Categoria: Empreendedorismo

A Derrama: O “pix” taxado da coroa portuguesa.

A Derrama foi um episódio emblemático na história colonial do Brasil, relacionado à política fiscal imposta pela Coroa Portuguesa durante o século XVIII. Naquela época, o Brasil, então colônia, vivia o auge da mineração de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Para garantir sua fatia dessa riqueza, Portugal estabeleceu a “quinta”, um imposto que exigia que 20% de todo o ouro extraído fosse enviado à metrópole. Contudo, a queda na produção aurífera e a dificuldade em atingir a meta anual estipulada de 100 arrobas (cerca de 1.500 kg) de ouro levaram a medidas extremas.

Quando os mineradores não conseguiam pagar o tributo, a Coroa Portuguesa lançava a Derrama, um mecanismo de cobrança compulsória. Funcionários do governo invadiam propriedades e confiscavam bens dos devedores para quitar as dívidas fiscais acumuladas. Essa prática causava grande revolta, já que afetava indiscriminadamente a população, incluindo pequenos proprietários e comerciantes que dependiam da economia local para sobreviver.

Derrama e revolta

A insatisfação generalizada com a Derrama se tornou um catalisador para movimentos de contestação, culminando na Inconfidência Mineira, em 1789. Esse levante foi liderado por um grupo de intelectuais e figuras de destaque, como Tiradentes, que ansiavam por independência e liberdade econômica. A Derrama simbolizava o peso da exploração colonial, sendo vista como um exemplo da opressão que a colônia sofria sob o domínio português.

Apesar de a Inconfidência Mineira ter sido rapidamente sufocada e seus líderes severamente punidos, o episódio da Derrama deixou um legado importante. Ele expôs a insustentabilidade do sistema fiscal colonial e acendeu as primeiras faíscas do sentimento de independência que ganharia força nas décadas seguintes.

Hoje, a Derrama é lembrada como um marco da resistência contra a opressão fiscal e colonial, refletindo as tensões entre a metrópole e a colônia. A luta contra os impostos abusivos e a busca por justiça ecoam como lições históricas sobre os direitos e deveres de uma nação em construção.

E o Pix? Nada ainda?

Já a recente e contemporânea história do Brasil, um assunto vem tomando as redes sociais, aflorando os debates públicos em torno do assunto, bem como disseminando desinformação, além de expor interesses escusos do atual governo, que justifica o uso do Pix como fonte de informação para governo, através da receita federal, visando combater sonegação.

O assunto ainda vai render muito, além da desconfiança gerada em relação ao governo por tal medida, que visa monitorar movimentações financeiras através do Pix de valores acima de R$ 5000,00.

É fato que a sonegação de impostos é algo que precisa ser combatida, mas, é fato também que é necessário evitar a malversação do dinheiro público, a gastança desenfreada, o dinheiro excessivamente gasto e mal gasto, diga-se de passagem, nas ações governamentais.

A derrama e o Pix. Qualquer semelhança pode ser coincidência.

É preciso transparência e, sobretudo, eficiência em relação à tributação de grandes fortunas com cobranças de alíquotas coerentes e diferenciadas. Um cidadão de classe média assalariado não pode ser taxado pelo mesmo percentual de alíquota que um bilionário é taxado em sua renda.

O governo tem pela frente um enorme abacaxi para descascar, se tributa o Pix, se usa o Pix como fonte de informação para caças às bruxas, se combate a desinformação em torno do assunto, se abre uma espécie de Santa Inquisição para tolher a liberdade de expressão com o uso da censura, mas com o apelido de regulação das redes sociais ou se tenta se aproximar do povo indo até o povo. Afinal, democracia não se fala. Se faz. E esse governo está devendo.

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Projeto Fazer Atleta: Transformando Vidas.

