Categoria: Geral

Profanos: o terror da ficção que reflete a realidade.

Sagrado e profano são representações mentais e comportamentais de modos de pensar e agir das pessoas, manifestadas por seu conjunto de crenças e valores que vão se formando ao longo da vida, sempre confrontados nas diversas reações sociais em que a humanidade se insere.
Profanos: histórias de terror e mistério, reúne contos que abordam comportamentos dicotômicos, ora relacionados a crenças, valores ou padrões morais, imorais ou amorais de comportamento, narrados sob uma perspectiva de confronto nem sempre explícito entre essas representações.
Cada história tem uma linha de narrativa voltada para a descrição de confrontos ligados à peleja entre o bem e o mal, entre o sagrado e o profano, de modo a proporcionar ao leitor, mais que uma experiência literária, a possibilidade de refletir sobre os fantasmas eu habitam nosso subconsciente.

Profanos: histórias de terror e mistério já foi amplamente divulgado na mídia, tanto em jornais, rádios, podcasts e blogs.

Profanos gratuito no kindle

A coletânea do autor Orlando Rodrigues está disponível nas versões ebook e impresso. Para assinantes do kindle, o ebook estará gratuito por cinco dias a partir de 15/08/2023.

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Divulgar escritores iniciantes é um trabalho de formiguinha, onde cada autor deve se ajudar, nesse meio onde não há concorrência e sim cooperação.

CUIDADO COM ESPERTALHÕES

Um cuidado que todo escritor iniciante deve ter está relacionado aos pseudo profissionais que se apresentam como agentes literários, prometendo mundos e fundos. É preciso estar atento. Nunca mande originais de seus trabalhos através de aplicativos de mensagens e sendo por email, procure obter referências.

O segredo das almas telepáticas

Anastasis: almas telepáticas, um livro do escritor goiano Orlando Rodrigues, recém-publicado pela editora Littera, mais que um livro de suspense ou terror é uma narrativa repleta de provocações a respeito da vida e dos processos de viver e morrer.

Sinopse

Darwin é um garoto solitário, filho único de pais ambiciosos que se mudaram para Brasília, quando da construção da capital federal, onde nasceu e morava com seus progenitores, sem receber deles, carinho e afeto.
Obcecado por conhecer e desvendar os processos de morte, mata violentamente o filhote sobrevivente de uma ninhada de gatinhos doentes, nascidos de uma gata de rua, no quintal de sua casa.
Os anos se passaram e Darwin, praticamente criado por sua babá Alice, sua irmã de criação, que entre tantas coisas o iniciou no sexo ainda menino e por quem era apaixonado, ao presenciar a traição dela com seu próprio pai, sente-se duplamente abandonado e planeja um processo de vingança.
Para isso conta com a ajuda de Death, o filhote morto por ele, que reaparece como um grande, gordo e belo gato fantasma. A história não acaba aqui. Apenas começa.

O autor

O escritor Orlando Rodrigues é Administrador, com especialização em recursos humanos e mestre em educação, com mais de 40 anos de atividade profissional nessas áreas. É coach, palestrante, professor, consultor e escritor com textos publicados nas áreas de ficção e não ficção. É neoacadêmico da NALAP – Núcleo de Artes e Letras de Portugal e AMBA – Academia Mineira de Belas Artes, com várias premiações. Seu gênero preferido é o de terror, mas escreve também romances policiais.

Onde adquirir Anastasis: almas telepáticas

O livro pode ser adquirido na Amazon, Shopee, através do blog deste site ou diretamente através da editora Littera, devendo em breve estar disponível em algumas livrarias físicas.

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Atente aos preços cobrados por editoras prestadoras de serviço e as cláusulas contratuais para não cair em armadilhas.

Memórias de um pai estoico

Memórias de um pai estóico é um livro do escritor Marcelo Talasso Salim, um paulista de nascimento, médico de formação e militar reformado, além de um leitor contumaz, amante da filosofia.

Nesse livro, o autor revela alguns dramas de sua vida pessoal, profissional, decepções e algumas grandes alegrias que se pode ter muitas vezes em apenas possuir um simples animal de estimação.

Descreve a dor de um amigo pelo afastamento do filho causado por uma “pandemia”, como ele chama metaforicamente e o quanto a amizade entre eles foi importante naquele momento. Fala sobre um certo conforto que se pode sentir quando se tem outro filho durante a caminhada pela vida e a preocupação com um futuro sombrio em relação à educação dos próprios filhos e das futuras gerações devido ao mundo digitalizado em que vivemos.

