Categoria: Geral

O desafio da captação de recursos em projetos culturais

Captação de recursos para projetos literários é um desafio que pode ser vencido com planejamento estratégico e conhecimento das leis de incentivo cultural no Brasil. A Lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura) é uma das principais ferramentas para viabilizar iniciativas literárias. Por meio dela, projetos culturais podem receber apoio financeiro de empresas ou pessoas físicas que, em contrapartida, deduzem o valor patrocinado do imposto de renda.
O primeiro passo é desenvolver um projeto claro e bem estruturado. Detalhe objetivos, público-alvo, orçamento e impacto cultural. Inclua contrapartidas para os patrocinadores, como menção em materiais promocionais e eventos. Um projeto com planejamento robusto aumenta as chances de aprovação nas etapas de análise técnica e cultural, conduzidas pela Secretaria Especial da Cultura.
Após a aprovação, começa a etapa de captação de recursos. Identifique empresas que se alinhem aos valores do projeto e tenham interesse em ações culturais. Elabore uma proposta personalizada, destacando os benefícios fiscais e a visibilidade do apoio à cultura. Muitas empresas veem o patrocínio cultural como uma oportunidade de fortalecer sua imagem institucional e gerar impacto positivo na comunidade.
Além de buscar patrocinadores, considere a participação em editais e programas governamentais que financiem projetos culturais. A portaria SEFIC/MINC nº 695, por exemplo, é uma alternativa para viabilizar iniciativas voltadas à democratização da literatura.
É essencial manter comunicação transparente e cumprir todas as exigências legais, como prestação de contas e divulgação das ações realizadas. Isso fortalece a credibilidade e abre portas para futuros projetos.
Por fim, lembre-se de que as leis de incentivo não são apenas uma forma de financiamento, mas também uma maneira de contribuir para a disseminação da literatura e o fortalecimento da cultura nacional.
Não menos importante, a prestação de contas é uma etapa crucial para garantir a transparência e a credibilidade de projetos aprovados por leis de incentivo, como a Lei Rouanet. Essa fase assegura que os recursos captados foram utilizados conforme o planejamento aprovado e dentro das normas estabelecidas pelo Ministério da Cultura.

Aqui estão os principais pontos sobre a prestação de contas:
1. Documentação Completa e Organizada
Registre todas as movimentações financeiras do projeto. Isso inclui notas fiscais, recibos, comprovantes de pagamento, contratos e extratos bancários da conta exclusiva do projeto. Todos os gastos devem estar alinhados com o orçamento aprovado.
2. Relatório Técnico
Além da comprovação financeira, é necessário elaborar um relatório técnico detalhando a execução do projeto. Inclua informações sobre as atividades realizadas, número de beneficiários, locais atendidos, público-alvo alcançado e os resultados obtidos.
3. Contrapartidas
Documente as contrapartidas oferecidas aos patrocinadores, como inserção de logomarcas em materiais, eventos realizados ou ações de marketing. Fotografias, vídeos e publicações podem ser usados como evidências.
4. Cronograma
Respeite os prazos estabelecidos pelo Ministério da Cultura para a prestação de contas. O descumprimento pode gerar sanções, como a devolução de recursos ou a impossibilidade de submeter novos projetos futuramente.
5. Plataformas Digitais
Utilize sistemas como o Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura), onde todos os documentos devem ser enviados e acompanhados. É fundamental garantir que os uploads estejam completos e dentro do formato solicitado.
6. Transparência e Comunicação
Caso haja mudanças na execução do projeto, como ajustes no cronograma ou realocação de verbas, informe previamente à Secretaria de Cultura e solicite aprovação. Isso demonstra comprometimento e evita problemas futuros.
A prestação de contas não é apenas uma obrigação legal dentro do processo de captação de recursos, mas uma forma de valorizar o investimento recebido e abrir portas para novas oportunidades. Um histórico de contas bem apresentadas fortalece a reputação do proponente e facilita futuras captações.

