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Editoras independentes e autores iniciantes. Caminhos cruzados.

O caminho entre autores iniciantes e editoras independentes pode ser emocionante e desafiador ao mesmo tempo.

Ter a disciplina para se manter focado no processo de escrita que envolve a construção de personagens, as tramas, os diálogos e as reviravoltas não é o bastante,

Feito tudo isto disciplinadamente, começa a árdua missão de fazer chegar seu trabalho a uma editora capaz de se interessar em publicar o seu trabalho.

Conviver com as negativas das chamadas editoras nacionais muitas vezes é frustrante, todavia, em meio as pedras do caminho, há luzes ao fim do  túnel produzidas por editoras tão independentes quanto o autor que se lança ao mercado editorial por conta própria.

As editoras independentes

Tainã Bispo cursou jornalismo com o sonho de trabalhar na área cultural. Mas acabou enveredando por esse caminho de outra forma.

Hoje, ela está à frente das editoras Claraboia e Paraquedas e do selo recém-lançado Legacy Label (LeLa).

A Claraboia, que acaba de completar cinco anos, nasceu com a missão de abrir espaço para a literatura feminina, publicando apenas mulheres.

Já a Paraquedas, surgida em 2021, é uma editora que presta serviço de publicação, tanto para escritores como para escritoras.

Por fim, o selo LeLa, uma parceria entre Tainã e a amiga Jules de Faria, anunciada no começo de abril, buscará “ecoar os legados deixados por empreendedores, líderes, empresas e projetos com um propósito maior”.

Saiba mais em: “As editoras independentes têm essa função difícil de abrir caminho, de abraçar esses novos autores que estão chegando”

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Littera: a editora que abraça novos autores.

Nessa publicação especial apresentamos uma entrevista exclusiva com a CEO da editora Littera, Beatris Hoffman, uma empreendedora arrojada e visionária que há dez anos deixou o Brasil com uma série de propósitos para a sua vida pessoal e profissional, entre eles, a criação de uma editora voltada à publicação de novos autores.

Entre dificuldades e desafios Beatriz fala de suas conquistas, seus sonhos e projetos futuros para a sua editora, mercado editorial e o apoio que se deve dar a novos escritores.

1) Fale sobre você. Quem é Beatriz Hoffman?

Beatris é uma mulher batalhadora que não tem medo de desafios. Sai do Brasil a pouco mais de 10 anos e desde lá vi as mudanças que tive para me tornar a pessoa que me tornei. Passei por muitas coisas, fracassei algumas vezes, mas me levantei e continuei. Hoje olho para trás e vejo uma história que me dá orgulho.

2) Porque Littera? Qual a origem e significado desse nome?

Quando eu estava escolhendo o nome da Editora eu estava na dúvida de o que registrar. Então comecei uma pesquisa intensa na internet de nomes e significados.
Até que parei e pensei se eu quero um nome que lembre a palavra Literatura, daí eu comecei a mexer com a palavra Literatura em um papel até chegar no nome Littera. E daí eu pensei é isso. Achei o nome.

3) Basta uma rápida visita ao site da editora para perceber que a Littera se especializou em publicar novos autores. Esse é o foco da editora? Abraçar autores iniciantes?

A Littera surgiu com o objetivo de publicar o melhor do mercado literário nacional e valorizar os autores iniciantes. Entretanto, no início estava em dúvida de qual gêneros publicar. Foi aí que eu fiz uma pesquisa de mercado e analisei os gêneros que estavam em alta. Quando lançamos a Littera já abrimos gêneros de romance, ficção e fantasia e após uns dois meses eu vi que o mundo infantil também estava dando bastante resultado e daí lançamos o LitteraKids.

4) Como você consegue conciliar sua vida pessoal, morando fora do país e sendo CEO de uma editora recente no mercado e já com tantos títulos publicados?

Bom tem sido um grande desafio para mim e para a Littera também. Sempre tive uma vida corrida e cheia de compromissos. Mas quando eu estudei todo o mercado americano editorial e o brasileiro eu sabia que iria enfrentar muitos desafios e até mesmo risco de dar muita coisa errada por ser minha primeira editora. Posso dizer que fomos bem aceitos no mercado entre os autores iniciantes com livros muito bons. Percebi que o mercado brasileiro tem muitos autores excelentes e não estão sendo valorizados e isso é muito triste. Porque vemos que muitos leitores e editoras de maior porte só valorizam autores internacionais.

5) Na sua opinião qual a maior dificuldade para os autores iniciantes publicarem seus livros?

