Categoria: Blog

Você conhece a ANEE?

ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma instituição em fase de implantação destinada a prestar apoio e assessoramento, principalmente a novos escritores.

A ideia de se criar essa associação partiu de um pequeno grupo de escritores, desejosos de atuarem para o desenvolvimento da produção literária de novos escritores brasileiros e o aperfeiçoamento destes, enquanto profissionais da arte de escrever.

Premissa

A premissa da iniciativa é a falta de espaço no mercado editorial que atenda aos interesses de escritores iniciantes, principalmente, por parte das ditas editoras tradicionais.

Sabe-se que as editoras tradicionais nacionais optam por investirem seus recursos em autores renomados, sobretudo, autores estrangeiros e, nesse sentido, abre-se uma grande lacuna para autores que estão iniciando sua carreira.

Em geral o sonho de se tornar um escritor é realizado por meio de publicações independentes, auto publicação em plataformas digitais ou por meio de editoras prestadoras de serviço, muitas vezes por hobby, e nem sempre esse sonho é acompanhado do desejo de se tornar um escritor, de fato.

Sonho que pode se tornar pesadelo

As editoras prestadoras de serviço, por sua vez, cobram desses novos escritores para tornarem esse sonho possível, oferecendo serviços que vão desde a diagramação até a impressão do livro e o custo nem sempre é barato.

Além disso, por inexperiência e até desconhecimento de como funciona um processo editorial de um livro em todas as suas fases, esses autores iniciantes muitas vezes ficam à mercê de prestadores de serviço que cobram caro para entregar nas mãos do autor caixas e caixas de livros para que ele se vire com a venda dos exemplares.

Um outro ponto que merece atenção são os falsos agentes literários que surgem por meio de redes sociais, prometendo “mundos e fundos” e vendendo uma facilidade que não corresponde à verdade dos fatos nesse mercado literário nacional.

A falta de divulgação, dificuldade de colocar o livro em livrarias e a iminência de se cair na mão de golpistas muitas vezes transformam o sonho em pesadelo.

O papel da ANEE

Diante desse cenário, o objetivo dos fundadores da ANEE é atuar no sentido de orientar, assessorar e apoiar esses novos escritores e para isso conta com profissionais especializados em diversas áreas, por meio de convênios ou parcerias, incluindo editoras de modelo tradicional.

Além disso a associação irá oferecer oficinas de produção literária, concursos e prêmios literários com o objetivo de incentivar a adesão de novos associados.

Como se associar à ANEE

A ANEE está na fase de formalização, seu regimento e estatuto já foram aprovados pelos membros fundadores, restando o registro em cartório e a obtenção do CNPJ, entretanto, apesar da informalidade, já vem desenvolvendo atividades, por meio de reuniões on line semanalmente.

Para adesão torna-se necessário encaminhamento de email para anee.assciacao@gmail.com e obter mais informações sobre formulários e documentos necessários à adesão.

B.I.R.D.S. O que essa sigla significa?

B.I.R.D.S.: Portas do Armagedom concorre ao prêmio Kindle de literatura.

Sinopse.

Praia Bela é uma cidade paradisíaca, no litoral do nordeste brasileiro, prestes a se tornar um grande polo turístico internacional, maior projeto de governo de seu prefeito, um político extremamente poderoso e influente.
A ideia, entretanto, enfrenta a oposição de ambientalistas, entre eles, Dennis Crawford, um médico frustrado com a medicina e que resolve dedicar-se a causas sociais e ecológicas.
Um ataque de pássaros em uma de suas praias, causa a morte violenta de um casal estrangeiro, recém-chegado na cidade.
A partir daí, uma série de acontecimentos misteriosos, sobrenaturais e um grande segredo existente no subterrâneo da cidade, mudam completamente o destino de Praia Bela e de toda a vida humana no planeta.
Suspense, mistério, terror, fantasia e ficção-cientifica, são os elementos dessa trama, repleta de reviravoltas e um final surpreendente.