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Balanço dos eventos culturais no Brasil em 2024

O ano de 2024 foi marcado por grandes acontecimentos culturais no Brasil, consolidando o país como um polo de produção artística e de políticas públicas voltadas à cultura. Aqui estão cinco destaques:

  1. Aprovação do Marco Regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC)
    Após quase duas décadas de debates, o Senado aprovou em março o marco regulatório que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura. Essa conquista fortalece o acesso democrático à cultura e garante maior organização das políticas culturais, sendo um passo histórico para o setor. O marco foi celebrado durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizada após um hiato de dez anos.
  2. Edição histórica do Lollapalooza e Rock in Rio
    O Lollapalooza e o Rock in Rio consolidaram-se como ícones da música no Brasil, com line-ups de peso. Nomes como Paramore, Gilberto Gil e Imagine Dragons atraíram multidões em eventos marcados pela diversidade cultural e pela projeção internacional de artistas brasileiros e estrangeiros.
  3. Reestruturação de políticas de fomento cultural
    A Política Nacional Aldir Blanc e o Programa Cultura Viva receberam reforços significativos, com um enfoque especial em expressões culturais locais e comunitárias. Esses programas incentivaram iniciativas como o hip-hop e projetos de inclusão social, promovendo a democratização da cultura em várias regiões do país.
  4. Mostras e festivais de cinema

    O cinema brasileiro brilhou em eventos como o Festival de Gramado e Mostras Internacionais de Cinema, destacando produções nacionais que abordam diversidade e inovação. Além disso, novos curtas e longas-metragens foram aprovados por editais e leis de incentivo, ampliando o acesso à produção audiovisual no Brasil.
  5. O fortalecimento da literatura e publicações nacionais
    A Bienal de São Paulo superou todas as expectativas com público recorde. Iniciativas de incentivo à leitura consolidaram o papel da literatura brasileira. A revista literária da ANEE  e o canal da ANEE na rede UTV, surgem no cenário cultural dando espaço a novos autores e eventos literários em todo o país ganharam destaque, promovendo novos autores e resgatando obras importantes.

Esses eventos demonstram o vigor da cultura brasileira em 2024, promovendo inclusão, inovação e acesso ao público em todo o país.

Streaming e VOD: benefícios e desafios do audiovisual moderno.

O crescimento e a popularização dos canais de streaming e de vídeo sob demanda (VOD) revolucionaram a forma como consumimos conteúdo audiovisual. Com a explosão de plataformas como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, HBO Max, entre outras, o acesso a filmes, séries e documentários tornou-se mais democrático, permitindo que usuários desfrutem de conteúdos variados em qualquer lugar e a qualquer momento, desde que tenham acesso à internet.
Entre as principais vantagens do streaming, destaca-se a conveniência. Diferente da TV tradicional, os usuários têm total controle sobre o que assistir e quando. Essa liberdade é complementada por um catálogo amplo, capaz de atender a públicos diversos com produções de diferentes gêneros, línguas e culturas.

A ausência de publicidade (em muitas plataformas) é um atrativo significativo, oferecendo uma experiência mais fluida e imersiva. Outra vantagem é o incentivo à produção de conteúdos originais, que ampliaram a diversidade criativa e cultural no setor audiovisual.
No entanto, o modelo apresenta desvantagens. A fragmentação do mercado, com a proliferação de múltiplas plataformas, força o consumidor a assinar vários serviços para acessar conteúdos específicos, tornando o custo elevado e, por vezes, insustentável.
A dependência de conexão estável à internet é uma barreira em regiões com infraestrutura limitada, excluindo parte da população desse modelo de consumo. A obsolescência da propriedade física de filmes e séries também é um ponto de debate: os títulos podem ser removidos das plataformas, deixando o espectador sem acesso a conteúdo que antes considerava garantidos.

