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Tecnologia e contextualização de conteúdo na educação.

A tecnologia na educação oferece diversas vantagens, como o acesso a uma ampla gama de recursos educacionais online, a personalização do aprendizado de acordo com as necessidades individuais dos alunos e a promoção da colaboração e interação entre estudantes e professores. Além disso, ferramentas digitais podem tornar o ensino mais dinâmico e envolvente, estimulando o interesse dos alunos.

Vantagens e desvantagens

No entanto, há também desvantagens a considerar, como a possibilidade de distração causada pelo acesso a dispositivos eletrônicos durante as aulas, a exclusão digital de alunos que não têm acesso a tecnologia em casa e a dependência excessiva de recursos digitais, que pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades básicas, como a escrita à mão.

Analisando a questão

É essencial um uso equilibrado da tecnologia na educação, combinando-a com métodos tradicionais de ensino para obter os melhores resultados.
Em uma entrevista concedida em 2013 para a rádio CBN Goiânia Orlando Rodrigues, defendeu que é fundamental que os professores estejam aptos a lecionarem utilizando as novas tecnologias, mas que também contextualizem o conteúdo para que os alunos não somente decorem, mas entendam o que é ensinado.
Passados mais de dez anos, a tecnologia está cada vez mais presente na educação e sinaliza mais mudanças para o futuro.

Sinais para o futuro

Para os próximos dez anos, a tecnologia na educação provavelmente estará ainda mais integrada ao cotidiano escolar. Espera-se que haja avanços significativos em inteligência artificial e realidade virtual, possibilitando experiências de aprendizado ainda mais imersivas e personalizadas.
As salas de aula poderão ser transformadas por tecnologias de interação, como dispositivos de realidade aumentada e sistemas de aprendizado adaptativo, que se ajustam automaticamente ao ritmo e estilo de aprendizado de cada aluno.
Além disso, a educação à distância pode se tornar ainda mais comum, com o desenvolvimento de plataformas e ferramentas mais sofisticadas para facilitar o ensino remoto.
No entanto, é importante garantir que essas tecnologias sejam acessíveis a todos os alunos e que não substituam completamente a interação humana e o ambiente de aprendizado presencial.

Ouça um trecho da entrevista: Para mestre em Educação, tecnologia e contextualização de conteúdo são fundamentais para aprendizado – CBN Goiânia

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Parceria público privada na educação

Parceria público privada, conceitualmente, pela própria denominação denota o envolvimento e entrelaçamento de ideias ou ideais comuns entre agentes públicos e privados.

Sem adentrar em fundamentos teóricos ou academicistas, porém, com alguma pitada filosófica ou sociológica, a ideia é promover, por meio de iniciativas privadas, ações de certa forma inerentes à iniciativa pública. A isso dá-se o nome de terceiro setor ou terceira via.

Nesse sentido, presume-se que aja fundamento legal para que tais ações inerentes a uma Parceria Público Privada (PPP), garantam às partes envolvidas direitos, obrigações e responsabilidades mútuas.

Este texto, na verdade, busca responder uma indagação ou meramente um pedido feito a mim, para que eu comentasse a respeito das PPPs na educação.

Em que pese meus longos anos dedicados à educação, sobretudo, à docência, bem como o conhecimento obtido por meio de meu mestrado na área da educação, admito não ser bem essa a minha praia, ou seja, comentar sobre sucesso ou insucesso da iniciativa.

Contudo, exercitar minha visão crítica sobre as coisas é sempre um divertimento que me proporciona aprendizado. Dessa forma, não me declinei de ler a respeito, com o objetivo de poder contextualizar meu comentário.

Além das minhas décadas dedicadas à educação, tenho minha formação em administração de empresas e décadas também, dedicadas ao exercício da profissão de bancário de empresa pública. Assim, desse modo, pelo menos o conceito de parceria é algo familiar ao meu arcabouço de conhecimentos e informação.

Sobre parcerias, seja no meio acadêmico, político, relações humanas ou negócios, o contexto é o mesmo e envolve a soma de esforços em torno de um objetivo comum, tendo como um dos princípios a participação efetiva dos pares, nas diversas fases do objeto.

Sobre participação efetiva considera-se todos os atores envolvidos, sendo no caso da parceria público privada na educação, inclusive a comunidade.

Ou seja, espera-se também da comunidade, voz ativa em praticamente todas as fases, podendo opinar, acatar e tomar decisões, obviamente em conjunto com os demais participantes.

Contudo, há de se levar em conta que nesse tipo de parceria há sempre a figura do fomentador dos recursos para a realização do projeto em si. O dinheiro precisa sair de algum lugar e, certamente, não sai da esfera pública ou da comunidade. Os recursos financeiros, evidentemente, saem do parceiro privado que investe dinheiro no projeto. Não somente os recursos financeiros, mas, também, os meios para gerir esses recursos em termos de planejamento, diretrizes, metas e avaliação de resultados que são cobrados dos demais parceiros.

Desse modo, não carece muito esforço de pensamento para chegar a conclusão de que em termos de parceria público privada na educação, muito da autonomia educacional inerente ao agente público responsável por operacionalizar as diretrizes educacionais, fica prejudicada.