Na cidade de Tobias Barreto, Sergipe, a Associação Acadêmica de Futebol Tobiense promove uma iniciativa que vai além dos campos de futebol: o Projeto Fazer Atleta. Mais do que treinar habilidades esportivas, o projeto tem como missão formar cidadãos e transformar vidas por meio do esporte.

Voltado para crianças e jovens da comunidade, o Fazer Atleta oferece não apenas uma oportunidade de aperfeiçoamento técnico no futebol, mas também uma alternativa de inclusão social e desenvolvimento pessoal. O projeto, entretanto, convive com limitações, sobretudo, as financeiras, por não contar com nenhum apoio financeiro seja municipal, estadual ou federal, apesar de possuir certificados de utilidade pública.

Com treinamentos regulares, os alunos não apenas aprimoram suas capacidades físicas e táticas, mas também aprendem sobre trabalho em equipe, respeito mútuo e responsabilidade. Para muitos, o Fazer Atleta é uma chance de sonhar com uma carreira no esporte profissional; para outros, é uma oportunidade de evitar caminhos de risco e encontrar um propósito.

A infraestrutura do projeto, embora simples, reflete o compromisso de seus idealizadores e coordenadores em oferecer o melhor para os participantes.

A Associação Acadêmica de Futebol Tobiense também busca parcerias com empresas e instituições, para garantir a sustentabilidade do projeto. Esse esforço conjunto entre o setor privado e a comunidade local é crucial para o sucesso da iniciativa.

O impacto do projeto pode ser visto nos relatos dos próprios participantes e suas famílias, que testemunham as mudanças positivas em suas rotinas e perspectivas. Para muitos jovens, o Fazer Atleta representa mais do que chutes e dribles; é uma porta para um futuro melhor, baseado no esforço, na disciplina e no sonho.

É importante que a comunidade local apoie  o Projeto Fazer Atleta, assim como os líderes políticos da região para seguir firme em seu objetivo de transformar vidas por meio do esporte, provando que, em Tobias Barreto, o futebol é muito mais do que um jogo: é uma ferramenta de transformação social e esperança.

Acompanhe a entrevista de Anísio Sampaio presidente da Associação concedida à Roberto Dantas Esportes e Notícias.

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Conheça o projeto Fazer atleta.

ORTVWEB: Plataforma de Divulgação para Todos os Públicos

A plataforma ORTVWEB, comprometida com a valorização do talento e do empreendedorismo, inaugura um projeto revolucionário: a oferta de espaço gratuito para que artistas, empresários, professores e profissionais liberais possam divulgar seus produtos e serviços. Esta iniciativa visa promover a inclusão e o fortalecimento de diversas áreas criativas e econômicas, proporcionando a visibilidade necessária para que ideias e iniciativas cheguem a novos públicos.

Em um mundo onde a comunicação digital é essencial, a ORTVWEB reconhece a dificuldade que muitos enfrentam para ter acesso a espaços midiáticos de qualidade. Com isso em mente, a plataforma abre suas portas para receber conteúdos de diversos segmentos, criando uma rede colaborativa que fortalece o mercado local e nacional.

Como Funciona?
O projeto é simples, mas poderoso. Qualquer pessoa ou empresa interessada pode se inscrever por meio de um formulário online a ser disponibilizado a partir de 02/01/2025 no site  da ORTVWEB. Após a análise, os selecionados recebem orientações para a produção de conteúdos adaptados às plataformas da emissora. Isso inclui vídeos, podcasts, entrevistas e transmissões ao vivo, garantindo que cada participante tenha uma experiência personalizada e de alto impacto.

Quem Pode Participar?
A iniciativa é aberta a todos os que desejam divulgar seu trabalho. Artistas podem mostrar seu talento, seja em música, dança, teatro ou artes visuais. Empresários encontram uma oportunidade para destacar seus produtos e serviços. Professores podem compartilhar conhecimento e atrair novos alunos, enquanto profissionais liberais, como advogados, médicos e consultores, têm espaço para apresentar suas especialidades ao público.