Outro desafio é a saturação do mercado, que pode prejudicar a qualidade em prol da quantidade. A competição acirrada obriga as empresas a priorizarem lançamentos constantes, o que nem sempre resulta em produções bem elaboradas.
Por fim, questões como algoritmos enviesados, que limitam as sugestões a preferências prévias do usuário, podem reduzir a descoberta de conteúdos diferentes e inovadores.
Apesar das desvantagens, o streaming segue como um dos maiores avanços na era digital, transformando hábitos e democratizando o acesso ao entretenimento global. O desafio futuro será equilibrar inovação, acessibilidade e qualidade em um mercado cada vez mais competitivo.

 

Encontro social entre cultura e esporte.

No dia 9 de novembro de 2024, em Barra de São Miguel, Alagoas, ocorreu um encontro significativo entre Orlando Rodrigues, presidente da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras e Anísio Sampaio, presidente da Associação Acadêmica de Futebol Tobiense, sediada em Tobias Barreto, Sergipe. O encontro reforçou a união entre a cultura e o esporte, com foco no apoio a crianças em situação de vulnerabilidade. A ANEE, comprometida com o desenvolvimento social, é apoiadora do Projeto Fazer Atleta, uma iniciativa que visa dar oportunidade a jovens de áreas carentes por meio do esporte.

O encontro foi marcado por trocas de presentes que simbolizaram a colaboração e o respeito mútuo entre as duas associações. Orlando Rodrigues presenteou Anísio Sampaio com uma coleção de seus livros, trazendo um pouco da literatura nacional e das histórias que movem a missão da ANEE. Em contrapartida, Anísio brindou Orlando com uma camisa da Associação Tobiense de Futebol, uma peça que representa o esforço e a dedicação com que lutam para manter vivo o sonho desses jovens atletas.

Durante a conversa, os presidentes abordaram as dificuldades que ambas as associações enfrentam para captar recursos, especialmente em um cenário onde a sustentabilidade dos projetos sociais depende da generosidade de parceiros e de incentivos culturais e esportivos. Anísio Sampaio revelou a preocupação em relação à continuidade das atividades da Associação Tobiense, que enfrenta sérios riscos de suspensão por falta de apoio financeiro. A ANEE, por sua vez, se solidarizou com o desafio, refletindo sobre as possibilidades de engajamento e apoio mútuo para superar os obstáculos.

Além de trocarem ideias sobre como potencializar a visibilidade desses projetos e atrair novos parceiros, o encontro representou o compromisso das duas entidades em fortalecer a inclusão social e cultural no Brasil.

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Associações podem distribuir lucros aos seus associados?

A questão sobre a distribuição de lucros em associações é um tema que gera dúvidas e exige uma compreensão sobre a natureza jurídica dessas entidades. As associações, em sua essência, são constituídas por um grupo de pessoas que se unem para alcançar objetivos comuns, geralmente de natureza social, cultural, científica, esportiva ou de defesa de interesses coletivos.

Diferentemente das empresas, o foco principal das associações não é o lucro, mas sim a realização de atividades que tragam benefícios aos associados ou à comunidade. Assim, a legislação brasileira, especificamente o Código Civil, define as associações como organizações sem fins lucrativos, o que significa que elas não têm como finalidade principal a geração e distribuição de lucros entre seus membros.

Isso, no entanto, não impede que associações gerem receitas para sustentar suas atividades. Muitas delas realizam eventos, cobram taxas de participação, ou mesmo promovem atividades comerciais – como a venda de produtos ou prestação de serviços – que podem gerar superávit.

No entanto, a diferença entre receitas e despesas, que eventualmente pode se caracterizar como “lucro”, deve obrigatoriamente ser reinvestida na própria associação, em prol dos objetivos institucionais. Esses valores não podem ser distribuídos entre os associados, diretores ou qualquer pessoa física envolvida, uma vez que essa prática descaracterizaria o status de entidade sem fins lucrativos, podendo até acarretar em penalidades e perda de isenções fiscais que muitas associações possuem.

Por outro lado, existem modelos organizacionais, como as cooperativas, que permitem uma certa distribuição de resultados, uma vez que, nesses casos, a ideia é justamente promover vantagens econômicas para os cooperados.

