?

As incertezas e crises que sempre se alastram em diversos setores afetam o humor do mercado, seja ele voltado para a retomada do crescimento, ou, anda mais importante, voltado para a geração de novas possibilidades de emprego e geração de renda. Afinal, uma coisa leva a outra.

Sendo assim, o mercado estará mais exigente quanto a contrata mão de obra qualificada.

O que você pode oferecer ao mercado em termos de diferencial competitivo?

Cada dia está mais latente a conclusão de que apenas concluir um curso de graduação em uma instituição qualquer já não garante o tão sonhado emprego na área de formação.

Todavia, mesmo quando isso acontece, a concorrência é muito grande e isso amplia o escopo de exigências e desejos dos empregadores no momento de contratar alguém. E é exigência que não acaba mais.

Assim, são inúmeras as novas competências que fazem parte da lista de desejos de muitos empregadores, muitas das quais não desenvolvidas e não inseridas nas grades curriculares dos cursos de graduação. Nesse sentido, o diferencial competitivo terá de ser buscado, para além da graduação.

Especialização e cursos de curta duração

Não reunir a gama de competências desejadas pelo mercado de trabalho, pode representar uma ameaça à sua vaga no emprego. Por outro lado, abre espaço para um leque gigantesco de possibilidades de aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional. Adquirir novas competências acaba por se tornar o desejo de consumo, também, daqueles que se formam.

Os cursos de curta duração, assim como fazer pelo menos uma  especialização ganham espaço entre os novos formandos para a continuidade de sua formação.

Cursos presenciais ou a distância para atender a necessidade de quem deseja se desenvolver

Os cursos  de pós graduação e as nano degree (cursos de curta duração) são hoje indispensáveis para o desenvolvimento e aprimoramento profissional.

Não pare no tempo. Comece o ano novo investindo em novas possibilidades para você.

 

Futuro profissional: sua profissão pode acabar em 2030.

O futuro profissional costuma ser uma grande incógnita, principalmente se considerarmos as mudanças cada vez mais constantes no mercado de trabalho. Nesse sentido a busca por desenvolvimento deve ser constante e ao longo da vida.

O mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico e isso deve alterar alguns cursos de graduação que hoje estão entre os mais procurados, mas que, até 2030, devem deixar de existir. É o que mostra o Mapa do Ensino Superior 2018.

O recentemente divulgado mapa da educação superior no Brasil em 2018 traz uma relação de profissões, hoje, bastante procuradas no mercado de trabalho, de grande empregabilidade e com grande oferta de cursos e número de alunos matriculados.

Entre elas podemos citar a Administração, o Direito, a Contabilidade e Pedagogia.

Mas e aí, como será o futuro profissional de alguns trabalhadores?

O mercado tem mudado de modo muito acelerado. Isso, com certeza, afeta a expectativa que se tem dos profissionais do futuro. Implica, necessariamente, em modificar a forma como os conhecimentos, habilidades e atitudes esperadas devem ser desenvolvidos daqui para frente.

Espera-se que algumas das profissões existentes hoje sofram adequações e modificações para suprir as necessidades de mercado. E isso deve ocorrer já em breve para muitas profissões, entre elas a Administração.

Habilidades relacionadas a pensar, agir e tomar decisões rápidas, além de flexibilidade para as mudanças, certamente devem ser consideradas como atributos importantes para os novos perfis profissionais.

Vai mandar seu currículo? Atente para alguns segredos e erros comuns.

Saiba as armadilhas mais comuns na hora de elaborar um currículo.

 

Portfólio de todos aqueles que desejam uma oportunidade de trabalho ou mudança de emprego, o currículo é muitas das vezes o primeiro contato de um candidato a determinada vaga de trabalho e seu possível empregador.

Houve tempo em que um currículo volumoso, repleto de experiências profissionais passadas era o grande chamariz daqueles que se lançavam ao mercado em busca de novas oportunidades de trabalho.

Obviamente, um bom currículo, recheado de informações importantes que relatam a experiência profissional do candidato  ainda é bastante atrativo, entretanto, há alguns cuidados que precisam ser verificados na hora de fazer ou alterar o seu.

Muitos currículos deixam de ser avaliados em função de pequenos detalhes que não são observados e, provavelmente isso já tenha acontecido com você.



Primeiramente é preciso entender que a pessoa que vai avaliar o seu currículo, certamente, tem vários outros piores, iguais ou muito melhores que o seu.

Em se tratando de competitividade, algumas informações em excesso ou omissão de dados importantes costumam ser, efetivamente, a razão da seleção ou eliminação precoce de um candidato.