Expõe, com certa dose de ironia e polêmica, pontos de vista sobre o lado amargo das relações interpessoais. Afinal, quais relações na vida não têm atritos e divergências?  

Fala sobre sua passagem pelas Forças Armadas e o lado triste que foi sua servidão voluntária como médico nas forças da ONU numa missão de paz.

Cita passagens filosóficas em frases feitas de grandes professores, pensadores, escritores, filósofos, artistas, entre outras personalidades famosas, numa tentativa de adaptá-las às realidades do mundo atual e às suas próprias, lamentando o quão difícil pode ser aplicar os ideais filosóficos na prática diária e o fato de ter tido contato com a filosofia apenas nessa fase de sua vida…Imagina que talvez poderia ter sido mais feliz se tivesse obtido autoconhecimento há mais tempo com os muitos ensinamentos de uma disciplina outrora distante da sua vivência diária.

Sobre o autor

Nascido em São Paulo, Marcelo Talasso Salim médico cirurgião geral

plantonista, formado em medicina pela Pontifícia Universidade Católica – SP,

em 1996. Também é mestre em gastroenterologia cirúrgica pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina.

Foi 2º Tenente médico da equipe de cirurgia geral e de trauma do Hospital Geral do Exército Brasileiro em São Paulo – Ministério da Defesa de 2003 a 2004, atuando na missão da paz da ONU no Haiti em 2004.

Escritor por paixão, leitor por prazer e estoico por natureza, também é amante da filosofia.

Está em constante aprendizado no seu maior e mais importante título: o de pai.

Onde encontrar o livro Memórias de um pai estoico

O livro pode Memórias de um pai estoico pode ser encontrado na Amazon em ebook ou formato impresso e em outras plataformas digitais

Memórias de um pai estoico | Amazon.com.br

Clique na imagem para mais informações

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LANÇAMENTO DO ANO – ANASTASIS

Anastasis: almas telepáticas é o mais recente livro do escritor goiano Orlando Rodrigues, lançado através do selo editorial Littera (Editora Littera) que vem se destacando por dar oportunidade para escritores iniciantes publicarem seus livros através de uma editora no modelo tradicional.

Anastasis conta a história de Darwin, um garoto solitário, filho único de pais ambiciosos que se mudaram para Brasília, quando da construção da capital federal, onde nasceu e morava com seus progenitores, sem receber deles, carinho e afeto.
Obcecado por conhecer e desvendar os processos de morte, mata violentamente o filhote sobrevivente de uma ninhada de gatinhos doentes, nascidos de uma gata de rua, no quintal de sua casa.
Os anos se passaram e Darwin, praticamente criado por sua babá Alice, sua irmã de criação, que entre tantas coisas o iniciou no sexo ainda menino e por quem era apaixonado, ao presenciar a traição dela com seu próprio pai, sente-se duplamente abandonado e planeja um processo de vingança.
Para isso conta com a ajuda de Death, o filhote morto por ele, que reaparece como um grande, gordo e belo gato fantasma. A história não acaba aqui. Apenas começa.

Apesar de ser uma narrativa de terror psicológico, o livro apresenta uma série de reflexões relacionadas aos limites entre a vida, a morte e a possibilidade de reencarnação com reviravoltas que vão prender o leitor até o fim.

O livro é uma continuação de um conto do escritor Orlando Rodrigues, intitulado “O gato”, podendo ser adquirido em formato impresso ou em ebook, cujos links encontram-se disponíveis neste site.

Profanos: o horror que se esconde por trás da mente | Diário Carioca

Orlando Rodrigues lança “Profanos: histórias de terror e mistério”, livro com oito contos sobre a crueldade das ações humanas e os limites da insanidade

No livro Profanos: histórias de terror e mistério, escrito pelo goiano Orlando Rodrigues, o horror não está em seres sobrenaturais como vampiros, lobisomens, demônios, anjos e bruxas. Todas as situações perversas e ameaçadoras são causadas por humanos, por pessoas comuns que talvez não parecessem capazes de tanta perversidade.

Por meio de oito contos de suspense psicológico, o autor lança um olhar para o terror que está nos casos recorrentes do dia a dia, estampados nas manchetes nos jornais. Relações abusivas, feminicídio, assassinatos em série e problemas psicológicos estão entre as problemáticas expostas. “O livro não é meramente fantasioso. Ele aborda temas muito reais do nosso cotidiano”, explica o escritor.