Nas associações, essa possibilidade não existe, pois os associados se unem por um objetivo não lucrativo e, portanto, não devem esperar qualquer retorno financeiro direto das atividades da entidade.

Vale destacar que, no Brasil, as associações que buscam o status de organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) também têm que seguir critérios rígidos para comprovar que seus recursos estão sendo empregados para os fins institucionais, e não para a distribuição entre associados.

Já, a remuneração de associados em uma associação é um tema delicado, pois essas entidades são, por definição, sem fins lucrativos e têm como objetivo principal atender aos interesses coletivos ou beneficiar a sociedade. Em regra, o trabalho dos associados é voluntário, e a legislação brasileira não prevê a remuneração de associados em funções que não sejam específicas e devidamente justificadas.

No entanto, algumas exceções podem ser observadas, especialmente para aqueles que exercem cargos de gestão ou que desempenham atividades técnicas essenciais para o funcionamento da entidade.

Para que a remuneração ocorra de forma legal, é fundamental que os estatutos da associação prevejam essa possibilidade e especifiquem as condições.

Ademais, essa prática precisa ser compatível com as finalidades da associação, sem comprometer sua essência como entidade sem fins lucrativos.

Qualquer forma de remuneração deve ser cuidadosamente documentada e justificada, garantindo que a associação mantenha sua conformidade com a legislação e preserve seu caráter social.

A ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma associação privada, sem fins lucrativos, formalizada mediante estatuto registrado em cartório. Sua finalidade é apoiar escritores, editores e demais artistas iniciantes, dando vez e voz a esses em um mercado cada vez mais competitivo.

Para tanto, entre outras atividades, a ANEE dispões de uma revista literária, um canal de vídeo em serviço de streaming e projetos aprovados em leis de incentivo. Para se associar é simples. Clique no link acima e veja os benefícios.

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Kokedama e literatura: o equilíbrio entre simplicidade e criação

A técnica milenar japonesa do kokedama, que envolve o cultivo de plantas sem vaso, sustentadas por uma bola de musgo, é um exemplo simbólico da relação entre arte, cultura e natureza. No Japão, a arte do kokedama está profundamente enraizada em conceitos estéticos como o wabi-sabi, que valoriza a beleza na imperfeição e na transitoriedade. Esse princípio se reflete na simplicidade e harmonia das plantas suspensas, que, mesmo sem um recipiente tradicional, encontram equilíbrio e beleza na sua forma orgânica.
Assim como outras expressões artísticas, o kokedama vai além de uma técnica de jardinagem, sendo um reflexo da cultura japonesa, que valoriza a conexão espiritual com a natureza e o respeito pelos ciclos naturais. A arte, nesse sentido, é vista não apenas como uma criação estética, mas como uma extensão dos valores e tradições culturais que moldam a sociedade.
O ato de criar um kokedama também carrega um processo meditativo, no qual o cultivador reflete sobre o tempo, o crescimento e a vida, tornando-se um exemplo claro de como arte e cultura se entrelaçam, unindo o antigo e o moderno, o natural e o estético, em uma única prática.

A técnica do kokedama pode ser relacionada à literatura de várias maneiras, especialmente no que diz respeito à criação, ao simbolismo e ao ato de contemplação. Assim como na arte de cultivar uma planta sem vaso, na literatura, o escritor trabalha com elementos essenciais — palavras, personagens, tramas — para dar vida a uma obra que não precisa de adornos excessivos para transmitir profundidade e significado. Ambos envolvem paciência, cuidado e dedicação ao processo criativo.
Tanto a literatura, como o kokedama são formas de capturar a essência da natureza e da experiência humana em sua forma mais pura. Na poesia, por exemplo, o minimalismo e o valor da simplicidade refletem o espírito do kokedama, onde a beleza está nas pequenas coisas, na delicadeza e no equilíbrio entre o que é dito e o que fica subentendido.
Além disso, o kokedama, com seu ciclo de vida e transformação, pode ser visto como uma metáfora para a própria narrativa literária, que passa por diferentes fases: o nascimento da ideia, o crescimento das personagens e o desfecho, que, assim como a planta, continua a se transformar na mente do leitor.
Ambos compartilham um respeito profundo pelo tempo e pela evolução natural das histórias, sejam elas contadas pelas palavras ou pela vida das plantas.