Qual o tamanho ideal para um currículo?

Como foi dito acima, no passado, o volume do currículo, com dezenas de paginas, era bastante sedutor, pois, demonstrava quão experiente seria o candidato.

As informações sobre dados pessoais, experiências profissionais anteriores e tempo na empresa ou cargo, além de formação, escolaridade, cursos realizados, entre outros, podiam fazer a diferença no momento da seleção.



Atualmente, segundo agências de recrutamento de pessoal, o currículo necessita ser objetivo, com apresentação de suas habilidades e adaptável à característica de seu “futuro” empregador.

Em geral deve ter entre 2 e 3 páginas. Economize nos dados pessoais, já que seu possível patrão, nesse momento não deseja saber seu CPF, RG, endereço, nome dos Pais ou até mesmo tipo sanguíneo.

O que deve conter?

É fundamental incluir dados de contato, principalmente telefones e email, atentando para o cuidado que se deve ter com divulgação de perfis de redes sociais e aqueles possíveis apelidos de internet.

Dê preferência aos perfis de redes profissionais. Lembre-se que seu contato é profissional e isso será considerado.

Após inserir as informações referentes a dados pessoais. formação escolar e experiências profissionais dê destaque para a definição de sua área de atuação.

Procure, com poucas palavras, ser bastante objetivo e claro para comunicar de modo genérico com o que você trabalha, destacando suas realizações e as enumerando por grau de importância. Evite manifestar sobre o cargo ou função que deseja atuar.

Dê atenção a suas qualificações

A sua experiência profissional e todas as suas qualificações, cursos de desenvolvimento e aprimoramento de competências  são de extrema importância.

Registre seus conhecimentos e habilidades e relate as atividades que desenvolveu. Relate as mais relevantes e as mais recentes.

O que deve ser evitado?

Evite fotos no currículo, a menos que seja uma exigência da empresa. Nesse caso use uma foto simples em que você se apresente de modo natural.

Cuidado com selfies, fotos em trajes sumários ou de participação em festas. A foto deve ter boa qualidade.

Não utilize recursos gráficos. Enfeitar o currículo não vai torná-lo mais atraente, mesmo em situações onde a criatividade esteja sendo avaliada.

Muita atenção aos erros de português. Na dúvida peça a um revisor para fazer uma checagem antes de enviar.

Simplicidade e praticidade

Quanto mais simples, sucinto e objetivo melhor. Seu currículo serve como um cartão de visitas. Avalie a possibilidade de encaminhar seu currículo acompanhado de uma carta a seu empregador.

 

 

Se o envio for por meio eletrônico, através da internet, um email bem redigido é bastante importante. Atente para eficácia, sem uso de linguagem muito complexa, rebuscada e excessivamente formal. Afinal, ele é seu portfólio. Boa sorte!

 

 

 

 

 

 

Plano de cargos e salários: priorizar competência e o mérito.

Plano de cargos e salários deve priorizar competência

Com a Reforma Trabalhista, as regras de promoção não precisam mais passar pela Justiça e nem pelos sindicatos.

A empresa pode decidir sozinha os critérios para mudança de cargo e função

Crescer na carreira agora vai depender exclusivamente de competência e não mais da fidelidade do funcionário à empresa.

Isso porque a Reforma Trabalhista, que entrou em vigor no dia 11 de novembro, muda a forma de elaboração do plano de cargos e salários.

Com isso, permite que o empregador atrele as promoções de carreira, apenas ao merecimento e não mais ao critério de tempo de serviço, como era na lei anterior. Estamos falando de meritocracia.

Meritocracia

Portanto, meritocracia passa a ser a palavra de ordem no mundo corporativo quando o assunto é mudança de cargo ou função.

Com a flexibilização, as empresas não precisam mais homologar na Justiça seu plano de cargos e salários.

Da mesma forma, não necessitam da análise e aprovação dos sindicatos.

Elas podem negociá-lo direto com o colaborador ou decidir apenas internamente.

“Antes os instrumentos legais permitiam que aquele que não se preocupava em ser mais produtivo, mais eficiente para a empresa, evoluísse na carreira apenas pelo tempo em que ficava em um mesmo lugar.

Hoje a lei desobriga a isso. As empresas vão optar em promover quem agregar valor a ela”, diz o professor da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Marciano Cunha.

Assim, espera-se aliar a carreira com a competência.

Carreira x competência

A carreira passa, então, a estar mais concentrada na mão do profissional. Vai depender, exclusivamente, dele desenvolver competências e habilidades, para provar que é relevante para o mercado de trabalho.