Benefícios para a Comunidade
Além de oferecer uma vitrine para empreendedores e criativos, o projeto contribui para a democratização da comunicação e o acesso à cultura e ao conhecimento. A presença de diferentes vozes enriquece a programação da ORTVWEB, tornando-a mais diversificada e conectada com a realidade das pessoas.

Com essa ação, a ORTVWEB reafirma seu papel como um agente transformador na sociedade, promovendo a união entre talentos emergentes e uma audiência cada vez mais engajada. Se você é um criador, educador ou empreendedor em busca de reconhecimento, essa é a oportunidade ideal para alavancar sua trajetória.

Transforme sua ideia em sucesso com a ORTVWEB: o espaço onde seu talento encontra o mundo!

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Saiba mais em: https://www.youtube.com/watch?v=lO69MLPGwaY

Do Roteiro de Cinema para Livro: Uma Jornada Desafiadora

Adaptar um roteiro de cinema para livro é um processo que vai além de simplesmente transcrever cenas e diálogos; é um trabalho que exige expandir o universo narrativo e explorar camadas emocionais que muitas vezes ficam implícitas no audiovisual. Enquanto o cinema comunica muito por meio de imagens, sons e expressões, a literatura depende exclusivamente das palavras para criar um mundo rico e cativante na imaginação do leitor.O primeiro passo nesse processo é reinterpretar o roteiro. No cinema, o foco está na ação e nos diálogos, enquanto no livro é necessário aprofundar a perspectiva dos personagens, suas motivações e pensamentos. Isso exige que o adaptador ou escritor amplie as descrições e desenvolva detalhes que não estavam explícitos no roteiro, mas que são fundamentais para enriquecer a experiência do leitor.
A estrutura narrativa também precisa ser ajustada. Um roteiro segue uma linguagem técnica, com cenas divididas em atos e descrições sucintas. Já o livro demanda uma narrativa fluida, com transições naturais e capítulos que conduzam o leitor por uma jornada imersiva. Isso implica transformar as descrições objetivas em cenários vívidos e desenvolver subtextos emocionais que conectem o leitor aos personagens.

Outro aspecto importante é o ritmo. No cinema, o tempo é limitado, e as histórias precisam ser contadas de forma enxuta. No livro, há espaço para explorar detalhes, criar subtramas e aprofundar relações entre os personagens. O desafio está em equilibrar a expansão do conteúdo sem perder a essência e a tensão que movem a narrativa.
Além disso, é fundamental capturar a atmosfera do filme, traduzindo para o texto a intensidade das cenas de ação, a sutileza de olhares ou a grandiosidade de uma paisagem. Isso exige uma escrita sensorial, que evoque no leitor as mesmas emoções que as imagens transmitiram na tela.
Adaptar um roteiro de cinema para livro é, em essência, um ato de reconstrução. É dar ao público uma nova perspectiva sobre uma história já conhecida, ao mesmo tempo em que se explora as potencialidades únicas da literatura para enriquecer e aprofundar a narrativa. É uma forma de ressignificar a obra e alcançar novos públicos, transformando uma experiência visual em um mergulho literário.

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Associações podem distribuir lucros aos seus associados?

A questão sobre a distribuição de lucros em associações é um tema que gera dúvidas e exige uma compreensão sobre a natureza jurídica dessas entidades. As associações, em sua essência, são constituídas por um grupo de pessoas que se unem para alcançar objetivos comuns, geralmente de natureza social, cultural, científica, esportiva ou de defesa de interesses coletivos.

Diferentemente das empresas, o foco principal das associações não é o lucro, mas sim a realização de atividades que tragam benefícios aos associados ou à comunidade. Assim, a legislação brasileira, especificamente o Código Civil, define as associações como organizações sem fins lucrativos, o que significa que elas não têm como finalidade principal a geração e distribuição de lucros entre seus membros.

Isso, no entanto, não impede que associações gerem receitas para sustentar suas atividades. Muitas delas realizam eventos, cobram taxas de participação, ou mesmo promovem atividades comerciais – como a venda de produtos ou prestação de serviços – que podem gerar superávit.