Eu acho que existem vários motivos nesse meio. Primeiro acho que a visão dos autores em respeito ao mercado editorial tem que mudar bastante. Vejo muitos autores que querem publicar livros, mas não tem noção de como funciona o mercado, não divulgam seu trabalho, não entendem como é o processo e muitas vezes não sabem como se apresentar a uma editora tradicional. Isso faz com que as editoras tradicionais não interessem tanto em autores iniciantes muitas vezes por medo. Outro ponto importante é que algumas editoras por saberem que muitos autores não sabem como funciona o mercado se aproveitam e cobram valores altíssimos para publicação de livro fazendo com que os autores na grande maioria das vezes não recuperem o dinheiro investido e muitas vezes essas mesmas editoras não explicam sobre marketing fazendo com que os autores não saibam como divulgar o próprio trabalho.

6) O que os novos autores e as novas autoras devem fazer para se desenvolverem como escritor ou escritora profissional?

Nas minhas mentorias eu consigo dizer que esse é um trabalho difícil e diário. A primeira coisa que um autor/autora tem que fazer é se aceitar verdadeiramente como um escritor/escritora profissional e não se importar com as más línguas que vão falar que isso não dá dinheiro, que é loucura ou apenas um sonho. Escritor profissional dá dinheiro sim. Aqui fora vejo muitos escritores ganhando muito. Após isso, tem que ter estudo. Eu consumo sempre pegar o exemplo de um médico para explicar essa parte. Por exemplo um médico para ele chegar a ser cirurgião cardiovascular ele tem que estudar muito até chegar a pegar um bisturi. A mesma coisa é um escritor que quer ser profissional. Tem que ter estudo, dedicação, leitura e crescer diariamente; fazer cursos de escrita criativa, entender o mercado editorial (todas as etapas) e acima de tudo divulgar seu trabalho. Muitos autores não entendem, mas a divulgação do livro começa quando ele começa a ser escrito. Esse é um grande problema que eu vejo nos escritores iniciantes, achar que uma editora vai fazer tudo não é o caminho correto e sim um grande erro, um verdadeiro tiro no pé. Acredito que para autores que estão começando agora no mercado ter uma mentoria para orientar melhor seria a melhor coisa. Isso daria um norte para eles, e com isso eles se protegeriam até de golpes.

7) De que forma a editora Littera pode ajudar autores iniciantes a se desenvolverem e se destacarem no meio literário?

A Littera desde sempre tenta orientar os autores a se valorizarem e se encontrarem no mercado. Estamos sempre procurando novas formas de divulgação para dar mais ênfase aos livros e aos autores. Temos reuniões para compartilhar ideias, um grupo no WhatsApp onde compartilhamos ideias, dicas, novidades e opiniões. Mas também percebi que tinham autores que não estavam com muito conhecimento no mercado e com isso fui trabalhando individualmente com cada um. Mas é um trabalho diário.

8) O ano de 2023 já caminha para o seu final e muitas editoras já se planejam para 2024, quais os projetos da editora Littera para o próximo ano?

Eu nem consigo acreditar que o ano já está acabando. Como foi rápido. Mas posso dizer que foi um ano maravilhoso. Temos novidades para esse ano ainda. Estamos lançando em breve a revista Littera News que será um canal de apoio ao escritor tanto Littera quanto autores iniciantes fora da Editora. Estamos também trabalhando em novos projetos para ajudar crianças e adolescentes, mas tudo isso está sendo lapidado com cuidado porque estamos estudando tudo de acordo com a lei porque trabalharemos com menores de idade, então cautela temos que ter sempre. E estamos também lançando antologias para ajudar aos novos autores a publicarem seus textos mesmo que em colaboração de outros autores. Acho que isso vai ajudar os autores a começarem a conhecer um pouco como funciona o mercado.

9) Você considera que a classe de escritores é unida ou ainda precisa se aproximar mais? E de que forma?

Eu acho que temos que trabalhar mais nisso. Vemos poucos autores que se ajudam de verdade. Acho que nesse meio autores mais experientes deveriam dar mais apoio ao autor iniciante. Mas também acho que hoje todos que trabalham no mundo editorial estão com receio devido aos golpes sofridos ultimamente. Então eu acho que temos que ajudar aos autores a se unirem mais. Acredito que com mentorias, reuniões, conversas possa ajudar nessa união.

10) O que você pode dizer a respeito da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras?

A ANEE está nascendo exatamente para isso ajudar a unir a nossa classe e a conscientizar os autores. Também teremos muitos serviços oferecidos para ajudar aos autores a publicar seus livros por um preço justo e honesto. Na ANEE os associados terão todos os serviços oferecidos por profissionais e isso é importante para fazer os autores construírem confiança e respeito a si próprio para seguir na carreira.

Quer conhecer mais sobre a editora Littera e suas publicações clique no link.

Quer que o seu projeto seja publicado aqui, envie um email para obr@terra.com.br.

Você conhece a ANEE?

ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma instituição em fase de implantação destinada a prestar apoio e assessoramento, principalmente a novos escritores.