Abaixo trecho de uma entrevista concedida por Cristiane Marry da Kokedama-gyn arte viva ao quadro projetos culturais no canal da ANEE, Associação Nacional de Escritores e Editoras.

A íntegra da entrevista você vê abaixo:

 

Orlando. Como você descobriu a técnica do kokedama e o que te inspirou a trabalhar com essa forma de arte viva?
Cristiane Marry: Quem me apresentou as Kokedamas foi o avô da minha filha. Ela tinha 2 anos, hoje ela tá com 18. Quando ele me apresentou as kokedamas, me falou sobre aquele processo, porque eu tenho muita planta em casa, sempre tive. E aí com essa questão eu nunca dei importância. Passado algum tempo, há 3, quase 4 anos atrás, eu me vi na oportunidade de empreender e por incentivo de uma amiga e comecei a fazer as kokedamas.

Orlando: Quais são os principais desafios na criação e manutenção de um kokedama, e como você lida com eles no dia a dia?
Cristiane Marry: Em primeiro lugar, não é só aprender a fazer a kokedama. Você precisa estudar sobre cada planta, cada planta que você vier desenvolver. Você precisa saber dela o que que ela
gosta, o substrato que ela gosta, o solo que ela gosta, se é de sol, é de sombra. E então assim, você tem que estar atento a essas questões, porque você pode fazer uma kokedama hoje e ela morrer daqui 3,4,5 dias. Então você precisa de adaptar ao habitat dela natural, para que ela desenvolva bem.
Orlando: Você enxerga uma conexão espiritual ou filosófica na prática do kokedama? Como a cultura japonesa influencia sua abordagem?
Cristiane Marry: Olha, é, eu acho assim, totalmente espiritual, porque a produção de uma kokedama envolve uma conexão. É espiritual mesmo. É uma conexão de mente e natureza. E se torna assim, prazeroso e extremamente
terapêutico lidar com as kokedamas e assim uma tem que conhecer da outra para que aconteça uma koquedama legal e se tornar terapêutico.
Orlando: De que maneira o kokedama pode trazer benefícios para quem vive em ambientes urbanos e deseja reconectar-se com a natureza?
Cristiane Marry: é super fácil. As kokedamas você pode trazê-la num pratinho para decorar a sua casa. De forma bem legal, você pode usar ela pendurada. Não precisa de vaso, ela alegra o ambiente, aquela bolinha de planta ali decorando o seu ambiente. É uma forma bem prazerosa de trazer a natureza para perto de você. você pode cultivar em
banheiros, em quarto, sala, em todo o ambiente da sua casa e do escritório também.
Orlando: Em sua experiência, quais aspectos dessa técnica você considera mais artísticos, e como você personaliza suas criações para que elas reflitam sua visão?
Cristiane Marry: eu penso o seguinte, uma kokedama para cultivar uma planta ali dentro daquela bolinha onde você envolve com musgo, vem com linha para segurar, precisa você usar o melhor substrato possível. Eu faço isso. Então assim eu vejo isso, o meu diferencial.

Quanto custa um curta?

O custo mínimo de um curta-metragem no Brasil pode variar bastante, dependendo da complexidade do projeto e da infraestrutura utilizada. Em produções extremamente enxutas, que aproveitam ao máximo recursos como locações gratuitas, elenco e equipe de voluntários, e equipamentos básicos, um curta-metragem de baixo custo pode ser produzido com valores a partir de R$ 5.000 a R$ 15.000. Aqui estão alguns fatores que influenciam esse orçamento mínimo:

1. **Locações**: Filmar em locações gratuitas, como espaços públicos ou propriedades de amigos e conhecidos, pode reduzir bastante os custos. Em casos onde há locações específicas ou privadas, pode ser necessário um orçamento extra para o aluguel.