Essa é a sinopse do novo livro do escritor Orlando Rodrigues, publicado de forma independente na Amazon e que concorre ao prêmio kindle de literatura.

O que significa B.I.R.D.S.?

O livro, segundo o autor, é um romance de terror, mistério, suspense, fantasia e até ficção científica que narra os efeitos e consequências da poluição ambiental, entre eles, a contaminação radioativa que pode provocar mutações genéticas nos seres humanos e até levar ao fim da humanidade.

Mas, afinal, o que significa B.I.R.D.S.? A resposta está no livro disponível em ebook e em formato impresso na Amazon. Para assinantes do kindle é possível baixar o ebook gratuitamente.

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Divulgar escritores iniciantes é um trabalho de formiguinha, onde cada autor deve se ajudar, nesse meio onde não há concorrência e sim cooperação.

CUIDADO COM ESPERTALHÕES

Um cuidado que todo escritor iniciante deve ter está relacionado aos pseudo profissionais que se apresentam como agentes literários, prometendo mundos e fundos. É preciso estar atento. Nunca mande originais de seus trabalhos através de aplicativos de mensagens e sendo por email, procure obter referências.

Profanos: o terror da ficção que reflete a realidade.

Sagrado e profano são representações mentais e comportamentais de modos de pensar e agir das pessoas, manifestadas por seu conjunto de crenças e valores que vão se formando ao longo da vida, sempre confrontados nas diversas reações sociais em que a humanidade se insere.
Profanos: histórias de terror e mistério, reúne contos que abordam comportamentos dicotômicos, ora relacionados a crenças, valores ou padrões morais, imorais ou amorais de comportamento, narrados sob uma perspectiva de confronto nem sempre explícito entre essas representações.
Cada história tem uma linha de narrativa voltada para a descrição de confrontos ligados à peleja entre o bem e o mal, entre o sagrado e o profano, de modo a proporcionar ao leitor, mais que uma experiência literária, a possibilidade de refletir sobre os fantasmas eu habitam nosso subconsciente.

Profanos: histórias de terror e mistério já foi amplamente divulgado na mídia, tanto em jornais, rádios, podcasts e blogs.

Profanos gratuito no kindle

A coletânea do autor Orlando Rodrigues está disponível nas versões ebook e impresso. Para assinantes do kindle, o ebook estará gratuito por cinco dias a partir de 15/08/2023.

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O segredo das almas telepáticas

Anastasis: almas telepáticas, um livro do escritor goiano Orlando Rodrigues, recém-publicado pela editora Littera, mais que um livro de suspense ou terror é uma narrativa repleta de provocações a respeito da vida e dos processos de viver e morrer.

Sinopse

Darwin é um garoto solitário, filho único de pais ambiciosos que se mudaram para Brasília, quando da construção da capital federal, onde nasceu e morava com seus progenitores, sem receber deles, carinho e afeto.
Obcecado por conhecer e desvendar os processos de morte, mata violentamente o filhote sobrevivente de uma ninhada de gatinhos doentes, nascidos de uma gata de rua, no quintal de sua casa.
Os anos se passaram e Darwin, praticamente criado por sua babá Alice, sua irmã de criação, que entre tantas coisas o iniciou no sexo ainda menino e por quem era apaixonado, ao presenciar a traição dela com seu próprio pai, sente-se duplamente abandonado e planeja um processo de vingança.
Para isso conta com a ajuda de Death, o filhote morto por ele, que reaparece como um grande, gordo e belo gato fantasma. A história não acaba aqui. Apenas começa.

O autor

O escritor Orlando Rodrigues é Administrador, com especialização em recursos humanos e mestre em educação, com mais de 40 anos de atividade profissional nessas áreas. É coach, palestrante, professor, consultor e escritor com textos publicados nas áreas de ficção e não ficção. É neoacadêmico da NALAP – Núcleo de Artes e Letras de Portugal e AMBA – Academia Mineira de Belas Artes, com várias premiações. Seu gênero preferido é o de terror, mas escreve também romances policiais.

