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A crise que não é para todos.

O povo brasileiro tem convivido quase que cronicamente com situações de crise, sobretudo, na área da política e da economia.

De certa forma, parece que a maioria da população se acostumou com o termo e vai se virando como pode para tentar sobreviver.

Desemprego, volta da inflação, desabastecimento em alguns setores, falta de dinheiro e alto endividamento, sem contar a terrível crise sanitária que já está em seu segundo ano.

Quem perde e quem ganha

Tudo isso é ingrediente suficiente para abalar muitas estruturas sociais, nessa crise que parece não ter fim.

Entretanto, a crise não tem sido para todos e há vários setores lucrando e muito. Basta acompanhar algumas publicações sobre o assunto.

Segundo a revista Exame, “vidas perdidas, empresas falindo, pessoas perdendo o emprego, infelizmente são situações comuns em meio à uma pandemia. O prejuízo é enorme, e, no fim, a conta sai muito cara. Mas será que a pandemia está gerando uma crise econômica para todos? Não é bem assim. Mesmo sendo a minoria, há sim empresas ganhando dinheiro e crescendo com o momento atual. 

Com a vida parada por causa da quarentena, boa parte das pessoas está em casa. Por isso, serviços relacionados à vida à distância têm apresentado fortes crescimentos (…).

Não saia de casa, só quando necessário. Essa é a recomendação por causa do perigo de contágio da covid-19. Mas mesmo estando em casa você ainda precisa de tudo que precisava quando podia sair. Compras do supermercado, remédios, pães, carnes. Mas sem poder ir à farmácia, ao açougue ou à padaria, como fazer tudo isso chegar à sua casa? 

Entrega a domicílio, para sair da crise

Essa questão já nos leva a um dos setores que cresceram durante a quarentena. Para você estar em casa, é preciso ter alguém levando as mais diversas coisas até você. Em meio a toda essa mudança nos hábitos de consumo, as empresas de entregas estão com uma demanda muita alta de serviços.

Só o Ifood registrou uma média de um milhão de entregas por dia no mês de março deste ano. Mas não foram só as entregas que bateram recorde no aplicativo. As plataformas de entregas de comida incluíram diversos produtos que antes não estavam disponíveis.

Era comum pedir um lanche, uma pizza e pratos prontos, geralmente nesse conceito de fast-food. Mas agora, você consegue comprar um detergente ou um papel higiênico pelo app. Além disso, as plataformas também já disponibilizam a gastronomia de alto padrão. Não dá para ir em um restaurante fino durante a pandemia, mas dá para levar ele para dentro de casa. 

Ainda nesse setor de alimentação, os supermercados também têm bons resultados na pandemia. Se as pessoas não podem sair para comer fora, o jeito é pedir comida pronta, ou cozinhar. Nessa onda de fazer a própria refeição, as vendas nos supermercados aumentaram mais de 15% no início deste ano. As compras online tiveram uma alta ainda maior do que as presenciais. Mas com toda essa demanda, outra coisa que aumentou além das vendas, foi o tempo de entrega. O tempo médio de entrega é cerca de quatro vezes maior. 

E como ninguém vive só de comida, não foram só os aplicativos de alimentação que cresceram. As empresas de entregas no geral apresentaram bons resultados. A startup colombiana Rappi percebeu um aumento de 300% na demanda em março. Já a Loggi, outra startup de entregas, disse estar preparada para atender até três vezes mais o seu volume médio de entregas. 

Se tem tanta entrega é porque as pessoas estão comprando muito. Isso nos leva a mais um setor que cresceu na pandemia. Sem poder ir aos shoppings e às lojas, o jeito é comprar pela internet. Só no primeiro trimestre, as compras no e-commerce avançaram 32%. Foram 16 milhões de pessoas realizando mais de 50 milhões de compras. É o maior valor registrado em toda a série histórica nesse período e rendeu um faturamento de 20 bilhões de reais. 

Fique em casa

Mas com a quarentena, só as compras e as comidas não preenchem todo o tempo. O streaming teve um boom de audiência. Cinemas e teatros estão com as luzes apagada. E mesmo que estivessem abertos, não seria possível reunir toda essa aglomeração de pessoas. Nesse cenário de monotonia, é natural que as pessoas recorram à televisão ou à internet para que a quarentena passe mais depressa. É aí que entram os filmes e séries.

Plataformas como a Amazon Prime Vídeo, a Netflix e a HBO oferecem cada vez mais títulos para os consumidores. As empresas não divulgam dados de crescimento, mas um ponto evidencia a alta da demanda. Os streamings precisaram reduzir a qualidade dos vídeos para conseguir atender todas as reproduções simultâneas. 

Ainda no setor de entretenimento, o número de usuários online nos videogames avançou 75%. Já o mercado de games como um todo, cresceu mais de 130% durante a pandemia. Isso significa que as vendas mais que dobraram. Os americanos passam 45% mais tempo jogando, e também têm jogado mais com amigos online. É uma das formas de se conectar enquanto ninguém pode se ver. 

Outra maneira de fazer isso são as chamadas de vídeos, que ficaram bem populares durante a quarentena. Nessa brincadeira, as empresas de tecnologia que têm aplicativos para as chamadas de vídeo também estão faturando na pandemia. Tanto que algumas ações desse setor já triplicaram de valor. “

Assim, enquanto muitos se apavoram com perda de emprego, dificuldades familiares em razão de perdas ocasionadas pela pandemia, outros comemoram.

Enfim, assim é a vida, cheia de altos e baixos. Uns ganham, enquanto outros perdem. O momento é de tentar sobreviver e se reinventar.

Entre fatos, fakes e assombros.