Isso fica claro, por exemplo, em uma conclusão de uma dissertação de mestrado a respeito do tema, tendo como parceiros o Instituto Airton Sena e um rede municipal de ensino cujo link de acesso à publicação está aqui.

Neste contexto, a gestão democrática da educação sob o crivo da PPP fica bastante prejudicada, não conferindo à proposta de ação conjunta o respectivo equilíbrio, no que tange aos benefícios pretendidos.

Enfim, este texto é meramente um comentário com base em conclusões preliminares, contudo, reforça a necessidade de mais investigações a respeito do tema.

Por Orlando Rodrigues

Administrador e mestre em educação.

Leituras recomendadas

A Relação Público-privada na Educação: um Estudo da sua Construção

As modificações estruturais no modo de produção capitalista têm provocado mudanças na área social, em especial no campo da educação. Novas formas de construir políticas educacionais valorizam a relação público-privada como pressuposto da materialização da ação estatal. O livro A relação público-privada na educação: um estudo da sua construção analisa os elementos que sustentam a construção das parcerias entre a administração pública e o setor privado no campo da educação em municípios catarinenses. As conclusões apontam que a construção das parcerias ocorre a partir da inter-relação de três aspectos – políticos, pedagógicos e legais -, resultado do nexo do projeto formativo do setor privado com a materialização de políticas educacionais advindas dos parceiros em direção à educação pública. A partir desta obra, nossa contribuição para a educação está na defesa da educação pública alinhada, antes de tudo, às necessidades dos indivíduos que têm apenas na escola pública e gratuita a possibilidade de acesso à educação de qualidade. Não aquela qualidade cujo conceito é construído sobre as bases do pensamento neoliberal, mas na concepção educativa que encontra na filosofia da práxis uma visão criadora, crítica e assentada na formação humana. O desafio maior é a construção de outro projeto educacional que não o que se consolida por meio do avanço dos interesses privados, mas que é capaz de problematizar a naturalização do mundo marcado pelas imensas desigualdades econômicas e sociais.

Parcerias Público-Privadas – Experiências, Desafios e Propostas

O Brasil vive um momento de frustração e dúvida quanto a sua capacidade de crescer de forma sustentada. O modelo alicerçado predominantemente no crescimento do crédito e do consumo teve seu momento, mas se esgotou. Já há alguns anos é consensual que o investimento precisa aumentar de cerca de 18% do PIB para pelo menos 25%, mas tem sido difícil. A infraestrutura em particular representa hoje uma gritante barreira ao crescimento, mas poderia se transformar em uma fantástica oportunidade para o país. O governo sozinho não tem recursos e capacidade de execução para atingir este objetivo. Faz-se necessário engajar o setor privado em projetos de interesse público, o que requer mecanismos de incentivo e controle bem desenhados. Uma solução viável para muitos casos são as PPPs, objeto deste excelente livro que vem em boa hora. Nele o leitor encontrará textos que abordam o tema em todas as suas dimensões, da teoria à prática. Recomento fortemente. (Arminio Fraga Neto – Gávea Investimentos; ex-presidente do Banco Central)

Parcerias Público – Privadas

Esta obra destina-se a orientar os profissionais do Direito em relação a um tema que se tornado comum nas grandes empreitadas do Estado e desencadeado inúmeras preocupações: as Parcerias Público – Privadas, conhecidas com PPPs.

Educação, cultura, esporte e lazer: as grandes vítimas da pandemia.

Educação, cultura, esporte e lazer são alguns dos principais direitos dos indivíduos. Assim, pela sua própria característica, eles se completam de modo a tornar a vida das pessoas mais saudável, produtiva e prazerosa.

Nesse sentido, busca-se caracterizar nações evoluídas, civilizadas e com qualidade de vida para os seus cidadãos, dentro de um modelo social justo, a partir desses fatores.

Não é a toa que em eventos esportivos e culturais, prevalecem com superioridade aquelas com alto nível de excelência nessas áreas.

Entretanto, temos observado, no período de pandemia, total travamento de todas as ações que remetem à prática da educação, cultura, esporte e lazer. Sobretudo, isso é ainda mais forte nos países emergentes, dadas as suas carências estruturais.

Quantos sonhos estão sendo adiados, interrompidos e inviabilizados com as proibições dessas atividades? Qual o tamanho do prejuízo para as sociedades futuras? Alguém já pensou nisso?

Na educação, escolas fechadas e aulas presenciais interrompidas. Com isso se interrompe, também, o processo de socialização, capaz de difundir ações culturais, esportivas e de lazer.

Desse modo, o inverso também acontece. Se não há lazer, não há acesso a cultura, não se desenvolve atividades esportivas e o processo educacional não se completa.

Infelizmente as autoridades governamentais ainda não se mostraram sensíveis o suficiente a essa questões e, quando muito, tratam apenas dos danos econômicos.

Mas, como diria certa música dos Titãs, a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte. Na verdade, a gente quer a vida como a vida quer.

Educação, esporte, cultura e lazer são instrumentos essenciais para o desenvolvimento de competências individuais e de grupo. Nao se pode esperar progresso no mundo se não for assim.