Onde adquirir Anastasis: almas telepáticas

O livro pode ser adquirido na Amazon, Shopee, através do blog deste site ou diretamente através da editora Littera, devendo em breve estar disponível em algumas livrarias físicas.

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Memórias de um pai estoico

Memórias de um pai estóico é um livro do escritor Marcelo Talasso Salim, um paulista de nascimento, médico de formação e militar reformado, além de um leitor contumaz, amante da filosofia.

Nesse livro, o autor revela alguns dramas de sua vida pessoal, profissional, decepções e algumas grandes alegrias que se pode ter muitas vezes em apenas possuir um simples animal de estimação.

Descreve a dor de um amigo pelo afastamento do filho causado por uma “pandemia”, como ele chama metaforicamente e o quanto a amizade entre eles foi importante naquele momento. Fala sobre um certo conforto que se pode sentir quando se tem outro filho durante a caminhada pela vida e a preocupação com um futuro sombrio em relação à educação dos próprios filhos e das futuras gerações devido ao mundo digitalizado em que vivemos.

Expõe, com certa dose de ironia e polêmica, pontos de vista sobre o lado amargo das relações interpessoais. Afinal, quais relações na vida não têm atritos e divergências?  

Fala sobre sua passagem pelas Forças Armadas e o lado triste que foi sua servidão voluntária como médico nas forças da ONU numa missão de paz.

Cita passagens filosóficas em frases feitas de grandes professores, pensadores, escritores, filósofos, artistas, entre outras personalidades famosas, numa tentativa de adaptá-las às realidades do mundo atual e às suas próprias, lamentando o quão difícil pode ser aplicar os ideais filosóficos na prática diária e o fato de ter tido contato com a filosofia apenas nessa fase de sua vida…Imagina que talvez poderia ter sido mais feliz se tivesse obtido autoconhecimento há mais tempo com os muitos ensinamentos de uma disciplina outrora distante da sua vivência diária.

Sobre o autor

Nascido em São Paulo, Marcelo Talasso Salim médico cirurgião geral

plantonista, formado em medicina pela Pontifícia Universidade Católica – SP,

em 1996. Também é mestre em gastroenterologia cirúrgica pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina.

Foi 2º Tenente médico da equipe de cirurgia geral e de trauma do Hospital Geral do Exército Brasileiro em São Paulo – Ministério da Defesa de 2003 a 2004, atuando na missão da paz da ONU no Haiti em 2004.

Escritor por paixão, leitor por prazer e estoico por natureza, também é amante da filosofia.

Está em constante aprendizado no seu maior e mais importante título: o de pai.

Onde encontrar o livro Memórias de um pai estoico

O livro pode Memórias de um pai estoico pode ser encontrado na Amazon em ebook ou formato impresso e em outras plataformas digitais

Memórias de um pai estoico | Amazon.com.br

Clique na imagem para mais informações

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LANÇAMENTO DO ANO – ANASTASIS

Anastasis: almas telepáticas é o mais recente livro do escritor goiano Orlando Rodrigues, lançado através do selo editorial Littera (Editora Littera) que vem se destacando por dar oportunidade para escritores iniciantes publicarem seus livros através de uma editora no modelo tradicional.

Anastasis conta a história de Darwin, um garoto solitário, filho único de pais ambiciosos que se mudaram para Brasília, quando da construção da capital federal, onde nasceu e morava com seus progenitores, sem receber deles, carinho e afeto.
Obcecado por conhecer e desvendar os processos de morte, mata violentamente o filhote sobrevivente de uma ninhada de gatinhos doentes, nascidos de uma gata de rua, no quintal de sua casa.
Os anos se passaram e Darwin, praticamente criado por sua babá Alice, sua irmã de criação, que entre tantas coisas o iniciou no sexo ainda menino e por quem era apaixonado, ao presenciar a traição dela com seu próprio pai, sente-se duplamente abandonado e planeja um processo de vingança.
Para isso conta com a ajuda de Death, o filhote morto por ele, que reaparece como um grande, gordo e belo gato fantasma. A história não acaba aqui. Apenas começa.

