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Perfil do líder do futuro. O que deve mudar na gestão de pessoas? 

Por Orlando Rodrigues

Olá. Sempre que se fala em líder do futuro, fala-se também em inovação, em flexibilidade para aceitação das mudanças cada vez mais velozes e constantes e do respeito à diversidade de opiniões, em razão dessas constantes mudanças.

Eu sou Orlando Rodrigues sócio proprietário da OR Soluções – Assessoria educacional e empresarial e apresento neste post minhas ponderações em relação a uma matéria publicada na revista Época Negócios.

A revista Época traz uma entrevista com Illian Mihov, Reitor do INSEAD (Instituto Europeu de Administração de Empresas), considerado um dos melhores programas de MBA do mundo, segundo a matéria.

Na entrevista fala-se sobre o impacto da tecnologia, da inovação e da diversidade no mundo dos negócios e na formação de novos líderes.

Até aí tudo bem, embora, bastante óbvio, tendo em vista que, pelo menos em tese, todas as pessoas do mundo civilizado sabem disso e não haveria, a meu ver, necessidade de se fazer tal pergunta a um reitor do INSEAD.

A questão que me fez escrever este post, além das obviedades, está na aplicabilidade prática dos pressupostos determinados para o líder do futuro, sobretudo, quanto a busca do equilíbrio entre implantar mudanças e inovações constantes e respeitar a diversidade de opiniões, comportamentos, ideologias, entre outras diferenças.

Da forma que se propõe não se vislumbra oposição, ou seja, parte do pressuposto que todos, tanto líderes, quanto liderados  estariam plenamente afinados quanto a inovações e mudanças. Sendo assim, onde estaria a diversidade?

Na entrevista Illian faz referência a uma nova revolução industrial que estamos vivendo e cita a Primeira Revolução Industrial que ocorreu na Inglaterra, assim como os embates e problemas advindos dessa revolução, como por exemplo, ele destaca, a questão ambiental. Nessa linha de raciocínio, evoca Marx e Engels, opositores ao fenômeno e que ganharam grande espaço no contexto histórico, com a propagação de suas ideologias de cunho comunista.

Ora, a revolução industrial trouxe inúmeros benefícios para a sociedade deixando como legado a necessidade constante de inovação e mudança, justamente, tendo como pano de fundo as divergências dela decorrentes.

Em se tratando de diversidade, me parece que foi por meio da revolução industrial que ela ganhou força. Houve descontentamento, oposição de ideias e movimentos a favor e contra o fenômeno que, ao invés de sucumbir, apenas cresceu e se espalhou mundo afora.

O pressuposto perfil ideal de líder do futuro, apresentado na matéria, me parece ignorar contradições e antagonismos. É como se todos devessem estar devidamente sintonizados com todos os processos de inovação que estarão por vir. Sabemos que as coisas não funcionam assim. Se há mudança, haverá conflito e terá de ser gerenciado. No entanto, a mudança e a inovação deverá ser implantada.

A seguir um trecho da entrevista:

Na sua comparação, quem seria a Inglaterra e quem seria Marx?
Honestamente, eu não sei quem é quem nessa história. O que Marx e Engels fizeram foi apontar um problema. A solução proposta, entretanto, não funcionou. O importante é que tenhamos pessoas que pensem maneiras de criar uma sociedade com mais respeito, menos desigual e mais sustentável. No final do dia, a certeza que eu tenho é que os extremos não são bons. Precisamos de soluções pragmáticas para problemas reais.

Illian diz que precisamos de soluções pragmáticas, mas não aponta uma. Sabemos que os problemas são reais e não se tem previsão de que vão desaparecer no “futuro”. Qual futuro? 15, 25, 50 ou 100 anos?

Estamos vivendo momentos de pensamentos politicamente corretos, sem um mínimo de pragmatismo. Acho temeroso idealizar um líder para o futuro, com um perfil radicalmente diferente dos que vemos hoje, Do século XVIII para cá, muita coisa mudou, muita coisa melhorou e muita coisa piorou. Não penso que será diferente disso, no futuro.

Saiba mais: O líder do futuro precisa ser aberto à diversidade e sensível aos problemas do mundo, diz reitor do Insead – Época NEGÓCIOS | Carreira

Líderes também erram. Devemos tolerar?

Líderes também erram

Até mesmo os melhores líderes também erram. E esse não é o problema, afinal errar é humano, inclusive os grandes líderes. Será?

Muitos conhecem a piada: chefe não erra, apenas se engana. Engana-se, quem pensa assim. Chefe ou líder, todo aquele que está a frente do comando de pessoas, está sujeito a erro. A questão, entretanto, é como lidar com isso.

como lidar com essa situação?