2. **Equipamentos**: Em vez de alugar câmeras profissionais, muitos produtores optam pelo uso de câmeras DSLR, mirrorless ou até smartphones de alta qualidade, que oferecem um bom custo-benefício. No entanto, alugar câmeras e equipamentos básicos de iluminação e som geralmente é essencial, mesmo em produções simples. Isso pode representar cerca de R$ 1.000 a R$ 5.000 do orçamento mínimo.

3. **Equipe e Elenco**: Em produções de baixo custo, a equipe costuma ser reduzida, com muitas funções sendo acumuladas. É comum contar com profissionais em início de carreira ou estudantes de cinema, dispostos a colaborar por valores mais acessíveis ou até como voluntários, o que reduz gastos. No entanto, ainda pode ser importante oferecer ajuda de custo ou valores simbólicos, especialmente para o elenco.

4. **Alimentação e Transporte**: Mesmo em projetos pequenos, é essencial considerar a alimentação da equipe e transporte, o que pode custar entre R$ 500 e R$ 1.500 para um curta-metragem de poucos dias de gravação.

5. **Pós-Produção**: A edição, colorização e finalização também podem ser feitas com ferramentas acessíveis ou gratuitas, mas ainda assim pode ser necessário contratar um editor, dependendo da complexidade. Isso representa uma média de R$ 1.000 a R$ 2.500 em gastos, especialmente se o projeto incluir trilhas sonoras originais ou efeitos visuais.

6. **Distribuição**: Para finalizar, muitos curtas-metragens buscam exibição em festivais, o que pode incluir custos de inscrição e material de divulgação. Esse valor geralmente é pequeno, mas é importante reservar uma média de R$ 500 a R$ 1.000 para inscrição e divulgação.

Assim, para um curta-metragem de 5 a 10 minutos, com uma estrutura enxuta, o custo mínimo gira em torno de R$ 5.000 a R$ 15.000. Se o projeto envolver mais complexidade técnica ou demanda de pós-produção mais detalhada, o valor pode facilmente ultrapassar essa faixa, chegando a R$ 20.000 ou mais.

Você é escritor e deseja transformar seu livro em filme? Associe-se à ANEE e tenha assessoria para seu projeto.

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Luz, câmera: curta que aí vem curta.

A fase de pré-produção do curta-metragem *Nunca Converse com Estranhos* marca a estreia do escritor goiano Orlando Rodrigues na sétima arte, dando início ao planejamento detalhado deste projeto aprovado pela ANCINE (projeto 24-1091 e PROCESSO: 01416.008016/2024-27), por meio do despacho DESPACHO Nº 143-E, DE 24 DE OUTUBRO DE 2024, publicado no Diário Oficial da União.

A história, baseada em um conto homônimo de Orlando Rodrigues, leva os espectadores ao intrigante universo do suspense e do sobrenatural.

A narrativa acompanha um homem em uma viagem a trabalho que é surpreendido por uma bela mulher pedindo carona. Porém, essa aparente desconhecida traz consigo um passado perturbador que, aos poucos, é revelado, levando o protagonista e o público a uma descoberta aterradora.

A produção do curta metragem contará com a parceria da BlueVista Filmes Brasil, que terá direção de fotografia assinada pelo estreante Valério Salazar, reforçando o compromisso com uma produção de alta qualidade técnica e artística e tem também o apoio cultural da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras e ORPRODUÇÕES (ORTVEB).

A escolha das locações é um ponto-chave: as cenas serão filmadas nas cidades de Goiânia e Brasília, aproveitando a atmosfera e os contrastes das paisagens urbanas das duas cidades para criar uma ambientação densa e misteriosa.

A previsão de início das filmagens é para abril de 2025, mas, na segunda quinzena de novembro deste ano iniciará o processo de seleção de elenco e definição de equipe técnica, essenciais para dar vida aos personagens e ao visual sombrio que o projeto exige.