Apesar de ser uma narrativa de terror psicológico, o livro apresenta uma série de reflexões relacionadas aos limites entre a vida, a morte e a possibilidade de reencarnação com reviravoltas que vão prender o leitor até o fim.

O livro é uma continuação de um conto do escritor Orlando Rodrigues, intitulado “O gato”, podendo ser adquirido em formato impresso ou em ebook, cujos links encontram-se disponíveis neste site.

Goteira

O que seria uma goteira além de um mero pingo d’água que insiste em vazar forrações nos tetos das residências em dias de chuva, algo tão insignificante, mas, que sinaliza algum problema na cobertura de uma casa, por exemplo, e necessita de uma ação corretiva.

A goteira também é uma expressão usada para definir uma pessoa que não consegue guardar segredo das coisas e nesse caso eu sou um indivíduo goteira, pois vou revelar um segredo bastante perturbador.

Mas, antes de contar o segredo preciso esclarecer que há um significado mórbido para o termo goteira, também chamado de sangrador, e se refere a uma ranhura ou concavidade aberta em uma lâmina de arma branca, uma faca por exemplo, ou mesmo uma espada, como as espadas medievais.

Esse tipo de entalhe nas lâminas promove o sangramento de uma vítima apunhalada, oferecendo um canal para que o sangue circule fora do corpo, enquanto a lâmina permanece alojada no corpo da vítima.

E assim ocorreu naquela noite de um verão qualquer, já no início da madrugada, bem ao lado de minha casa, em um terreno baldio onde se iniciavam as primeiras perfurações para colocar as fundações que seriam a base para construção de um prédio.

Eu assistia TV, minha esposa e filhos dormiam. Apenas eu e meu cachorro Painkiller, ou simplesmente Killer, estávamos acordados, quando um barulho seco vindo da rua assustou meu cão fazendo-o latir incessantemente. Simultaneamente ao barulho, um grito, um grito de dor e um choro breve.

Killer, um cão de porte pequeno, mas bastante forte, uma mistura de pitbull com vira lata, latia muito e parecia me implorar para chegar à porta da sacada de minha casa, verificar o ocorrido. Aproximei-me vagarosamente, enquanto Killer parecia grunhir e se mostrava bastante inquieto. Cheguei até a porta, caminhei até a sacada, porém, a rua estava silenciosa e sem qualquer movimento. Killer, acalmou-se, embora emitiu alguns uivos de contrariedade. Fiz um carinho nele e resolvi me recolher para dormir.

Assim que entrei em meu quarto vi minha esposa dormindo o sono dos justos, deitada de bruços, seminua, com um lençol atravessando seu corpo na transversal, cobrindo parcialmente a sua silhueta.

Ela estava linda, sensual e provocante. Me veio uma vontade grande de deitar sobre ela, fazendo-lhe carícias, beijando seu dorso, seu pescoço e deslizar minha mão sobre o seu corpo, até encontrar os seus seios. Mas, optei por chegar até a janela do quarto, próxima à cabeceira da cama, de frente para a rua, na tentativa de tentar entender o que poderia ter causado em Killer, aquela compulsão por latir incessantemente.

Killer era mal acostumado e sempre dormia em nosso quarto, em uma caminha especialmente preparada para ele. Parecia ter se acalmado. Ao contrário de mim, pois fiquei curioso em saber o que poderia ter acontecido. Afinal, eu havia ouvido um barulho seco e algo semelhante a um grito de dor ou pavor.

Fiquei de pé junto à janela, quando percebi uma movimentação diferente na rua. Fui surpreendido por uma cena macabra de um homem arrastando o corpo de outro homem, com uma faca encravada logo abaixo de seu tórax.