O que difere os grandes líderes dos medianos ou ruins é a forma pela qual eles lidam com seus próprios erros. Errar é natural e até pode nos ajudar a crescer profissionalmente e na vida.

Porém, é preciso aprender com os próprios erros e fazer com que seu time também aprenda com suas falhas. Os colaboradores de uma equipe observam seus líderes e tudo que veem impacta diretamente no relacionamento e o nível de confiança com o chefe.

Que erros devem ser tolerados?

É senso comum que o erro faz parte da condição humana. Assim, é possível e natural haver tolerância ao erro. Todavia, qual a dimensão que se deve dar à tolerância ao erro? Qual o tamanho de um erro grave? qual o tamanho de um erro pequeno. leve, ou inexpressivo? A resposta está, evidentemente, nas consequências do erro.

Um acidente aéreo ocorrido no vôo JJ3074 da TAM, há 12 anos atrás, demonstra bem a relação entre erro e consequência. Um pequeno erro de um experiente comandante, em um momento de extrema tensão, levou-o a uma tomada de decisão equivocada.

Um pequeno detalhe de um minúsculo erro, cometido por um profissional extremamente competente, causou uma das maiores tragédias da aviação brasileira.

Saiba mais:

 

Semana da independência: empreender é para empoderados(as).

Semana da independência

Hoje encerram as comemorações da independência do Brasil, sendo assim, que tal pensar em tornar-se independente também?

As recentes mudanças na forma de governo nos levam a um movimento para a retomada do sendo de patriotismo.

O país tão devastado por maracutaias e corrupção, preso às amarras das propinas e à impunidade, perece viver um novo momento.

A independência no sentido político se refere a nossa autonomia e soberania, enquanto nação. Todavia, enquanto cidadãos devemos buscar também a nossa independência.

É independente o cidadão que exerce o seu poder de escolha e assume as responsabilidades por suas decisões.

No mundo do trabalho isso não é diferente.

Independência no mundo do trabalho.

A simples escolha de uma profissão, de um emprego e de um local para poder trabalhar já caracteriza a capacidade do indivíduo em tomar decisão e fazer escolhas. Isso o torna independente. Isso o torna empreendedor.

Um ponto importante para reflexão é que ninguém é absolutamente independente em todas as tarefas que realiza, porém, qualquer pessoa pode ser completamente autônoma em tudo o que faz. 

No mercado, por exemplo, as empresas possuem autonomia para executar atividades, produzir e comercializar produtos. Entretanto, suas operações, muitas vezes, não são completamente independentes porque dependem do cumprimento de alguma norma ou algum tipo de legislação pertinente ao seu ramo de atuação para funcionarem.

Empreender é empoderar-se

Dessa forma, um determinado indivíduo que exerce de maneira autônoma a sua capacidade de escolha quanto a um tipo de atividade que deseja desenvolver é considerado um empreendedor.

Torna-se empreendedor em razão de seu empoderamento, de sua capacidade de escolha e decisão.

Isso, entretanto, não significa, necessariamente, abrir um próprio negócio. É o caso dos empreendedores internos. Os intrapreneuer.

O intraempreendedorismo ou empreendedorismo interno é o conjunto de ações que estimula seu colaborador a agir e pensar como se fosse dono do próprio negócio.

Tem por objetivo gerar maior produtividade, rentabilidade e melhoria nos relacionamentos. Uma diferença entre o intraempreendedorismo e o empreendedorismo nato é a tomada de decisão, enquanto no primeiro tipo o colaborador precisa de autorizações para implementar, no segundo tipo a decisão de agir é pura e simplesmente do dono do negócio.  

Nesse sentido, sendo o empreendedor interno, ou, simplesmente, aquele dono do negócio, convém sempre buscar apoio e assessoramento.

A importância de um coach ou consultor

Melhor do que fazer as coisas apenas a partir de tentativas e erros é poder contar com a orientação e o apoio de um especialista.

Assim, o empreendedor mantêm o foco, na razão de ser de se seu negócio. Coaches e consultores cuidarão do empreendedor.

Muitos empreendedores se enganam achando que sabem tudo e não precisam de ajuda. Ninguém bate escanteio e corre pra cabecear. Há especialistas para cada atividade.

Confie no coach. Confie no consultor. Contrate o seu especialista de confiança.

Mindset: competências para o futuro do trabalho ou para o trabalho do futuro?