O curta promete um desfecho inesperado, característico do gênero, e busca explorar o potencial do cinema nacional em trazer produções de suspense e mistério ao público.

A fase de pré-produção tem papel central na construção dessa atmosfera, englobando desde a pesquisa de locações até o desenvolvimento de uma direção de arte que eleve a tensão e o mistério que envolvem a trama.

Parte da produção será realizada com recursos próprios e também contará com patrocínio, oferecendo benefícios da Lei Rouanet, Lei do audiovisual e outras contrapartidas que podem ser negociadas com pessoas físicas e jurídicas que desejarem colaborar com este audacioso projeto que pode ser acessado clicando aqui.

As contribuições, doações e patrocínios devem ser feitas para:

Banco do Brasil

Agência: 3888-1
Número da C/C
58117-8 (conta de captação)

58149-6  (conta de movimentação)

Nome do Produtor
ORLANDO BARBOSA RODRIGUES

cpf: 233201331-87

Para deduzir os valores do seu imposto devido, no ano seguinte, informe as transferências na ficha “Doações Efetuadas” da sua declaração de imposto de renda. O limite de dedução por pessoas físicas é de até 6% do imposto devido. Para empresas, o limite de deduções é de 4% do imposto devido por período de apuração.

 

Impacto da doação de Livros nas escolas e o incentivo à Leitura

A literatura exerce um papel transformador na educação e formação dos jovens, especialmente em escolas públicas, onde o acesso a materiais de leitura é muitas vezes limitado. A doação de livros para escolas públicas representa uma iniciativa fundamental para democratizar o acesso ao conhecimento e à cultura, além de fomentar o gosto pela leitura entre estudantes que, de outra forma, poderiam ter poucas oportunidades de entrar em contato com o universo literário. O impacto positivo de iniciativas como essas pode ser visto na ampliação do repertório dos alunos, no desenvolvimento do senso crítico e na formação de cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios da sociedade.

Além de enriquecer o conteúdo das bibliotecas escolares, a doação de livros permite que os alunos tenham acesso a uma variedade de gêneros, temas e autores, incluindo clássicos e contemporâneos, nacionais e estrangeiros. Essa diversidade ajuda a despertar o interesse dos jovens, que encontram nas histórias literárias uma forma de se identificarem, aprenderem e desenvolverem suas habilidades interpretativas e de comunicação. Para muitos alunos, ter acesso à literatura é a chance de expandir horizontes e encontrar inspiração para seguir caminhos acadêmicos e profissionais.

A presença da literatura nas escolas públicas também estimula um ambiente mais inclusivo, onde todos os alunos podem compartilhar suas leituras, discutir temas e aprimorar a capacidade de reflexão. A leitura incentiva o diálogo e fortalece os laços entre estudantes e professores, que passam a desenvolver práticas pedagógicas mais ricas e dinâmicas, colocando a literatura como um elemento central no processo de ensino. Para os professores, dispor de um acervo variado é uma ferramenta poderosa para explorar temas como empatia, cidadania e diversidade cultural.

Projetos como o da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras em parceria com autores associados, beneficiados pela Lei de Incentivo federal 8313/91 (Lei Rouanet), propõe a doação de milhares de livros para escolas públicas, na cidade de São Paulo e no interior e vai proporcionar um grande impacto social para essas regiões.

A iniciativa partida dos próprios autores associados Paulinho Dhi Andrade, com o livro Eu te amo Papai e Eliana Baumam com o livro Por detrás das sombras, ambos disponíveis na Amazon, encontrou na ANEE, o apoio necessário à sua concretização, elaborando as propostas e acompanhando o processo até a aprovação e transformação em projeto no PRONAC.

Atualmente os projetos encontram-se em fase de captação de recursos para a viabilização da ideia, ratificando a importância das iniciativas e a importância de agentes culturais na promoção da educação de qualidade. Ao tornar os livros mais acessíveis, a ANEE, por meio de seus autores associados, contribui diretamente para o desenvolvimento de novos leitores e escritores, criando oportunidades para que os jovens descubram o prazer da leitura e a importância do conhecimento.

