Mês: novembro 2024

Encontro social entre cultura e esporte.

No dia 9 de novembro de 2024, em Barra de São Miguel, Alagoas, ocorreu um encontro significativo entre Orlando Rodrigues, presidente da ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras e Anísio Sampaio, presidente da Associação Acadêmica de Futebol Tobiense, sediada em Tobias Barreto, Sergipe. O encontro reforçou a união entre a cultura e o esporte, com foco no apoio a crianças em situação de vulnerabilidade. A ANEE, comprometida com o desenvolvimento social, é apoiadora do Projeto Fazer Atleta, uma iniciativa que visa dar oportunidade a jovens de áreas carentes por meio do esporte.

O encontro foi marcado por trocas de presentes que simbolizaram a colaboração e o respeito mútuo entre as duas associações. Orlando Rodrigues presenteou Anísio Sampaio com uma coleção de seus livros, trazendo um pouco da literatura nacional e das histórias que movem a missão da ANEE. Em contrapartida, Anísio brindou Orlando com uma camisa da Associação Tobiense de Futebol, uma peça que representa o esforço e a dedicação com que lutam para manter vivo o sonho desses jovens atletas.

Durante a conversa, os presidentes abordaram as dificuldades que ambas as associações enfrentam para captar recursos, especialmente em um cenário onde a sustentabilidade dos projetos sociais depende da generosidade de parceiros e de incentivos culturais e esportivos. Anísio Sampaio revelou a preocupação em relação à continuidade das atividades da Associação Tobiense, que enfrenta sérios riscos de suspensão por falta de apoio financeiro. A ANEE, por sua vez, se solidarizou com o desafio, refletindo sobre as possibilidades de engajamento e apoio mútuo para superar os obstáculos.

Além de trocarem ideias sobre como potencializar a visibilidade desses projetos e atrair novos parceiros, o encontro representou o compromisso das duas entidades em fortalecer a inclusão social e cultural no Brasil.

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Associações podem distribuir lucros aos seus associados?

A questão sobre a distribuição de lucros em associações é um tema que gera dúvidas e exige uma compreensão sobre a natureza jurídica dessas entidades. As associações, em sua essência, são constituídas por um grupo de pessoas que se unem para alcançar objetivos comuns, geralmente de natureza social, cultural, científica, esportiva ou de defesa de interesses coletivos.

Diferentemente das empresas, o foco principal das associações não é o lucro, mas sim a realização de atividades que tragam benefícios aos associados ou à comunidade. Assim, a legislação brasileira, especificamente o Código Civil, define as associações como organizações sem fins lucrativos, o que significa que elas não têm como finalidade principal a geração e distribuição de lucros entre seus membros.

Isso, no entanto, não impede que associações gerem receitas para sustentar suas atividades. Muitas delas realizam eventos, cobram taxas de participação, ou mesmo promovem atividades comerciais – como a venda de produtos ou prestação de serviços – que podem gerar superávit.

No entanto, a diferença entre receitas e despesas, que eventualmente pode se caracterizar como “lucro”, deve obrigatoriamente ser reinvestida na própria associação, em prol dos objetivos institucionais. Esses valores não podem ser distribuídos entre os associados, diretores ou qualquer pessoa física envolvida, uma vez que essa prática descaracterizaria o status de entidade sem fins lucrativos, podendo até acarretar em penalidades e perda de isenções fiscais que muitas associações possuem.

Por outro lado, existem modelos organizacionais, como as cooperativas, que permitem uma certa distribuição de resultados, uma vez que, nesses casos, a ideia é justamente promover vantagens econômicas para os cooperados.

Nas associações, essa possibilidade não existe, pois os associados se unem por um objetivo não lucrativo e, portanto, não devem esperar qualquer retorno financeiro direto das atividades da entidade.

Vale destacar que, no Brasil, as associações que buscam o status de organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) também têm que seguir critérios rígidos para comprovar que seus recursos estão sendo empregados para os fins institucionais, e não para a distribuição entre associados.

Já, a remuneração de associados em uma associação é um tema delicado, pois essas entidades são, por definição, sem fins lucrativos e têm como objetivo principal atender aos interesses coletivos ou beneficiar a sociedade. Em regra, o trabalho dos associados é voluntário, e a legislação brasileira não prevê a remuneração de associados em funções que não sejam específicas e devidamente justificadas.

No entanto, algumas exceções podem ser observadas, especialmente para aqueles que exercem cargos de gestão ou que desempenham atividades técnicas essenciais para o funcionamento da entidade.

Para que a remuneração ocorra de forma legal, é fundamental que os estatutos da associação prevejam essa possibilidade e especifiquem as condições.