Em “A Casa dos Sete Espelhos”, um homem e uma mulher decoram o novo apartamento com espelhos inspirados nos essênios, uma seita judaica que classificou as relações humanas a partir destes objetos. Mas essa decisão coloca à prova o equilíbrio dos protagonistas, que perdem os limites entre a sanidade e a loucura.

Outro conto é “O Gato”, que narra a visão de um homem obcecado pela morte. Depois de muitos estudos, ele começa a fazer procedimentos para compreender o processo de morrer em outros seres vivos. A sequência desta história se tornará um livro próprio, que será o próximo lançamento do autor.

Uma mistura de medo, horror, encantamento e curiosidade, marcariam todo o resto de minha vida até aqui. O processo de morrer. Daí em diante, minha maior necessidade era vivenciar o processo, como ele se instala e como ele termina. E passei a fazer experiências nesse sentido, algo que no início me proporcionou uma mistura de sentimentos de tristeza e medo, mas, também, de diversão. (Profanos: histórias de terror e mistério, pg. 86)

Origem: O horror que se esconde por trás da mente | Diário Carioca

A arte e o desafio de ser escritor

A arte de contar histórias por meio de palavras é algo apaixonante e desafiador e que nem sempre recebe o reconhecimento necessário.

Quem é escritor iniciante sabe disso, por lidar com as dificuldades de se publicar um livro

Em reportagem veiculada prela TV Anhanguera de Goiânia, o escritor Orlando Rodrigues apresenta seu depoimento.

Apesar de ter o gosto pela escrita desde criança, reconhecer-se como escritor só aconteceu nos últimos dois anos, influenciado pelos reflexos da pandemia.

Com mais de uma dezena de livros publicados de modo independente, através de editoras não tradicionais, o autor vem buscando espaço no meio editorial e com isso obter o reconhecimento.

https://globoplay.globo.com/v/11541318/?fbclid=IwAR2D7FAMKlxOGk5qVA_6wPAU7VDlZLisCUOSy1JlYQHH_r0QMe7RhKNoELg

O relicário

O relicário.

            A última pá de terra fora lançada sobre o caixão de Madame Laila, uma poderosa mulher cuja vida sempre fora dedicada ao ocultismo e magia negra, missão herdada de seus antepassados por mais de seis séculos, a partir de um tratado escrito em pergaminho, guardado secretamente por todos aqueles que foram se sucedendo na missão.

            Estabelecido estava que o tratado não poderia se quebrar, devendo ser passado de pai para filho ou de mãe para filha, assim obrigatoriamente, caso contrário, uma maldição se abateria a qualquer estranho que dele tomasse posse.

            De geração em geração, ao longo dos séculos, o tratado seguiu sendo repassado e herdado da forma promulgada, guardado em sigilo dentro de um pequeno relicário feito em bronze, contendo um pequeno canudo de papel, amarrado com um fino cordão embainhado em ouro.

            Madame Laila foi a última da geração de herdeiros do tratado, o qual não havia mais a quem ser destinado, a não ser por algum posseiro ou posseira qualquer, de qualquer canto do mundo e assim seria lançada a maldição de mais de seiscentos anos ou, exatamente, seiscentos e sessenta e seis anos.

            Assim estava escrito sob a forma de linguagem cifrada, com uso de anagramas e linguagem scabreux, significando algo difícil, escabroso e perigoso dissera o seu advogado, ao recolher as peças de sua casa que seriam ofertadas em leilão para admiradores de madame Laila horas depois de seu sepultamento, desejosos de se apropriarem de seus pertences como forma de lembrança.

            O riso foi geral, contrastando com o ambiente que deveria ser de tristeza.

            “Isso é lenda doutor. Madame Laila era uma mulher de Deus.” Disse um homem, político famoso e bastante religioso, a quem havia sido garantido por ela, a sua reeleição, fato que o livraria de inúmeros processos judiciais por diversos crimes, entre eles pedofilia e corrupção.

            “Não acredito nessas coisas.” Alardeou uma mulher, rindo em zombaria, ao lado de uma amiga, também aos risos, a qual eram vistas sempre abraçadas, com seus vestidos extravagantes e chamativos, em inúmeros eventos festivos ou chorosos, como aquele.

            “O doutor diz isso porque quer ficar com essa caixa de lata que para mim não tem valor algum.” Falou baixinho, quase um cochicho, em um canto da casa, uma mulher magrinha, de rosto envelhecido, que cuidava da limpeza de toda a casa, seu mobiliário e seus objetos de decoração, segurando um espanador, sem que ninguém a ouvisse ou a percebesse ali.