No entanto, a diferença entre receitas e despesas, que eventualmente pode se caracterizar como “lucro”, deve obrigatoriamente ser reinvestida na própria associação, em prol dos objetivos institucionais. Esses valores não podem ser distribuídos entre os associados, diretores ou qualquer pessoa física envolvida, uma vez que essa prática descaracterizaria o status de entidade sem fins lucrativos, podendo até acarretar em penalidades e perda de isenções fiscais que muitas associações possuem.

Por outro lado, existem modelos organizacionais, como as cooperativas, que permitem uma certa distribuição de resultados, uma vez que, nesses casos, a ideia é justamente promover vantagens econômicas para os cooperados.

Nas associações, essa possibilidade não existe, pois os associados se unem por um objetivo não lucrativo e, portanto, não devem esperar qualquer retorno financeiro direto das atividades da entidade.

Vale destacar que, no Brasil, as associações que buscam o status de organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) também têm que seguir critérios rígidos para comprovar que seus recursos estão sendo empregados para os fins institucionais, e não para a distribuição entre associados.

Já, a remuneração de associados em uma associação é um tema delicado, pois essas entidades são, por definição, sem fins lucrativos e têm como objetivo principal atender aos interesses coletivos ou beneficiar a sociedade. Em regra, o trabalho dos associados é voluntário, e a legislação brasileira não prevê a remuneração de associados em funções que não sejam específicas e devidamente justificadas.

No entanto, algumas exceções podem ser observadas, especialmente para aqueles que exercem cargos de gestão ou que desempenham atividades técnicas essenciais para o funcionamento da entidade.

Para que a remuneração ocorra de forma legal, é fundamental que os estatutos da associação prevejam essa possibilidade e especifiquem as condições.

Ademais, essa prática precisa ser compatível com as finalidades da associação, sem comprometer sua essência como entidade sem fins lucrativos.

Qualquer forma de remuneração deve ser cuidadosamente documentada e justificada, garantindo que a associação mantenha sua conformidade com a legislação e preserve seu caráter social.

A ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma associação privada, sem fins lucrativos, formalizada mediante estatuto registrado em cartório. Sua finalidade é apoiar escritores, editores e demais artistas iniciantes, dando vez e voz a esses em um mercado cada vez mais competitivo.

Para tanto, entre outras atividades, a ANEE dispões de uma revista literária, um canal de vídeo em serviço de streaming e projetos aprovados em leis de incentivo. Para se associar é simples. Clique no link acima e veja os benefícios.

Aproveite para acompanhar a ORTVWEB.

 

Quanto custa um curta?

O custo mínimo de um curta-metragem no Brasil pode variar bastante, dependendo da complexidade do projeto e da infraestrutura utilizada. Em produções extremamente enxutas, que aproveitam ao máximo recursos como locações gratuitas, elenco e equipe de voluntários, e equipamentos básicos, um curta-metragem de baixo custo pode ser produzido com valores a partir de R$ 5.000 a R$ 15.000. Aqui estão alguns fatores que influenciam esse orçamento mínimo:

1. **Locações**: Filmar em locações gratuitas, como espaços públicos ou propriedades de amigos e conhecidos, pode reduzir bastante os custos. Em casos onde há locações específicas ou privadas, pode ser necessário um orçamento extra para o aluguel.

2. **Equipamentos**: Em vez de alugar câmeras profissionais, muitos produtores optam pelo uso de câmeras DSLR, mirrorless ou até smartphones de alta qualidade, que oferecem um bom custo-benefício. No entanto, alugar câmeras e equipamentos básicos de iluminação e som geralmente é essencial, mesmo em produções simples. Isso pode representar cerca de R$ 1.000 a R$ 5.000 do orçamento mínimo.