A ideia de se criar essa associação partiu de um pequeno grupo de escritores, desejosos de atuarem para o desenvolvimento da produção literária de novos escritores brasileiros e o aperfeiçoamento destes, enquanto profissionais da arte de escrever.

Premissa

A premissa da iniciativa é a falta de espaço no mercado editorial que atenda aos interesses de escritores iniciantes, principalmente, por parte das ditas editoras tradicionais.

Sabe-se que as editoras tradicionais nacionais optam por investirem seus recursos em autores renomados, sobretudo, autores estrangeiros e, nesse sentido, abre-se uma grande lacuna para autores que estão iniciando sua carreira.

Em geral o sonho de se tornar um escritor é realizado por meio de publicações independentes, auto publicação em plataformas digitais ou por meio de editoras prestadoras de serviço, muitas vezes por hobby, e nem sempre esse sonho é acompanhado do desejo de se tornar um escritor, de fato.

Sonho que pode se tornar pesadelo

As editoras prestadoras de serviço, por sua vez, cobram desses novos escritores para tornarem esse sonho possível, oferecendo serviços que vão desde a diagramação até a impressão do livro e o custo nem sempre é barato.

Além disso, por inexperiência e até desconhecimento de como funciona um processo editorial de um livro em todas as suas fases, esses autores iniciantes muitas vezes ficam à mercê de prestadores de serviço que cobram caro para entregar nas mãos do autor caixas e caixas de livros para que ele se vire com a venda dos exemplares.

Um outro ponto que merece atenção são os falsos agentes literários que surgem por meio de redes sociais, prometendo “mundos e fundos” e vendendo uma facilidade que não corresponde à verdade dos fatos nesse mercado literário nacional.

A falta de divulgação, dificuldade de colocar o livro em livrarias e a iminência de se cair na mão de golpistas muitas vezes transformam o sonho em pesadelo.

O papel da ANEE

Diante desse cenário, o objetivo dos fundadores da ANEE é atuar no sentido de orientar, assessorar e apoiar esses novos escritores e para isso conta com profissionais especializados em diversas áreas, por meio de convênios ou parcerias, incluindo editoras de modelo tradicional.

Além disso a associação irá oferecer oficinas de produção literária, concursos e prêmios literários com o objetivo de incentivar a adesão de novos associados.

Como se associar à ANEE

A ANEE está na fase de formalização, seu regimento e estatuto já foram aprovados pelos membros fundadores, restando o registro em cartório e a obtenção do CNPJ, entretanto, apesar da informalidade, já vem desenvolvendo atividades, por meio de reuniões on line semanalmente.

Para adesão torna-se necessário encaminhamento de email para anee.assciacao@gmail.com e obter mais informações sobre formulários e documentos necessários à adesão.

Alcancei 1500 leitores de 11 países em 6 meses. Qual o segredo?

Alcançar os leitores sendo escritor iniciante é um grande desafio para quem deseja se aventurar nesse ofício não tão valorizado no país.

Somos um país em que as pessoas não tem o hábito de se dedicar à leitura, sobretudo, de livros. Caberia um estudo sociológico para enumerar as suas possíveis causas.

Particularmente, eu não me atrevo a enumerá-las, mas, me arrisco no senso comum de que é muito mais fácil ver televisão.

Eu sou um escritor iniciante, embora, desde minha infância, eu invente minhas histórias. Com o tempo, principalmente, agora, já aposentado, passei a me dedicar mais a isso.

Contudo, quem escreve deseja ser lido. Mas, como tornar púbico o seu trabalho? Como saber quem é o seu público, sem ao menos conseguir publicar?

Uma das alternativas é a auto publicação. Por meio desse sistema é possível alcançar o púbico desejado e eu encontrei isso, publicando por meio da Amazon kinde Digital Publishing. Em menos de seis meses alcancei mais de 1500 leitores.

E como consegui isso? Através de um amigo, também escritor, fui apresentado ao KDP. Comecei a publicar e ver meus livros sendo baixados na plataforma. Eu optei por publicar histórias curtas, dentro do gênero que mais aprecio: terror e suspense.

KDP é uma plataforma de publicação independente da Amazon. Há possibilidade de se publicar por meio digital e impresso. Podem ser obras completas ou séries. Há a oportunidade de disponibilizar gratuitamente o texto por até cinco dias, em períodos trimestrais. Mas, qual a vantagem de disponibilizar o texto gratuitamente? Esse é o maior segredo. Além de ter seu trabalho acessível, o escritor é remunerado.

Assim, a remuneração ocorre por meio de páginas lidas e o pagamento dos royalties é feito mensalmente e de forma vitalícia. Afinal, a leitura ocorre por tempo indeterminado.

Quer saber mais? Clique aqui.