            E assim muitos outros, também em tom de zombaria, questionavam o tal advogado, já em julgamentos a ele, por considerarem o mais interessado naquela relíquia.

            Muitos foram os argumentos e as discussões, as trocas de insultos entre eles, as ofensas e maledicências, cuja contrariedade apenas aumentava, assim como aumentavam os insultos, a raiva e o ódio, sem que ao menos tentassem, antes de tudo, desvendar o que de fato haveria naquele relicário e quais os seus dizeres.

            Se boato ou não, a fé e a descrença se debatiam em torno de algo que ninguém conhecia de verdade, apenas, tão somente, por ouvirem dizer, da boca daquele advogado.

            Os ânimos se acaloraram até partirem para a agressão corporal, cada vez mais violentas e sanguinárias, cada qual usando sua melhor arma para se livrar do oponente, fosse com as mãos, por meio de estrangulamento, golpes de faca, cortando traqueias, rasgando abdomens ou tiros, perfurando cabeças, peito ou estourando miolos, lançados em sangue à várias partes da casa, transformando o ambiente em um cenário de terror e morte, a exceção da não notada mulher magrinha que apenas observava tudo em silêncio e com horror.

            Em poucos minutos foram caindo todos, uns sobre os outros, cobrindo todo o chão da casa por um rio de sangue a correr, como um rio vermelho.

            Sobrevivente, sem entender a razão de tudo aquilo, a mulher magrinha abriu a pequena caixa de bronze, o relicário com o papiro e suas inscrições. Junto ao papiro, um pequeno bilhete com uma curta mensagem. “Está em suas mãos prosseguir a missão.”

FIM.

Orlando Rodrigues

Conheça mais sobre o autor em: https://www.amazon.com.br/ORLANDO-Rodrigues/e/B09R6739G7/ref=aufs_dp_fta_dsk

Vampiros dormem cedo

Vampiros dormem cedo.

E ao primeiro raiar de luz solar, após uma tenebrosa caçada noturna, ocupei-me de dirigir-me aos meus aposentos, embora ainda sedento de sangue virgem, o elixir vigoroso de minha vida eterna, atravessando séculos por todo o mundo.

Devo confessar que essa coisa de vida eterna tem seus percalços, afinal o mundo dos mortais é excessivamente inquieto e, ao longo dos séculos, eu pude observar as transformações.

Ser vampiro em pleno século XXI é bastante diferente de ser vampiro no século XVIII por uma série de razões e a primeira e mais importante para mim, um vampiro, está no fato de poder vagar solitariamente pelas noites para encontrar sangue virgem.

Como era prazeroso fazer isso naquela época em que eu saía ao primeiro crepúsculo da noite, vagando por estreitas ruas escuras à caça de jovens, sobretudo, as donzelas de sangue virgem que passavam noites acordadas, sonhando com príncipes encantados ou algum conde bem aparentado, rico, charmoso e sexy.

Assim eu me apresentava às donzelas notívagas que se reviravam em suas alcovas, ardendo em febre de sexo, desejando serem tocadas, acariciadas, beijadas em seus corpos juvenis, repletos de energia.

E elas me recebiam em seus devaneios, tornando as noites sempre longas e intensas e me agasalhavam em seus corpos para que eu pudesse sugar todo o sangue que corria em suas veias.

E quanta energia eu tinha para sugar-lhes todo o sangue em cada centímetro de seus corpos para revigorar-me e partir ao primeiro raio de sol ainda tímido que surgia no horizonte.  

Assim fui vivendo séculos e séculos, acompanhando as transformações causadas pelo tempo e sua evolução, às custas da modernidade, até chegar às noites de hoje, uma extensão de todos os dias claros das manhãs e tardes de sol, onde as pessoas parecem não dormir.

As noites já não são mais escuras e parecem terem ficado mais curtas, com pessoas acordadas indo e vindo pelas ruas já não tão estreitas, iluminadas de muitas cores.

Eu tento encontrar as jovens donzelas de sangue virgem, mas não as vejo.

As que encontro, parecem não terem mais sangue, ou seu sangue já não é mais virgem, embora muitas delas continuam notívagas, mas não esperam príncipes encantados e muito menos condes, como eu.

E as noites claras de luzes multicoloridas intensas se vão numa rapidez que me amedronta, me assusta e roubam toda a minha energia sem que eu tenha a oportunidade de me reabastecer.