3. **Equipe e Elenco**: Em produções de baixo custo, a equipe costuma ser reduzida, com muitas funções sendo acumuladas. É comum contar com profissionais em início de carreira ou estudantes de cinema, dispostos a colaborar por valores mais acessíveis ou até como voluntários, o que reduz gastos. No entanto, ainda pode ser importante oferecer ajuda de custo ou valores simbólicos, especialmente para o elenco.

4. **Alimentação e Transporte**: Mesmo em projetos pequenos, é essencial considerar a alimentação da equipe e transporte, o que pode custar entre R$ 500 e R$ 1.500 para um curta-metragem de poucos dias de gravação.

5. **Pós-Produção**: A edição, colorização e finalização também podem ser feitas com ferramentas acessíveis ou gratuitas, mas ainda assim pode ser necessário contratar um editor, dependendo da complexidade. Isso representa uma média de R$ 1.000 a R$ 2.500 em gastos, especialmente se o projeto incluir trilhas sonoras originais ou efeitos visuais.

6. **Distribuição**: Para finalizar, muitos curtas-metragens buscam exibição em festivais, o que pode incluir custos de inscrição e material de divulgação. Esse valor geralmente é pequeno, mas é importante reservar uma média de R$ 500 a R$ 1.000 para inscrição e divulgação.

Assim, para um curta-metragem de 5 a 10 minutos, com uma estrutura enxuta, o custo mínimo gira em torno de R$ 5.000 a R$ 15.000. Se o projeto envolver mais complexidade técnica ou demanda de pós-produção mais detalhada, o valor pode facilmente ultrapassar essa faixa, chegando a R$ 20.000 ou mais.

Você é escritor e deseja transformar seu livro em filme? Associe-se à ANEE e tenha assessoria para seu projeto.

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Bienal de São Paulo: celebração da Literatura e diversidade.

 

Entre os dias 06 e 15 de setembro de 2024, São Paulo foi palco de um dos maiores eventos literários do Brasil, a Bienal do Livro, que nesta edição superou todas as expectativas em termos de público e programação. Milhares de visitantes, entre leitores ávidos, escritores renomados e novos talentos, lotaram os pavilhões do evento, transformando a cidade em um ponto de encontro vibrante para a cultura e a literatura. Ao longo dos dez dias, a Bienal reafirmou seu papel como espaço essencial de trocas intelectuais e de celebração da diversidade cultural.

Com mais de 700 expositores, a Bienal de 2024 trouxe uma programação intensa, oferecendo palestras, mesas-redondas, lançamentos de livros e sessões de autógrafos. O público teve a oportunidade de interagir com seus autores favoritos e descobrir novas vozes da literatura nacional e internacional. A presença de editoras independentes, com seus catálogos ricos e variados, foi um destaque à parte, mostrando a força da produção literária alternativa no país.

A edição deste ano também teve uma forte presença de debates sobre temas contemporâneos, como diversidade, inclusão e os desafios do mercado editorial na era digital. Painéis com escritores, críticos literários e profissionais do setor abordaram o papel da literatura na construção de um futuro mais plural, destacando a importância de dar voz a narrativas até então marginalizadas.

Outro ponto alto foi a interação com o público jovem. A Bienal apostou em uma programação especial voltada para este público, com atividades que incluíram oficinas, encontros com escritores de literatura juvenil e performances ao vivo, atraindo uma nova geração de leitores e criando um ambiente de entusiasmo e inspiração.

O sucesso da Bienal de São Paulo 2024 evidencia o papel central da literatura como meio de expressão e reflexão social. O evento mostrou que, mesmo em tempos de desafios, o poder das palavras continua a nos conectar, inspirar e transformar.

Cabe destacar a presença de diretores da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras, além de alguns de seus escritores associados.

Censura x liberdade de expressão. Onde está o limite?

O dilema entre produção cultural, liberdade de expressão e censura é uma questão complexa e vital no cenário contemporâneo.