O incentivo à leitura em escolas públicas não apenas ajuda no desempenho acadêmico dos alunos, mas também na construção de um futuro mais promissor, onde a literatura atua como uma ponte para o desenvolvimento pessoal e social. Ao inspirar novas gerações de leitores, a doação de livros e o acesso à literatura nas escolas públicas fortalecem o papel da educação e garantem que mais jovens tenham a chance de crescer em contato com o poder transformador da leitura.

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Meu livro virou filme: ficção ou realidade?

 

O sonho de muitos escritores, principalmente, os iniciantes é ver seu livro adaptado para o cinema, um sonho que muitas vezes está muito longe da realidade em razão de uma série de circunstâncias que envolvem essas duas formas de linguagem no âmbito da cultura.

As adaptações cinematográficas de obras literárias brasileiras desempenham um papel vital na preservação e divulgação de nossa literatura, permitindo que o público redescubra histórias e personagens marcantes sob uma nova perspectiva.

Ao transpor um conto ou romance para o cinema, diretores e roteiristas se deparam com o desafio de traduzir o imaginário literário em uma experiência visual, preservando a essência do texto original e, ao mesmo tempo, inovando para atender às especificidades da linguagem cinematográfica.

Obras de grandes escritores, como *O Auto da Compadecida* de Ariano Suassuna e *Lavoura Arcaica* de Raduan Nassar, foram adaptadas para o cinema com sucesso, conquistando tanto o público quanto a crítica.

*Ainda Estou Aqui*, livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, é uma narrativa comovente sobre a relação do autor com sua mãe, Eunice, que sofre de Alzheimer. Além de abordar as dores e memórias familiares, o livro retrata o impacto da ditadura militar no Brasil, marcada pelo desaparecimento de seu pai, Rubens Paiva. A obra foi adaptada para o cinema em um filme sensível e premiado, ganhando reconhecimento por sua abordagem humana e emotiva sobre a perda, a resistência e a memória familiar.

Esse processo de adaptação exige uma profunda compreensão da obra original, além de escolhas artísticas que valorizem o enredo e o ambiente cultural retratado pelo autor.

No caso do projeto O fio da meada: uma fronteira entre o bem e o mal, filme de longa metragem, baseado em um livro homônimo de Orlando Rodrigues, o desafio é não só preservar a intensidade da narrativa, mas também destacar aspectos visuais que captem a atmosfera e as emoções do texto.

O projeto audiovisual do escritor Orlando Rodrigues vai além da realização de um sonho, mas, busca valorizar o autor nacional independente e contribuir para descentralizar a produção audiovisual, propondo uma produção fora do eixo Rio-São Paulo.

O fio da meada recebeu autorização da ANCINE para captação de recursos por meio das leis de incentivo e vem participando de editais com o objetivo de ser viabilizado, tanto no ponto de vista da produção, como também a distribuição em nível nacional.

As adaptações de obras brasileiras também incentivam o diálogo entre a literatura e o cinema, ampliando o acesso do público a histórias que muitas vezes se concentram no papel.

Ao transportar essas narrativas para a tela, o cinema expande a dimensão de temas importantes e dá vida a personagens de maneira visual e dinâmica, o que facilita a identificação e aumenta o impacto emocional.

Além disso, adaptações de obras nacionais reforçam o valor cultural de nossa literatura e mostram ao público como ela se conecta com temas atuais e universais.

Com iniciativas como essas, o cinema brasileiro não apenas homenageia a literatura, mas a torna acessível a uma audiência ainda maior, aproximando gerações e apresentando novos olhares para o acervo literário nacional.

Dessa forma, as adaptações literárias para o cinema não apenas ampliam o alcance das histórias, mas enriquecem a cultura brasileira, mantendo viva a conexão entre texto e tela, literatura e imagem.

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Adquiria o livro O fia da meada: uma fronteira entre o bem e o mal.