Ademais, essa prática precisa ser compatível com as finalidades da associação, sem comprometer sua essência como entidade sem fins lucrativos.

Qualquer forma de remuneração deve ser cuidadosamente documentada e justificada, garantindo que a associação mantenha sua conformidade com a legislação e preserve seu caráter social.

A ANEE – Associação Nacional de Escritores e Editoras é uma associação privada, sem fins lucrativos, formalizada mediante estatuto registrado em cartório. Sua finalidade é apoiar escritores, editores e demais artistas iniciantes, dando vez e voz a esses em um mercado cada vez mais competitivo.

Para tanto, entre outras atividades, a ANEE dispões de uma revista literária, um canal de vídeo em serviço de streaming e projetos aprovados em leis de incentivo. Para se associar é simples. Clique no link acima e veja os benefícios.

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Kokedama e literatura: o equilíbrio entre simplicidade e criação

A técnica milenar japonesa do kokedama, que envolve o cultivo de plantas sem vaso, sustentadas por uma bola de musgo, é um exemplo simbólico da relação entre arte, cultura e natureza. No Japão, a arte do kokedama está profundamente enraizada em conceitos estéticos como o wabi-sabi, que valoriza a beleza na imperfeição e na transitoriedade. Esse princípio se reflete na simplicidade e harmonia das plantas suspensas, que, mesmo sem um recipiente tradicional, encontram equilíbrio e beleza na sua forma orgânica.
Assim como outras expressões artísticas, o kokedama vai além de uma técnica de jardinagem, sendo um reflexo da cultura japonesa, que valoriza a conexão espiritual com a natureza e o respeito pelos ciclos naturais. A arte, nesse sentido, é vista não apenas como uma criação estética, mas como uma extensão dos valores e tradições culturais que moldam a sociedade.
O ato de criar um kokedama também carrega um processo meditativo, no qual o cultivador reflete sobre o tempo, o crescimento e a vida, tornando-se um exemplo claro de como arte e cultura se entrelaçam, unindo o antigo e o moderno, o natural e o estético, em uma única prática.

A técnica do kokedama pode ser relacionada à literatura de várias maneiras, especialmente no que diz respeito à criação, ao simbolismo e ao ato de contemplação. Assim como na arte de cultivar uma planta sem vaso, na literatura, o escritor trabalha com elementos essenciais — palavras, personagens, tramas — para dar vida a uma obra que não precisa de adornos excessivos para transmitir profundidade e significado. Ambos envolvem paciência, cuidado e dedicação ao processo criativo.
Tanto a literatura, como o kokedama são formas de capturar a essência da natureza e da experiência humana em sua forma mais pura. Na poesia, por exemplo, o minimalismo e o valor da simplicidade refletem o espírito do kokedama, onde a beleza está nas pequenas coisas, na delicadeza e no equilíbrio entre o que é dito e o que fica subentendido.
Além disso, o kokedama, com seu ciclo de vida e transformação, pode ser visto como uma metáfora para a própria narrativa literária, que passa por diferentes fases: o nascimento da ideia, o crescimento das personagens e o desfecho, que, assim como a planta, continua a se transformar na mente do leitor.
Ambos compartilham um respeito profundo pelo tempo e pela evolução natural das histórias, sejam elas contadas pelas palavras ou pela vida das plantas.

Abaixo trecho de uma entrevista concedida por Cristiane Marry da Kokedama-gyn arte viva ao quadro projetos culturais no canal da ANEE, Associação Nacional de Escritores e Editoras.

A íntegra da entrevista você vê abaixo:

 

Orlando. Como você descobriu a técnica do kokedama e o que te inspirou a trabalhar com essa forma de arte viva?
Cristiane Marry: Quem me apresentou as Kokedamas foi o avô da minha filha. Ela tinha 2 anos, hoje ela tá com 18. Quando ele me apresentou as kokedamas, me falou sobre aquele processo, porque eu tenho muita planta em casa, sempre tive. E aí com essa questão eu nunca dei importância. Passado algum tempo, há 3, quase 4 anos atrás, eu me vi na oportunidade de empreender e por incentivo de uma amiga e comecei a fazer as kokedamas.