A produção cultural, por natureza, reflete a diversidade de pensamentos, valores e experiências humanas, sendo um reflexo da liberdade de expressão, um direito fundamental.

Entretanto, essa liberdade enfrenta desafios significativos, especialmente no contexto das redes sociais e plataformas digitais, como o X (antigo Twitter).

Essas plataformas se tornaram arenas centrais para a disseminação de ideias, notícias e manifestações culturais, mas também se tornaram alvos de regulamentações e políticas de moderação de conteúdo que alguns enxergam como censura.

A censura, historicamente, sempre foi uma ferramenta usada por governos e instituições para controlar a narrativa e suprimir vozes dissidentes.

No entanto, no ambiente digital, a linha entre moderação de conteúdo, para evitar a disseminação de desinformação ou discursos de ódio, e censura, que restringe a liberdade de expressão, se torna tênue e nebulosa.

A remoção de postagens, a suspensão de contas e a limitação de alcance de certos conteúdos levantam questões sobre quem detém o poder de definir o que pode ou não ser dito.

Este controle, muitas vezes centralizado nas mãos de poucas corporações, levanta preocupações sobre a concentração de poder e a possível manipulação de discursos públicos.

Por outro lado, a ausência total de moderação pode levar a um ambiente caótico e perigoso, onde desinformação, teorias da conspiração e discursos de ódio prosperam.

Isso pode minar a própria base da produção cultural e da liberdade de expressão, já que o discurso civilizado e construtivo pode ser abafado pelo barulho da polarização extrema e da violência verbal.

O desafio, portanto, reside em encontrar um equilíbrio entre garantir a liberdade de expressão e proteger a sociedade de conteúdos prejudiciais, sem que isso resulte em censura.

Esse equilíbrio é fundamental para assegurar a democratização do acesso à cultura e à informação, permitindo que diferentes vozes sejam ouvidas e respeitadas, sem que sejam silenciadas por interesses corporativos ou ideológicos.

É uma questão que exige diálogo constante entre sociedade civil, governos e as próprias plataformas digitais para assegurar que a liberdade de expressão continue a ser um pilar da nossa sociedade, ao mesmo tempo em que se promove um ambiente online seguro e inclusivo.

Por outro lado, poderes instituídos de uma nação devem se valer da constituição para salvaguardar direitos e exigir o cumprimento de obrigações e jamais fazer uso dela para interpretações de cunho político, ideológico e partidário.

O Brasil já sofreu consequências graves de períodos onde a censura teve viés ideológico e os danos à formação cultural de nosso povo foram imensos, cujas sequelas vivemos até hoje.

Censura, nunca mais!

Orlando Barbosa Rodrigues

Escritor e produtor cultural.

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Registro de obra literária

O registro de obras literárias é uma etapa fundamental para garantir a proteção dos direitos autorais e assegurar que o autor tenha o reconhecimento e a propriedade sobre sua criação. Ao registrar uma obra, o escritor estabelece uma prova formal de que é o criador original do conteúdo, o que se torna essencial em casos de disputas sobre plágio ou uso indevido da obra por terceiros.

Além disso, o registro proporciona segurança jurídica. Ele protege o autor contra possíveis cópias ou adaptações não autorizadas de sua obra, garantindo que qualquer reprodução ou uso comercial de seu trabalho ocorra com sua permissão e sob condições negociadas previamente. Isso é particularmente relevante no cenário atual, em que o acesso à informação e o compartilhamento de conteúdo são facilitados pela internet.

Outro aspecto importante é a valorização da obra. O registro formal pode agregar valor à criação, uma vez que demonstra seriedade e profissionalismo por parte do autor. Isso é relevante tanto para escritores independentes quanto para aqueles que buscam contratos com editoras, pois muitas vezes a segurança jurídica proporcionada pelo registro é um ponto decisivo na hora de fechar acordos de publicação.