A tal disrupção

Tem sido recorrente a utilização deste termo, principalmente, no mundo corporativo e, nem sempre, se preocupa em saber o real significado do termo e sua aplicação. Ou seja, vai se tornando um clichê,

Mas o que é a disrupção?

Disrupção é uma quebra ou descontinuação de um processo já estabelecido.

Diz-se que algo é disruptivo quando interrompe, suspende ou se afasta do funcionamento normal. Assim, o adjetivo pode ser utilizado para qualificar um defeito, um comportamento, uma ideia, etc.

Entre os principais sinônimos de disrupção estão: ruptura, rompimento, divisão, suspensão e descontinuação.

Disrupção no mundo do trabalho

Pode-se considerar que o mundo do trabalho e a formatação das empresas e dos negócios vem se modificando gradativamente, porém, numa velocidade bastante elevada, quebrando uma série de paradigmas em relação a diversas profissões.

Com isso profissões vão deixando de existir, produtos deixam de existir, empresas e negócios idem.

Como se precaver?

Uma das maneiras mais óbvias de se precaver é através do aprimoramento continuo, da ampliação de conhecimentos e o desenvolvimento de novas habilidades.

Todavia, apenas se encharcar de novos conhecimentos, fazendo inúmeros cursos e obtendo diversas certificações não é suficiente para enfrentar o fenômeno da disrupção no mundo do trabalho.

Novas competências imploram por atitudes que são os comportamentos esperados das pessoas para um determinado trabalho ou atividade.

Desenvolvimento de competências

Estabelecer um processo de desenvolvimento, mapeamento e avaliação de competências, baseado nos comportamentos observáveis é a chave do modelo de gestão baseado em competências.

Busca-se nas empresas, mecanismos no sentido de torná-las mais competitivas e atrativas, sobretudo, sob o ponto de vista da captação, atração e retenção de talentos.

O papel do líder

Em se tratando de gestão por competências, o papel do líder é fundamental, pois cabe a ele a tarefa de identificar e gerenciar os talentos dentro da empresa.

Espera-se do líder, a capacidade para promover o aprimoramento e o reconhecimento contínuo dos colaboradores, sempre com foco nos resultados.

Para tanto, deve-se trabalhar no sentido de se buscar a sinergia, dentro de um ambiente colaborativo e de alto desempenho.

A ação colaborativa

Costumo torcer o nariz em relação a esta questão da colaboração em se tratando de ambiente competitivo de negócios, incluindo o ambiente interno da empresa.

A tendência é estarmos sempre num ambiente de competição, de conchavos e de favorecimentos. Nem sempre baseados na ideia do “ganha-ganha”.

Também vejo com ressalvas esse termo, mas isso é algo que pode ser abordado em outo post.

Entretanto, é possível entender a colaboração num contexto de parceria de negócios. Parcerias estratégicas com o objetivo de ganhar juntos.

O mindset

Todos nós temos nossos conjuntos de crenças e valores que formam o nosso modelo mental sobre as coisas e as situações que vivemos.

Embora, seja um modelo mental, esse conjunto de crenças e valores pode ser moldado, mudado e aperfeiçoado, com o passar do tempo.

Pode ser revisto, a partir das novas configurações que estabelecemos para as nossas vidas e nossas relações.

O aprendizado contínuo é motor de aprimoramento do mindset.

Por Orlando Rodrigues

Saiba mais: Esta competência é essencial para enfrentar o futuro do trabalho | EXAME

O bom, o mal e o feio: conflito e liderança de pessoas.  

O conflito está presente na relação entre as pessoas, seja na ficção ou na vida real, porém, isso é normal. O segredo é como tirar proveito disso.

Se voltarmos no tempo e fizermos uma analogia entre realidade e ficção podemos observar que a gestão de conflitos é necessária em qualquer situação da vida quando se deseja obter resultado.

Isso está retratado por exemplo em um grande clássico das telonas. Lá pelos meados da década de 1960, estreou no cinema um longa metragem que faria grande sucesso de bilheteria e mais tarde tornar-se-ia um clássico.

Nesse sentido a referência é ao filme de western italiano, dirigido por Sérgio Leone, intitulado o bom, o mal e o feio, ou três homens em conflito (título em português).

O enredo do filme se baseia na busca de três homens por uma fortuna em ouro, bem na época da guerra civil americana.

As personagens, cada qual com sua característica de comportamento, tinham o mesmo objetivo, contudo, um dependia do outro para conseguirem o intento.

Dessa forma, a morte de um ou outro poderia dar fim à busca daquele tesouro escondido em um túmulo de algum cemitério.

Saiba mais em Administradores.com

O chefe é um bom companheiro! Ele é um cara legal!