Os dias sem dormir vão se acumulando e eu sinto perder a minha vitalidade, noite após noite, não me restando outra alternativa a não ser me recolher como sempre, séculos e séculos, ao primeiro raiar do dia. Vampiros dormem cedo.

A sensação que tenho é que meu sangue, já enfraquecido pela energia que roubam de mim, nas noites alucinantes de baladas que nunca tem fim, está secando.    

Mais uma noite se findou e eu nem percebi, por não poder vagar pelas ruas em meio aos carros velozes, barulhentos e iluminados, e eu não encontrei sangue virgem.

Vampiros dormem cedo, ao primeiro raiar do dia. Retornei ao meu aposento e à minha alcova secular, decidido a dormir um sono profundo, desejoso de que as trevas estejam prestes a se abater por toda a humanidade e assim eu poder retornar.

Orlando Rodrigues

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Vizinha do 201: a aparição.

A vizinha do 201.

Um microconto de Orlando Rodrigues.

Já havia se tornado uma rotina a sua aparição à janela da sacada de seu prédio, bem do outro lado da rua, de frente para a janela de meu quarto, sempre no mesmo horário, às dezesseis horas em ponto.

No início eu nem dei importância para o fato, uma vez que eu saía de meu banho de todas as tardes, sempre nesse mesmo horário, após chegar de meu trabalho em um grande banco.

Mas, o fato começou a se repetir cotidianamente, militarmente, sempre no mesmo horário e da mesma forma. A aparição da vizinha, uma jovem e bela mulher, que se debruçava sobre o guarda corpo de vidro da sacada de seu apartamento. Ela olhava fixamente para a minha casa e diretamente para mim, desafiando a minha mania de sair nu do banheiro e desfilar sem roupa pelo quarto com a janela aberta.

Morar sozinho me outorgava esse direito de ficar inteiramente nu no meu quarto e com a janela aberta. Afinal, quem não quer ver estrelas que não olhe para o céu. Quem já viu não se assusta e quem não viu não sabe o que é, portanto, ficar pelado no meu quarto era problema meu.

De fato, se tornou um problema, pois acabei me apaixonando pela moça da janela cuja aparição ocorria em trajes íntimos ou mesmo totalmente nua, sorria pra mim e acenava. Por meses foi assim, até que um certo dia ela resolveu falar comigo e me convidou para ir a seu apartamento de número 201.

Eu estava apaixonado e excessivamente encantado por ela, cheio de desejos, a ponto de algumas noites ter sonhos eróticos com ela. Não titubeei, vesti uma roupa, passei um perfume em várias partes de meu corpo, saí de minha casa e atravessei a rua. Toquei a campainha do interfone e ouvi o estalo do acesso concedido. Subi rapidamente as escadas do prédio sem elevador e apitei ofegante e já bastante excitado, a campainha do apartamento. A porta abriu. Entrei. Caminhei pela casa chamando pela moça a quem eu não sabia o nome. Adentrei a cozinha, sala, banheiro e o único quarto do apartamento e não a vi. Chamei, chamei, chamei. Abri portas de cômodos e armários e não a encontrei.

Saí do apartamento da moça estranhando a situação, pensando que ela pudesse ter ido ao meu encontro e nos desencontramos. Ao sair dei de cara com o zelador do prédio que, percebendo minha aflição, perguntou o que eu desejava. Perguntei pela moça que morava ali naquele apartamento. O zelador olhou fixamente em mim, passou rapidamente os olhos pelo apartamento que estava com a porta semiaberta e me revelou em tom sinistro.

          “A moça não mora mais aqui. Ela morreu já tem uns quatro meses. O senhor é parente dela?”   

Orlando Rodrigues

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Terror: ao sair não apague a luz – Minutos de Conhecimento

Origem: Terror: ao sair não apague a luz – Minutos de Conhecimento

Este é o mais novo livro de terror do escritor Orlando Rodrigues, disponível nas plataformas listadas a seguir:

https://clubedeautores.com.br/livro/terror

https://www.livrariainterativa.com.br/possessao —

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Sinopse do livro Terror

Se você gosta de contos esse livro reúne histórias que prometem lhe causar sustos, medo e arrepios, com várias situações de tensão, suspense, violência, reviravoltas e finais surpreendentes. Como sugere o subtítulo, ao sair, mantenha a luz acesa.

Outras obras do autor podem ser acessadas através de sua página na Amazon.