O sangue escorria daquele corpo seminu através da ranhura existente na lâmina do punhal usado para o crime. Era noite, mas a iluminação da rua me permitiu observar o sangramento daquele corpo já sem vida. O homem que o arrastava colocou o corpo sobre uma calçada de uma casa à frente e saiu tranquilamente caminhando pela rua em plena madrugada.

Liguei para a Polícia relatando o corrido. Eles só apareceram no início da manhã. Parte do sangue coagulara desenhando uma trilha vermelha do plasma que escorrera da goteira do punhal, fincado abaixo do tórax moribundo.

Orlando Rodrigues

Profanos: o horror que se esconde por trás da mente | Diário Carioca

Orlando Rodrigues lança “Profanos: histórias de terror e mistério”, livro com oito contos sobre a crueldade das ações humanas e os limites da insanidade

No livro Profanos: histórias de terror e mistério, escrito pelo goiano Orlando Rodrigues, o horror não está em seres sobrenaturais como vampiros, lobisomens, demônios, anjos e bruxas. Todas as situações perversas e ameaçadoras são causadas por humanos, por pessoas comuns que talvez não parecessem capazes de tanta perversidade.

Por meio de oito contos de suspense psicológico, o autor lança um olhar para o terror que está nos casos recorrentes do dia a dia, estampados nas manchetes nos jornais. Relações abusivas, feminicídio, assassinatos em série e problemas psicológicos estão entre as problemáticas expostas. “O livro não é meramente fantasioso. Ele aborda temas muito reais do nosso cotidiano”, explica o escritor.

Em “A Casa dos Sete Espelhos”, um homem e uma mulher decoram o novo apartamento com espelhos inspirados nos essênios, uma seita judaica que classificou as relações humanas a partir destes objetos. Mas essa decisão coloca à prova o equilíbrio dos protagonistas, que perdem os limites entre a sanidade e a loucura.

Outro conto é “O Gato”, que narra a visão de um homem obcecado pela morte. Depois de muitos estudos, ele começa a fazer procedimentos para compreender o processo de morrer em outros seres vivos. A sequência desta história se tornará um livro próprio, que será o próximo lançamento do autor.

Uma mistura de medo, horror, encantamento e curiosidade, marcariam todo o resto de minha vida até aqui. O processo de morrer. Daí em diante, minha maior necessidade era vivenciar o processo, como ele se instala e como ele termina. E passei a fazer experiências nesse sentido, algo que no início me proporcionou uma mistura de sentimentos de tristeza e medo, mas, também, de diversão. (Profanos: histórias de terror e mistério, pg. 86)

Origem: O horror que se esconde por trás da mente | Diário Carioca

A arte e o desafio de ser escritor

A arte de contar histórias por meio de palavras é algo apaixonante e desafiador e que nem sempre recebe o reconhecimento necessário.

Quem é escritor iniciante sabe disso, por lidar com as dificuldades de se publicar um livro

Em reportagem veiculada prela TV Anhanguera de Goiânia, o escritor Orlando Rodrigues apresenta seu depoimento.

Apesar de ter o gosto pela escrita desde criança, reconhecer-se como escritor só aconteceu nos últimos dois anos, influenciado pelos reflexos da pandemia.

Com mais de uma dezena de livros publicados de modo independente, através de editoras não tradicionais, o autor vem buscando espaço no meio editorial e com isso obter o reconhecimento.

https://globoplay.globo.com/v/11541318/?fbclid=IwAR2D7FAMKlxOGk5qVA_6wPAU7VDlZLisCUOSy1JlYQHH_r0QMe7RhKNoELg

O relicário

O relicário.

            A última pá de terra fora lançada sobre o caixão de Madame Laila, uma poderosa mulher cuja vida sempre fora dedicada ao ocultismo e magia negra, missão herdada de seus antepassados por mais de seis séculos, a partir de um tratado escrito em pergaminho, guardado secretamente por todos aqueles que foram se sucedendo na missão.