Assim, irá demonstrar que pode assumir novas responsabilidades dentro da empresa.

Outra mudança decorrente da redução da burocracia é a possibilidade de a empresa mudar os planos de carreira quando quiser.

Mas isso não significa que essa prática vá se tornar regra. Além da instabilidade para os funcionários que pode afugentar talentos, as mudanças só valem para os colaboradores que entram a partir da data da alteração. E quanto aos demais?

Para quem ingressou antes, o que conta é o plano de cargos e salários que estava em vigor na época da assinatura do contrato de trabalho, de acordo com a súmula 51 do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Porém, se o novo plano for mais benéfico, o funcionário pode aderir a ele se quiser. E quanto a possíveis equiparações?

Fim da equiparação

As empresas também não são obrigadas a terem um plano de cargos e salários. Todavia, se tiverem um bem detalhado, fecha-se a possibilidade do colaborador acionar a Justiça e pedir equiparação salarial. Nesse sentido, torna-se importante o detalhamento do quadro de cargos e funções.

Com um quadro de cargos e funções que descreva detalhadamente cada um, a única coisa que o funcionário pode pedir é enquadramento em determinada função. Desde, obviamente, que encaixe suas atribuições com as que estão descritas no plano.

Ainda sobre equiparação, segundo o advogado trabalhista e professor de Direito José Affonso Dallegrave Neto:

“a partir de agora só é possível ingressar com um pedido de equiparação salarial na Justiça, se a empresa não tiver um plano de cargos e salários, ou quando nele não constar claramente as atribuições exatas de cada função”.

O que considerar em um plano de cargos e salários após a reforma?

Alguns pontos são fundamentais e devem ser considerados em um bom plano de cargos e salários, tanto sob a perspectiva do funcionário, quanto da empresa.

Perspectivas para o funcionário

Crescimento na carreira

O plano tem que trazer perspectiva de crescimento na carreira. O ideal é que a empresa proponha aumento salarial a cada 3 anos, no máximo 5.

Mais que isso, o avanço profissional se torna lento. Com menos tempo, há o risco do crescimento rápido e faixa salarial muito alta, fazendo com que o empregado se torne o primeiro alvo na hora do corte de custo.

Experiência: 

O tempo de permanecer em uma mesma função, antes de mudar de nível ou de mudar de cargo, deve ser suficiente para ganhar experiência, capacidade e competência.

Não adianta assumir nova função se o exercício da anterior ainda não permitiu ganho de conhecimento. Isso vai ser útil também na hora de se recolocar no mercado.

Benefícios:

Se for o caso da empresa elaborar um novo plano, só vale aderir a ele se houver aumento de benefícios, seja nos valores ou na quantidade. Caso contrário, o ideal é permanecer com o mesmo.

Escolaridade: 

É muito improvável que um plano de cargos e salários promova mudança de cargo sem que haja aumento de escolaridade.

Portanto, precisa ficar atento às exigências que um novo plano possa propor e fazer um balanço pessoal do quanto se está disposto a investir mais em formação.

Perspectivas para a empresa

Faixa salarial: 

Em se tratando de faixa salarial, precisa ser consistente e viável. Não adianta fazer uma margem muito grande que agrade o empregado apenas momentaneamente mas que, no futuro, se torne inviável e possa gerar cortes no quadro de funcionários.

Atribuições de função:

As atribuições de função precisam estar descritas com a maior quantidade de detalhes possíveis. Deve abranger todas as atribuições e capacidade que se espera para aquela faixa e que justifique a diferença salarial.

Caso contrário, pode abrir brecha para um pedido de equiparação salarial na Justiça.

Meritocracia:

Um bom plano precisa levar em conta a meritocracia, ou seja, essencialmente, o desempenho das pessoas. Quem se destaca, mostra mais produtividade, precisa ser recompensado. Isso gera motivação no funcionário e aumenta o lucro da empresa.

Retenção de talentos:

É necessário desenvolver um plano que se preocupe em reter os talentos dentro da empresa. Para isso precisa também flexibilizar as condições de trabalho.

É permitindo, por exemplo, o home office, bem como engajar os funcionários nos processos de inovação.

Recompensa:

O plano precisa recompensar o bom desempenho não apenas com promoção, mas com premiações por boas ideias, bonificações e participação nos lucros.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/pos-e-carreira/plano-de-cargos-e-salarios-vai-priorizar-competencia-e-nao-mais-o-tempo-de-servico-dbecyriqab5eo2oycahbwveof