Orlando: Quais são os principais desafios na criação e manutenção de um kokedama, e como você lida com eles no dia a dia?
Cristiane Marry: Em primeiro lugar, não é só aprender a fazer a kokedama. Você precisa estudar sobre cada planta, cada planta que você vier desenvolver. Você precisa saber dela o que que ela
gosta, o substrato que ela gosta, o solo que ela gosta, se é de sol, é de sombra. E então assim, você tem que estar atento a essas questões, porque você pode fazer uma kokedama hoje e ela morrer daqui 3,4,5 dias. Então você precisa de adaptar ao habitat dela natural, para que ela desenvolva bem.
Orlando: Você enxerga uma conexão espiritual ou filosófica na prática do kokedama? Como a cultura japonesa influencia sua abordagem?
Cristiane Marry: Olha, é, eu acho assim, totalmente espiritual, porque a produção de uma kokedama envolve uma conexão. É espiritual mesmo. É uma conexão de mente e natureza. E se torna assim, prazeroso e extremamente
terapêutico lidar com as kokedamas e assim uma tem que conhecer da outra para que aconteça uma koquedama legal e se tornar terapêutico.
Orlando: De que maneira o kokedama pode trazer benefícios para quem vive em ambientes urbanos e deseja reconectar-se com a natureza?
Cristiane Marry: é super fácil. As kokedamas você pode trazê-la num pratinho para decorar a sua casa. De forma bem legal, você pode usar ela pendurada. Não precisa de vaso, ela alegra o ambiente, aquela bolinha de planta ali decorando o seu ambiente. É uma forma bem prazerosa de trazer a natureza para perto de você. você pode cultivar em
banheiros, em quarto, sala, em todo o ambiente da sua casa e do escritório também.
Orlando: Em sua experiência, quais aspectos dessa técnica você considera mais artísticos, e como você personaliza suas criações para que elas reflitam sua visão?
Cristiane Marry: eu penso o seguinte, uma kokedama para cultivar uma planta ali dentro daquela bolinha onde você envolve com musgo, vem com linha para segurar, precisa você usar o melhor substrato possível. Eu faço isso. Então assim eu vejo isso, o meu diferencial.

Quanto custa um curta?

O custo mínimo de um curta-metragem no Brasil pode variar bastante, dependendo da complexidade do projeto e da infraestrutura utilizada. Em produções extremamente enxutas, que aproveitam ao máximo recursos como locações gratuitas, elenco e equipe de voluntários, e equipamentos básicos, um curta-metragem de baixo custo pode ser produzido com valores a partir de R$ 5.000 a R$ 15.000. Aqui estão alguns fatores que influenciam esse orçamento mínimo:

1. **Locações**: Filmar em locações gratuitas, como espaços públicos ou propriedades de amigos e conhecidos, pode reduzir bastante os custos. Em casos onde há locações específicas ou privadas, pode ser necessário um orçamento extra para o aluguel.

2. **Equipamentos**: Em vez de alugar câmeras profissionais, muitos produtores optam pelo uso de câmeras DSLR, mirrorless ou até smartphones de alta qualidade, que oferecem um bom custo-benefício. No entanto, alugar câmeras e equipamentos básicos de iluminação e som geralmente é essencial, mesmo em produções simples. Isso pode representar cerca de R$ 1.000 a R$ 5.000 do orçamento mínimo.

3. **Equipe e Elenco**: Em produções de baixo custo, a equipe costuma ser reduzida, com muitas funções sendo acumuladas. É comum contar com profissionais em início de carreira ou estudantes de cinema, dispostos a colaborar por valores mais acessíveis ou até como voluntários, o que reduz gastos. No entanto, ainda pode ser importante oferecer ajuda de custo ou valores simbólicos, especialmente para o elenco.

4. **Alimentação e Transporte**: Mesmo em projetos pequenos, é essencial considerar a alimentação da equipe e transporte, o que pode custar entre R$ 500 e R$ 1.500 para um curta-metragem de poucos dias de gravação.

5. **Pós-Produção**: A edição, colorização e finalização também podem ser feitas com ferramentas acessíveis ou gratuitas, mas ainda assim pode ser necessário contratar um editor, dependendo da complexidade. Isso representa uma média de R$ 1.000 a R$ 2.500 em gastos, especialmente se o projeto incluir trilhas sonoras originais ou efeitos visuais.

6. **Distribuição**: Para finalizar, muitos curtas-metragens buscam exibição em festivais, o que pode incluir custos de inscrição e material de divulgação. Esse valor geralmente é pequeno, mas é importante reservar uma média de R$ 500 a R$ 1.000 para inscrição e divulgação.

Assim, para um curta-metragem de 5 a 10 minutos, com uma estrutura enxuta, o custo mínimo gira em torno de R$ 5.000 a R$ 15.000. Se o projeto envolver mais complexidade técnica ou demanda de pós-produção mais detalhada, o valor pode facilmente ultrapassar essa faixa, chegando a R$ 20.000 ou mais.

Você é escritor e deseja transformar seu livro em filme? Associe-se à ANEE e tenha assessoria para seu projeto.

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