Entre fatos, fakes e assombros, como tem girado o mundo dos negócios, desde 2020?

Este é um post diferente, dedicado a abordar uma visão relativamente neutra sobre os fatos ocorridos no ano de 2020. Obviamente, ao se referir ao ano que passou, tudo está relacionado à pandemia mundial.

Assim, convém revisitar os acontecimentos desde o fim do ano de 2019 e avaliar como fatos, fakes e assombros mudaram o sentido do que era normal no planeta, até então.

Fatos

Em março de 2020 o Presidente da OMS decretou a “pandemia”. Um ato administrativo dentro de um gabinete sofisticado em um país sofisticado.

Contudo, a contaminação pela covid já existia desde novembro e em dezembro começaram os alertas, em razão do grande aumento do número de casos na China e países da Europa.

Em 29 de abril quando da decretação da pandemia, o mundo tinha 67228 casos confirmados, com 5346 mortes e uma taxa de letalidade de 7,95%. Destes, 23573 casos na Europa. A China teve seu maior pico em 13/02/2020, com 15152 casos e 254 mortes e a espantosa taxa de letalidade de 1,67%. (fonte: WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard | WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard).

A partir daí a China, o maior e mais populoso país do mundo praticamente zerou as taxas de contaminação. Nos feriados da festa de Primavera na China que ocorre em 31/12, os chineses fizeram milhões de viagens domésticas e para o exterior, ao ponto de o governo Chinês, no mês de janeiro de 2020, decretar a suspensão de viagens internacionais.

Foram muitas viagens para a Europa, Américas e ao carnaval do Brasil. Hoje o Brasil e o resto do mundo vivem assustados, enquanto os chineses tocam a vida normalmente.

Fakes e assombros

A partir da decretação da pandemia, uma série de afirmações de autoridades políticas ou sanitárias, a par de trazer informação, mais confundiram e assombraram do que instruíram a população. O mundo todo entrou em pânico com as medidas restritivas impostas. Toda essa comoção mundial destruiu vidas e arruinou negócios durante todo o ano de 2020. Empresas fecharam as portas, empregos foram destruídos, contaminação, internações e mortes, em uma das maiores crises sanitárias do mundo contemporâneo.

Contudo, como em toda a crise, há aqueles que se beneficiam e lucram absurdamente.

Segundo um relatório da Poder, Lucros e a Pandemia, as 32 empresas mais rentáveis do mundo lucraram US$ 109 bilhões a mais durante a pandemia de covid-19 em 2020 do que a média obtida nos quatro anos anteriores (2016-2019). (fonte: Enquanto grandes empresas lucram na pandemia, os mais pobres pagam o preço | Oxfam Brasil).

O assombro, evidentemente, fica por conta da população mais pobre, a mercê das precárias condições de acesso aos sistemas de saúde; hospitais sucateados e despreparados e, principalmente, à manipulação de informações por parte da mídia.

Na base do quanto pior, melhor, as narrativas foram sendo construídas dentro de um contexto de viés altamente político.

O que esperar para 2021?

As 100 empresas campeãs do mercado de ações em 2020 acrescentaram mais de US$ 3 trilhões ao seu valor de mercado desde o início da pandemia (em março de 2020). Como resultado, os 25 maiores bilionários do mundo aumentaram suas riquezas em quantidades assombrosas. Jeff Bezos, por exemplo, poderia pagar um bônus único de US$ 105 mil (mais de R$ 550 mil) para cada um dos 876 mil funcionários da Amazon e ainda assim ser tão rico quanto era no início da pandemia.

Já a população de modo geral se apega a esperança de uma vacina, cuja aplicação, foi extravagantemente politizada, numa guerra de egos totalmente sem escrúpulos.

Há aqueles que tentam se reinventar, se recolocarem no mercado, ou, no mínimo, se proteger do virus. Sabe-se que uma complicação da doença pode levar pacientes à UTI, dilapidar patrimônios, trazer uma infinidade de sequelas ou levar à morte.

Em meio a tanto assombro, fatos e fakes, a decisão está com cada indivíduo, seja na proteção individual ou seja no cuidado de não ser mais um mero transmissor desta catástrofe.

Vale lucra US$ 239 milhões no primeiro trimestre de 2020

Em tempos de pandemia, antecedidas por tragédias ambientais, a Vale se recupera e lucra mais de 200 milhões de dólares.

A matéria publicada no infomoney diz que “O aumento de US$ 1,801 bilhão no resultado deveu-se, principalmente, ao reconhecimento de despesas one-off no quarto trimestre de 2019, tais como os impairments em ativos de níquel e carvão (US$ 4,202 bilhões) e provisões relacionadas a Brumadinho (US$ 898 milhões)”, explicou a empresa em nota.

Segundo a companhia, estes efeitos foram parcialmente compensados pelo menor Ebitda (geração operacional de caixa) ajustado pró-forma (US$ 1,636 bilhão), por maiores despesas financeiras (US$ 1,445 bilhão) e por menor receita de imposto (US$ 764 milhões).

O lucro obtido pela vale contrasta com as tragédias nacionais vividas por boa parte do povo brasileiro.

Entretanto, em postagem do blog folha.uol, a Vale se comprometeu a indenizar as vítimas da tragédia de Brumadinho/MG.

A empresa deverá pagar mensalmente, durante 1 ano a quantia de um salário mínimo para cada adulto morador da cidade e a metade desse valor para cada adolescente.

Já as crianças receberão a quantia de R$ 249,50 a título de indenização por igual período.

Saiba mais: Vale reverte prejuízo e lucra US$ 239 milhões no primeiro trimestre de 2020

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