            Estabelecido estava que o tratado não poderia se quebrar, devendo ser passado de pai para filho ou de mãe para filha, assim obrigatoriamente, caso contrário, uma maldição se abateria a qualquer estranho que dele tomasse posse.

            De geração em geração, ao longo dos séculos, o tratado seguiu sendo repassado e herdado da forma promulgada, guardado em sigilo dentro de um pequeno relicário feito em bronze, contendo um pequeno canudo de papel, amarrado com um fino cordão embainhado em ouro.

            Madame Laila foi a última da geração de herdeiros do tratado, o qual não havia mais a quem ser destinado, a não ser por algum posseiro ou posseira qualquer, de qualquer canto do mundo e assim seria lançada a maldição de mais de seiscentos anos ou, exatamente, seiscentos e sessenta e seis anos.

            Assim estava escrito sob a forma de linguagem cifrada, com uso de anagramas e linguagem scabreux, significando algo difícil, escabroso e perigoso dissera o seu advogado, ao recolher as peças de sua casa que seriam ofertadas em leilão para admiradores de madame Laila horas depois de seu sepultamento, desejosos de se apropriarem de seus pertences como forma de lembrança.

            O riso foi geral, contrastando com o ambiente que deveria ser de tristeza.

            “Isso é lenda doutor. Madame Laila era uma mulher de Deus.” Disse um homem, político famoso e bastante religioso, a quem havia sido garantido por ela, a sua reeleição, fato que o livraria de inúmeros processos judiciais por diversos crimes, entre eles pedofilia e corrupção.

            “Não acredito nessas coisas.” Alardeou uma mulher, rindo em zombaria, ao lado de uma amiga, também aos risos, a qual eram vistas sempre abraçadas, com seus vestidos extravagantes e chamativos, em inúmeros eventos festivos ou chorosos, como aquele.

            “O doutor diz isso porque quer ficar com essa caixa de lata que para mim não tem valor algum.” Falou baixinho, quase um cochicho, em um canto da casa, uma mulher magrinha, de rosto envelhecido, que cuidava da limpeza de toda a casa, seu mobiliário e seus objetos de decoração, segurando um espanador, sem que ninguém a ouvisse ou a percebesse ali.

            E assim muitos outros, também em tom de zombaria, questionavam o tal advogado, já em julgamentos a ele, por considerarem o mais interessado naquela relíquia.

            Muitos foram os argumentos e as discussões, as trocas de insultos entre eles, as ofensas e maledicências, cuja contrariedade apenas aumentava, assim como aumentavam os insultos, a raiva e o ódio, sem que ao menos tentassem, antes de tudo, desvendar o que de fato haveria naquele relicário e quais os seus dizeres.

            Se boato ou não, a fé e a descrença se debatiam em torno de algo que ninguém conhecia de verdade, apenas, tão somente, por ouvirem dizer, da boca daquele advogado.

            Os ânimos se acaloraram até partirem para a agressão corporal, cada vez mais violentas e sanguinárias, cada qual usando sua melhor arma para se livrar do oponente, fosse com as mãos, por meio de estrangulamento, golpes de faca, cortando traqueias, rasgando abdomens ou tiros, perfurando cabeças, peito ou estourando miolos, lançados em sangue à várias partes da casa, transformando o ambiente em um cenário de terror e morte, a exceção da não notada mulher magrinha que apenas observava tudo em silêncio e com horror.

            Em poucos minutos foram caindo todos, uns sobre os outros, cobrindo todo o chão da casa por um rio de sangue a correr, como um rio vermelho.

            Sobrevivente, sem entender a razão de tudo aquilo, a mulher magrinha abriu a pequena caixa de bronze, o relicário com o papiro e suas inscrições. Junto ao papiro, um pequeno bilhete com uma curta mensagem. “Está em suas mãos prosseguir a missão.”

FIM.

Orlando Rodrigues

Conheça mais sobre o autor em: https://www.amazon.com.br/ORLANDO-Rodrigues/e/B09R6739G7/ref=aufs_dp_fta_dsk