Assim, em uma outra analogia, temos uma anedota que apresenta o diálogo entre um chefe e seu colaborador, conforme a narração abaixo:

Smith, o colaborador, se dirige ao seu supervisor no escritório:

– Chefe, amanhã vamos fazer uma faxina pesada em casa e minha mulher precisa de mim para ajudar a arrumar e carregar as coisas no sótão e na garagem.

– Estamos com falta de pessoal, Smith – responde o chefe – Não posso lhe dar folga amanhã.

-Obrigado, chefe! Sabia que podia contar com o senhor!

Em situações de conflito, que tipo de chefe você prefere? Que tipo de chefe você é?

Enfim, que tipo de chefe seria o mais ideal para uma situação de conflito? Nesse sentido, cabe refletir, sobretudo, em relação a posição que se está ocupando na empresa e em que momento. Desse modo é importante perceber que há interesses em conflito a serem solucionados para que se possa obter o resultado que seja ideal para todos.,

Resultado de imagem para o chefe bom ou chefe mal

Quais as competências ideais para um líder eficaz, na gestão de conflitos?

Quando se fala em competências ideais para um líder, estamos nos referindo ao conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes esperadas e desejadas para o ocupante deste cargo e envolve, entre outras:

a capacidade para identificar, desenvolver e reter talentos;

planejar e definir metas;

gerenciar conflitos, processos e riscos inerentes ao envolvimento com pessoas.

Espera-se do líder o gerenciamento de equipes para obtenção de resultados. Veja mais em:

https://www.infomoney.com.br/carreira/gestao-e-lideranca/noticia/2685853/voce-pode-ser-lider-veja-competencias-que-todo-chefe-deve

O líder ideal visa resultados, mesmo em situações de conflito

Independente das características do líder, seja ele, detentor de um perfil mais democrático, mais amigo, mais amável, ou aquele outro, mais sisudo, e, às vezes, não tão amável e que não tem medo de exercer sua autoridade e poder, espera-se nas organizações a obtenção de resultados.

De nada adiantará chefes bonzinhos, feios ou malvados se os resultados não aparecem.

Identifique o seu real perfil de liderança e trabalhe em razão da conquista de seus objetivos e da organização.

3 traços culturais no perfil de líderes brasileiros

Um retrato dos líderes brasileiros

Em pesquisas com mais de 40.000 executivos brasileiros ao longo dos últimos 20 anos foram observados três traços culturais que sustentam o perfil de líderes brasileiros.

Assim, identificou-se os seguintes traços de perfil de líderes brasileiros: a flexibilidade, as relações e o poder, cada um com seu “lado sol” e seu “lado sombra”, como pode ser observado em matéria destacada ao final deste post.

Primeiro traço do perfil de líderes brasileiros: a flexibilidade

Certamente, a flexibilidade é um atributo muito valorizado nos períodos de crise ou de necessária mudança, ele se desdobra, como sol, em adaptabilidade e criatividade.

Desse modo observa-se, também, que o lado sombra está presente na indisciplina, no não cumprimento de regras normas, processos e mesmo nas reações contrárias à punição de quem transgride, de quem não cumpre a lei.

Segundo traço do perfil de líderes brasileiros: afetivo e relacional

Os líderes brasileiros são relacionais: afetivos e mobilizáveis. Facilmente mergulhamos de corpo e alma nos projetos. O lado sol é o engajamento, o comprometimento. E o lado sombra? Vida profissional e vida pessoal se misturam.

 Terceiro traço: poder

Em uma escala de zero a 100 – na qual quanto mais baixo o score mais fortes as características de liderança igualitária e quanto mais alto o score mais aumenta a tendência a traços autocráticos – o score brasileiro é de 75. Estamos, portanto, no mesmo cluster de 40 anos atrás, quando a pontuação era de 69.

Um olhar crítico sobre a pesquisa

Como toda a pesquisa, os resultados mostram uma certa tendência de comportamento, a partir do escopo analisado. É fato que fatores como flexibilidade e afetividade fazem parte das características do nosso povo. Óbviamente, isso vai refletir no comportamento das pessoas, inclusive aqueles que exercem cargos de liderança.

Todavia, cabe ressaltar a necessidade que o líder tem de estar em constante desenvolvimento e o aprimoramentoe de suas competências, no sentido de servir de exemplo a seus liderados no que se refere a busca do autodesesnvolvimento.

Nesse, sentido, a flexibilidade e a afetividade devem dar lugar ao senso de justiça em relação a valorização de competências e resultados observáveis.

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