O processo de registro, apesar de relativamente simples e acessível, também serve como um incentivo à produção literária consciente. Quando o autor sabe que pode proteger suas ideias e garantir seu reconhecimento, ele se sente mais motivado a investir tempo e esforço na criação de novos conteúdos. Além disso, o registro pode facilitar a vida dos herdeiros do autor, assegurando que os direitos sobre a obra sejam transmitidos de forma clara e organizada, evitando problemas legais futuros.

 

Portanto, o registro de obras literárias vai além da proteção contra o plágio: é um meio de consolidar o legado do autor, garantir a correta utilização de suas criações e fomentar uma cultura literária em que o trabalho intelectual é respeitado e valorizado.

Entidades como Fundação Biblioteca Nacional e Câmera Brasileira do Livro são credenciadas a realizarem o registro de sua obra, algo que pode ser feito também em cartório, como o registro de título e de documentos e escritórios de advocacia especializados.

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Projetos culturais: onde está o dinheiro?

 

Os recursos financeiros para projetos culturais são essenciais para fomentar o desenvolvimento artístico e cultural de uma sociedade. Eles podem ser provenientes de diversas fontes, incluindo o governo, instituições privadas, organizações não-governamentais e financiamento coletivo.

Cada uma dessas fontes possui características específicas que influenciam a maneira como os recursos são disponibilizados e utilizados.

 

Os governos, tanto em nível federal, estadual quanto municipal, frequentemente destinam verbas para a cultura por meio de políticas públicas, leis de incentivo e editais. No Brasil, por exemplo, a Lei Rouanet é uma das principais ferramentas de fomento cultural, permitindo que empresas e indivíduos destinem parte do imposto de renda devido a projetos culturais. Além disso, existem programas de financiamento direto, como o Fundo Nacional de Cultura (FNC), que apoia uma ampla gama de atividades culturais.



Instituições privadas também desempenham um papel significativo no financiamento da cultura. Empresas podem patrocinar eventos culturais, exposições, produções teatrais e cinematográficas, tanto por interesse em promover sua marca quanto por compromisso com a responsabilidade social. Fundos e fundações privadas, como a Fundação Itaú Cultural e a Fundação Roberto Marinho, são exemplos de entidades que investem consistentemente na cultura, apoiando projetos e artistas em diversas áreas.

 

Organizações Não Governamentais (ONGs) também contribuem para o financiamento cultural, especialmente em áreas onde os recursos governamentais são limitados. Essas organizações frequentemente trabalham em parcerias com instituições públicas e privadas para viabilizar projetos culturais. Elas podem atuar em diversas frentes, desde a preservação do patrimônio histórico até a promoção de novas expressões artísticas.

A ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma associação privada, sem fins lucrativos, uma ONG, com o objetivo de apoiar, desenvolver. divulgar e fomentar a cultura nacional.

Para realizar esse objetivo a ANEE busca obter recursos por meio da contribuição de seus associados, prestação de serviços editoriais, financiamento coletivo, através de plataformas de crowdfunding, além de patrocínios, mediante participação em editais de seleção, com seus projetos aprovados em Leis de incentivo federal, entre outros.

Apesar das diversas fontes de financiamento, o setor cultural enfrenta desafios significativos, como a instabilidade econômica e a competição por recursos escassos. É crucial que haja um esforço contínuo para sensibilizar a sociedade sobre a importância da cultura e a necessidade de investimento constante. A colaboração entre os diferentes atores – governo, empresas, ONGs e público – é fundamental para garantir a sustentabilidade e o crescimento do setor cultural.

Com a ANEE não é diferente e espera-se maior engajamento da classe literária e artística de modo geral, incluindo seus próprios associados no sentido de abraçar a ideia de um movimento associativo de interesse geral.

Em suma, os recursos financeiros para a cultura são diversificados e essenciais para a vitalidade e inovação do setor. A criação de mecanismos eficientes de captação e a valorização da cultura como um elemento central da identidade e desenvolvimento social são passos cruciais para um futuro em que a cultura possa florescer plenamente.

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